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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Assassinato de Trotsky teria sido planejado numa farmácia nos EUA

JB
01/02 às 14h41 - Atualizada em 01/02 às 14h55


SANTA FE  - O assassinato de León Trotsky em 1940, na Cidade do México, onde foi atacado com um pica-gelo na cabeça, foi organizado em uma farmácia nos Estados Unidos, revela um novo livro do especialista em inteligência E. B. Held.
O livro "Um guia da espionagem em Albuquerque e Santa Fé", de Held - atualmente diretor de inteligência no Departamento de Energia dos Estados Unidos -, parece confirmar anos de especulações sobre a existência de um esconderijo de espiões em Santa Fé, pacata cidade do estado americano do Novo México (sudoeste).
Em um livro de memórias de 1994, "Tarefas Especiais", o espião da KGB - serviço secreto da então União Soviética -, Pavel Antolievich Sudoplatov, afirmou que uma farmácia de Santa Fé serviu de esconderijo dos assassinos de Trotsky.
A nova obra de Held indica que esses esconderijo se localizava na Farmácia Zook, que pode ser vista em fotografias de arquivo, e foi substituída nos anos 1990 por uma loja de sorvetes Haagen-Dazs.
Held, de 58 anos, começou a investigar a história depois de se aposentar da CIA, em 2002.
Seu livro trata de outros casos de espionagem, mas o capítulo mais controvertido descreve o assassino da KGB, Josef Grigulevich, nascido na Lituânia e que emigrou ainda criança para a Argentina, onde seu pai fundou uma cadeia de farmácia.
Foi recrutado pela polícia secreta soviética quando era estudante em Paris e aprendeu a matar durante a guerra civil espanhola (1936-1939).
Held especula que Grigulevich, ao chegar em Santa Fé, com 27 anos, tenha se aproximado da família Zook por também serem imigrantes lituanos. Ele era charmoso e se dizia historiador da América Latina. Chegou a publicar 58 livros a respeito.
Uma vez instalado em Santa Fé, Grigulevich viajou para a Cidade do México para colocar em andamento dois planos paralelos para assassinar Trotsky, um dos líderes da revolução de 1917 forçado ao exílio depois de confrontar Joseph Stalin.
Um dos planos envolvia David Siqueiros, pintor e fundador do Partido Comunista mexicano. O outro plano dizia respeito a Ramón Mercader, um aristocrata espanhol.
Na madrugada de 23 de maio de 1940, Siqueiros e cerca de 20 homens armados atacaram a casa de Trotsky na capital mexicana. Dispararam com metralhadoras contra o dormitório de Trotsky, onde dormia com sua esposa, mas ambos escaparam ilesos.
De acordo com Held, Grigulevich enganou Sheldon Harte, um americano jovem e idealista que atuava como secretário e segurança de Trotsky, para que deixasse aberto um portão de acesso à casa fortificada.
Harte, que podia identificar Grigulevich, depois foi sequestrado e executado.
Siqueiros foi acusado de tentativa de assassinato, mas escapou para o Chile com ajuda do poeta Pablo Neruda, então cônsul geral do Chile no México.
Em 30 de agosto de 1940, Mercader, fazendo-se passar por um empresário canadense, atacou Trotsky com um picador de gelo. Ferido na cabeça, o russo morreu no dia seguinte.
Mercader, que assegurava ter matado Trotsky porque o revolucionário o proibiu de casar-se com sua secretária, passou 20 anos na prisão. Uma vez libertado, viajou para a União Soviética, onde foi condecorado como herói.
Grigulevich refugiou-se em Santa Fé, onde viveu discretamente até 1941, quando se separou de Katie Zook, filha do fundador da cadeia de Farmácias Zook.
Segundo o autor, Zook nunca soube das atividades de Grigulevich nem de seu verdadeiro nome. O agente soviético morreu em 1988 e ela, uma década mais tarde.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".