20 de dezembro de 2010
Se o WikiLeaks é sinônimo de liberdade de expressão, por que então aqueles que o defendem querem que a ONU censure a internet?
Julio Severo
A nível de curiosidade, foi muito legal conhecer as conversas e comunicações das embaixadas americanas, assim como também seria muito interessante ver o que dizem às ocultas os embaixadores do Brasil. Infelizmente, ainda não houve um vazamento de tais comunicações secretas do Brasil.
Fora alguns fatos exóticos, o WikiLeaks revelou informações realmente confidenciais? Num dos vazamentos tratando de setores cruciais para a segurança dos EUA, menciona-se uma fábrica australiana que produz antídoto contra veneno de cobra. Dá para crer que se os terroristas islâmicos atacarem a fábrica australiana, os EUA estarão vulneráveis ao maior ataque de cobras da história humana?
O cenário seria terrível: cobras mordendo Obama e seus ministros. Milhares de cobras venenosas deslizando nas ruas e atacando milhares de participantes das paradas gays de San Francisco a Nova Iorque. Cobras em escolas, hospitais e estádios de futebol, com milhões de pessoas caídas por mordidas envenenadas.
Pobres cobras do mundo! Estão servindo como bodes expiatórios de algum grande esquema. E há outros absurdos na lista vazada de possíveis alvos terroristas.
Duvido muito que os terroristas islâmicos tenham caído nessa estória de que a fábrica australiana é vital para a segurança dos EUA. Mas não duvido de que por trás do WikiLeaks haja “cobras” e “serpentes”, mas não do tipo que conhecemos na natureza. São depravadas mentes humanas com natureza de cobras astutas e malignas.
Desgraçadamente, o WikiLeaks não revelou nenhum segredo realmente importante do governo dos EUA. Se tivesse tentadorevelar, o governo americano tem agentes secretos suficientes e poder suficiente para “resolver” esse problema. Aliás, a CIA tem durante décadas assassinado pessoas, matando homens realmente maus, mas também eliminando pessoas inocentes, inclusive no caso célebre onde foi abatido um avião com uma família de missionários evangélicos.
O livro “Target: Patton, The Plot to Assassinate General George S. Patton” (Alvo: Patton, o Complô para Assassinar o General George S. Patton), de Robert Wilcox, conta como o nascimento do serviço secreto americano, infiltrado por marxistas, foi acompanhado de assassinatos secretos de criminosos e inocentes.
Nada impede a CIA de neutralizar os inimigos dos interesses dos EUA. Contudo, Julian Assange está vivo, e recebendo apoio em massa de esquerdistas famosos, até mesmo dos EUA, que defendem o controle da internet — um controle que mantenha o domínio absoluto das ideias deles e extermine as ideias conservadoras.
Recentemente, Assange obteve apoio financeiro de Michael Moore, produtor de um documentário sobre “homofobia”. No que depender de Moore, supremo bufão do marxismo hollywoodiano, liberdade de expressão é direito que deve ser outorgado apenas aos que prestaram juramento de fidelidade à sodomia.
O presidente Lula da Silva é uma das figuras internacionais que protestou contra a “perseguição” a Assange e, aos olhos do público, defendeu o direito de livre expressão do WikiLeaks. Ué? Onde está o Lula cujo governo sempre quis censurar a internet no Brasil?
Entretanto, os diplomatas do Brasil na ONU, sob a orientação de Lula, estão liderando uma iniciativa para criar um órgão da ONU para policiar a internet, com o pretexto de evitar vazamentos semelhantes aos do WikiLeaks. O mesmo Lula que defende a liberdade de expressão do WikiLeaks o está usando para restringir a liberdade de expressão dos internautas no mundo inteiro.
Se o caso do WikiLeaks fosse tão sério, por que Assange está vivo? Por que o WikiLeaks continua na internet? Por que Lula o apoia? E há outros fatos estranhos. Quem repassou ao WikiLeaks as informações suspostamente confidenciais dos EUA foi um soldado homossexual americano. Então por que o governo americano está tão determinado e obcecado em garantir que homossexuais assumidos atuem nas forças armadas?
Se o WikiLeaks representasse perigo para a segurança dos EUA, então quem deveria sofrer banimento, repressão e exclusão: a homossexualidade ou o direito de livre expressão das pessoas que usam a internet? Como explicar que a nação mais poderosa do mundo “deixou” vazar milhares de informações supostamente confidenciais? No espetáculo que se criou em volta do WikiLeaks, quem será a vítima real?
Logo depois dos recentes vazamentos do WikiLeaks, o Ministério de Segurança Nacional dos EUA, sem nenhuma notificação,assumiu o controle de dezenas de sites considerados “perigosos”, mas sem nenhum vínculo com WikiLeaks. Foi censura sumária sem direito de resposta. Mas, com todo o seu imenso poderio, o governo americano e seus milhares de agentes secretos no mundo inteiro fingem ter poucos poderes para encerrar definitivamente o WikiLeaks, cuja existência se tornou mera desculpa para silenciar quem nada tem a ver com Assange, que está cotado para ser o “Homem do Ano” pela revista esquerdista americana Time.
O WikiLeaks, ao pretender revelar segredos, acabou deixando uma espessa nuvem de dúvidas sobre as reais intenções ocultas dos que o estão usando, ou contra ou a favor, para impor patrulhamento no ciberespaço e uma era de trevas em que a internet seja uma fechada zona de segurança contra os que discordam do Governo Mundial e suas políticas de intrusão e controle sobre as pessoas, famílias e crianças.
Versão em inglês deste artigo: What is really behind WikiLeaks?
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