Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cem dias de desilusão

MÍDIA SEM MÁSCARA

Dias depois da posse, Santos marcou um encontro com Chávez, e lá apertaram-se as mãos selando o fim dos conflitos diplomáticos desencadeados pelo "bolivariano". Neste encontro, entretanto, Santos cometeu erros gravíssimos.

Ao completar cem dias de governo, não pude deixar de comparar o comportamento dos colombianos com Juan Manuel Santos e os norte-americanos, tão logo Barack Obama atingiu o mesmo tempo de governo. Em ambos os casos, os então candidatos arrebatavam multidões esperançosas: o primeiro, pelas promessas de continuar com o Plano de Segurança Democrática e derrotar as FARC. O segundo, porque prometia uma "mudança" que animava até os conservadores que viam em seu discurso o surgimento de um novo "estadista", malgrado o total desconhecimento de sua real biografia.

E a comparação veio pelos resultados obtidos nos primeiros cem dias de novo governo, onde tanto na Colômbia quanto nos Estados Unidos a desilusão, o desencanto e o choque de realidade foram os sentimentos mais patentes.

Santos elegeu-se com uma margem bastante expressiva de votos. Entretanto, dentre seus eleitores contavam-se não só os que de fato queriam vê-lo no trono de Bolívar como os que repudiavam as FARC e Chávez, por suas alianças com os terroristas colombianos, pela intromissão descarada nos assuntos internos da Colômbia, pela forma agressiva e desrespeitosa como tratava o presidente Uribe, e por tentar de todas as maneiras destruir a democracia daquele país impondo seu "socialismo do século XXI".

Poucos dias depois da posse Santos marcou um encontro com Chávez, e lá apertaram-se as mãos selando o fim dos conflitos diplomáticos desencadeados pelo "bolivariano". Neste encontro, entretanto, Santos cometeu erros gravíssimos que ainda trarão conseqüências muito nefastas ao seu país. Para encerrar as desavenças Santos prometeu a Chávez retirar da OEA a denúncia feita no fim do mandato de Uribe sobre o acobertamento que os terroristas das FARC e do ELN recebiam do ditador venezuelano, recheada de provas documentais, vídeos e fotos de satélite que provavam a existência de acampamentos desses terroristas em solo venezuelano. Como se isto fosse pouco, selaram-se acordos para que o processo que tramitava no Congresso sobre o plano de cooperação entre Estados Unidos e Colômbia, para o uso de bases militares deste país pelos norte-americanos fosse encerrado, sonho dourado das FARC, de Chávez e do Foro de São Paulo, em que o único prejudicado é a Colômbia. Em troca, Chávez pagaria a dívida de US$ 800 milhões que tem com empresários colombianos, cuja palavra não foi cumprida até hoje.

Estes dois gestos foram uma bofetada na cara do presidente Uribe e seu embaixador perante a OEA, que passaram por mentirosos, malgrado as provas insofismáveis que embasavam a denúncia. Foram os primeiros choques de desilusão em seus compatriotas.

Quando faleceu o montonero Néstor Kircher, ex-presidente da Argentina, Santos declarou que"lamentava a perda de um grande estadista, cuja dor dos argentinos a Colômbia compartilhava", quando uma nota oficial para cumprir protocolos diplomáticos era o bastante e não trairia seus compatriotas de forma tão vil, pois este "grande estadista" abrigava terroristas das FARC e lutava para que fossem consideradas "forças beligerantes".

Preso na Colômbia o maior narco-traficante venezuelano, Walid Makled, os Estados Unidos pediram sua extradição ao que, de imediato, Chávez também fez a mesma solicitação. Quem deu as pistas para a captura foi a DEA mas a Chávez interessa ter este elemento em seu país para silenciá-lo, uma vez que Makled denunciou militares do alto escalão e o próprio Chávez como seus cúmplices, inclusive provando o envolvimento das FARC e do ETA com o governo venezuelano. Mais uma vez, traindo seu país, seu povo e seu maior aliado no combate ao terrorismo, Santos decidiu extraditar Makled à Venezuela, alegando que "havia dado a palavra" a Chávez, a quem pouco depois divulgou ser seu "mais novo melhor amigo".

Certamente na posse da terrorista Dilma, Santos virá fazer o beija-mão. Resta ver se agora o governo da Colômbia vai entrar oficialmente para o Foro de São Paulo, porque seu jogo Santos já está fazendo, desde que assumiu.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".