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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

LENINE e a música Ecos do Ão: nós temos que fazer com precisão / entre projeto e sonho a distinção / para sonhar enfim sem ilusão / o sonho luminoso da razão




Ecos do Ão

Lenine


Composição: Lenine e Carlos Rennó

Rebenta na Febem rebelião
um vem com um refém e um facão
a mãe aflita grita logo: não!
e gruda as mãos na grade do portão
aqui no caos total do cu do mundo cão
tal a pobreza, tal a podridão
que assim nosso destino e direção
são um enigma, uma interrogação
Ecos do ão
e, se nos cabe apenas decepção,
colapso, lapso, rapto, corrupção?
e mais desgraça, mais degradação?
concentração, má distribuição?
então a nossa contribuição
não é senão canção, consolação?
não haverá então mais solução?
não, não, não, não, não...
Ecos do ão
pra transcender a densa dimensão
da mágoa imensa então, somente então
passar além da dor da condição
de inferno e céu nossa contradição
nós temos que fazer com precisão
entre projeto e sonho a distinção
para sonhar enfim sem ilusão
o sonho luminoso da razão
Ecos do ão
e se nos cabe só humilhação
impossibilidade de ascensão
um sentimento de desilusão
e fantasias de compensação
e é só ruina, tudo em construção
e a vasta selva, só devastação
não haverá então mais salvação?
não, não, não, não, não...
Ecos do ão
porque não somos só intuição
nem só pé-de-chinelo, pé no chão
nós temos violência e perversão
mas temos o talento e a invenção
desejos de beleza em profusão
ideias na cabeça, coração
a singeleza e a sofisticação
o choro, a bossa, o samba e o violão
Ecos do ão
mas, se nós temos planos, e eles são
o fim da fome e da difamação
por que não pô-los logo em ação?
tal seja agora a inauguração
da nova nossa civilização
tão singular igual ao nosso ão
e sejam belos, livres, luminosos
os nossos sonhos de nação.
Ecos do ão
Ecos do ão

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".