Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Resposta torta. Mas claro, o governante é um torto em todos os sentidos que consigo imaginar. Aliás, torto é elogio para o ogro barbudo.

MÍRIAM LEITÃO.com
22.12.2010 | 13h42m

O Blog do Planalto rebaixou o Brasil. Para justificar o injustificável 53º lugar no PISA, diz o seguinte: “Na lista dos 52 países que estão à nossa frente, apenas um tem o PIB inferior ao do Brasil, a Tailândia.Como somos a oitava economia, fica o mistério: como podem existir 51 países maiores do que o Brasil? Com argumentos toscos e obviedades, o governo repete sua autolouvação.

Estão na nossa frente, na lista do desempenho da educação, países como Chile, Bulgária, Eslovênia, Estônia, Romênia, Lituânia, Turquia, Sérvia e Trinidad e Tobago. Inúmeros outros de PIBs menores do que o do Brasil.

A educação sempre foi uma chaga aberta no país. Foi protelada governo após governo. Não é um problema só do atual. Na administração passada, deu um passo importante que foi a universalização. Os avanços que ocorreram agora foram insuficientes. É melhor reconhecer isso para dar sentido de urgência a um déficit que pode nos roubar o futuro. Melhor reconhecer os erros do que tentar torcer a aritmética mais básica e dizer que existem 51 países maiores do que o oitavo do mundo.

O Blog do Planalto mobilizou ministros para responder ao jornal O GLOBO, que fez no fim de semana um caderno com o balanço dos oito anos do governo Lula. É natural que um espaço oficial ressalte os avanços e dê menos ênfase aos erros. O que cansa é a versão de que nada de certo ocorreu antes de 2003.

Há um trecho em que a defesa do governo diz que fez uma “minirreforma tributária.” E na lista dos itens dessa minirreforma inclui “prorrogação da DRU e da CPMF.” Em outro trecho, diz que a DRU foi uma forma “engenhosa” feita pelo governo anterior de “desviar R$ 100 bilhões da educação.” Ou bem prorrogar a DRU é parte de uma minirreforma ou é uma forma perversa de desviar recursos da educação. O governo tem que escolher como definir o mecanismo que, a propósito, bom nunca foi. Quando inventada, a Desvinculação das Receitas da União (DRU) tinha o objetivo de ser uma ferramenta temporária, enquanto não se fazia uma reforma tributária. O governo FHC e o governo Lula não fizeram a reforma e o que era para ser temporário se eternizou.

O Blog do Planalto diz que eu fui parcial porque disse que o crescimento de 2010 é em parte devido à queda de 2009. E que ao citar o déficit em transações correntes de US$ 50 bilhões não o atribuí à crise internacional.

Vamos por partes na suposta parcialidade. Que o crescimento de 2010 é em parte devido à queda do ano passado é um fato estatístico. Como se mede o crescimento do PIB comparando um ano com o anterior, a recuperação após uma queda é atingida por um fenômeno conhecido como carregamento estatístico. Isso não desmerece o desempenho de 2010, mas assim é a estatística. Faça-se a conta pelo crescimento médio dos dois anos e se terá que o país cresceu em média 3,5%. Bom, mas nada espetacular.

Quanto ao déficit em transações correntes, ele tem pouca relação com a crise externa. O que os escribas oficiais poderiam ter dito é que mostra a força do crescimento, da importação, inclusive de máquina e equipamentos. O Brasil não teve queda de exportação. Os produtos que o Brasil exporta aumentaram de preço. Então, não se culpe a crise externa pelo déficit brasileiro.

O governo diz que é mito que ele manteve a política econômica do governo anterior e fica procurando nuances para negar o inegável. Diz que a queda das metas de inflação foram mais drásticas antes e agora são mais graduais. Ora, a ferramenta é exatamente a mesma.

É falso dizer que o atual governo derrubou a inflação de dois dígitos para o nível de 5%. Todos sabem que o que fez subir a inflação no finalzinho do governo anterior foi o temor de que o governo Lula fosse colocar em prática certas ideias amalucadas que seus economistas defendiam para segurar os preços.

A média de investimento público dos dois governos é de medíocres 0,8% do PIB. Com o balanço do PAC pode-se fazer mágicas, mas os fatos são eloquentes. A única obra de logística do PAC concluída foram as eclusas de Tucuruí, iniciadas há 30 anos. Mesmo assim, a contabilidade do PAC registra 70% das ações de logística concluídas. O presidente Lula inaugurou, dias atrás, 16 km da ferrovia Oeste-Leste que terá 1.700 km. Não se inaugura uma obra com menos de 1% concluída, a menos que se pense que as pessoas são bobas.

O governo se credita ter diminuído a mortalidade infantil. É verdade. O governo anterior também. A taxa tem caído fortemente há três décadas. A mortalidade infantil caiu, segundo o IBGE, 33% no governo Fernando Henrique, e 27% no atual. A torcida é para que essa queda seja ainda maior no governo Dilma.

A autolouvação chega a comemorar queda de doenças transmissíveis no país, onde quase 5.000 pessoas morrem por ano de tuberculose.

Há dramas urgentes e números inaceitáveis. Se o governo admitisse isso seria levado mais a sério ao mostrar suas conquistas.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".