Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010

HEITOR DE PAOLA

27/09/2010


Osmar José de Barros Ribeiro

Em menos de uma semana, na esperança de que não sejamos fraudados na nossa vontade pelas artes da informática, estaremos apertando os botões da urna eletrônica. O que surgirá delas? Prestidigitadores, saltimbancos, palhaços, domadores, equilibristas, ou pessoas sérias, devotadas à busca do bem comum acima dos seus interesses pessoais e/ou familiares? Difícil afirmar qualquer coisa. Vivemos um clima estranho.

Mesmo nos seus últimos dias, a campanha eleitoral corre morna e burocrática. Parece, queira Deus que eu esteja enganado, que os vencedores já foram, em boa parte, previamente consagrados pelas pesquisas eleitorais levadas a cabo por organizações sobre cujos procedimentos pairam suspeitas bem sérias.

Para a presidência da República, malgrado as graves acusações que pesam sobre a Casa Civil, dizem as más línguas que a favorita do sultão será eleita ainda no primeiro turno. A razão: seus adversários, alimentados tal qual ela pelo mesmo leite da subversão comunista, parecem estar brincando ao fazerem uma oposição de faz-de-conta, enquanto o sultão e seus vizires, tanto os ostensivos quanto os ocultos, partem para o vale-tudo mais despudorado na defesa do atual status quo.

No afã de deixar claro o seu domínio sobre a vida política nacional, o Poder Executivo, através seus prepostos, já anuncia a intenção de aumentar a bancada situacionista pela alteração da lei de fidelidade partidária. Seria a abertura de uma “janela” temporária através da qual os parlamentares desejosos de auferir das vantagens do situacionismo poderiam, sem o risco de perder seus mandatos, engrossar as hostes da linha auxiliar do governo, eufemisticamente chamada de “base aliada”.

No passado, pressões populares levaram à adoção de medidas reclamadas pelo mais elementar bom senso embora a última delas, a Lei da Ficha Limpa, venha encontrando, para a sua pronta adoção nas atuais eleições, resistências no Supremo Tribunal Federal.

Assim, embora seja difícil esperar que nossos “ínclitos” legisladores votem contra os seus nem sempre corretos interesses, alguma coisa tem que ser feita, pois, ao fim e ao cabo, a nossa vontade vem sendo sistematicamente ignorada por aqueles que deveriam nos representar.

Um cuidado a ter na próxima eleição será o de desobedecer ao “nosso guia” que deseja, sabe-se bem a razão, ter um Congresso obediente aos seus desejos de implantar um regime político bolivariano, no qual o Plano Nacional de Direitos Humanos-3 seria implementado a todo vapor. Assim, é de fundamental importância negar o nosso voto tanto aos candidatos petistas quanto aos da “base aliada”. Dar ao futuro presidente, principalmente se eleito o “poste de peruca”, maioria no Senado Federal será, tudo faz crer, o réquiem da democracia representativa no País.

Este artigo bem pode ser considerado uma “mensagem a Garcia”. No entanto, sabendo que a mensagem citada, malgrado as enormes dificuldades vencidas, foi entregue ao destinatário, esta não será uma missão impossível.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".