Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A depressão alarmista e a “virada de Lomborg”

VERDE: A COR NOVA DO COMUNISMO
domingo, 26 de setembro de 2010



A Torre Eiffel
sob as águas ou no deserto:
vale tudo
Há uma depressão palpável e crescente na “religião” catastrofista. Nesses ambientes procura-se algum slogan ‒ ou “verdade revelada” ‒ que possa servir para os mesmos efeitos que o “aquecimento global” desprestigiado demais.

É o problema dos slogans: no início causam furor, depois saturam e viram biscoito lambido.

E a “religião” ambientalista tem muito de fanatismo: precisa logo encontrar substituto para atingir logo seu objetivo extremado.

Grande esforço intelectual desenvolve-se nestes momentos nos cenáculos da religiosidade apocalíptica e pouco veladamente socialista.

Novas fórmulas estão sendo discutidas. Outras são velhas, mas suscetíveis de manipulação. Pouco importa se a religião socialista é bem servida. 

 “Extreme weather” (vantagem: foge da questão do “aquecimento global”; desvantagem: o que serve para tudo não serve para nada em especial)

 “Global climate disruption” (algo assim como “perturbação climática global”. John Holdren, czar de Obama para a Ciência, inclina-se por esta opção. É genérica como a anterior, serve para tudo, mas acrescenta o espantalho da “perturbação” e pode fazer efeito nas pessoas menos informadas.

Até agora não foi lançada uma bem “convincente”, leia-se bem enganosa.

A reunião do México parece fadada a esterilidade como Copenhague. A UE já anunciou que não fará nem proporá nada, estando muito mais preocupada pela reforma dos sistemas previdenciários estatistas falidos. E Obama anda com mais do que as barbas de molho na perspectiva de uma histórica surra eleitoral. 

Enquanto o slogan salvador não aparece, os pregadores do catastrofismo empenham-se em “faire flèche de tout bois” (utilizar qualquer meio até o menos idôneo) segundo a expressão francesa, para preencher o vazio. 

Bjorn Lomborg
Uma recente entrevista de Bjorn Lomborg ajudou para isso.

Lomborg autor do best seller O Ambientalista Cético, mais recentemente publicou “How to Spend $50 Billion to Make the World a Better Place” e agora disse ao The Guardian de Londres que vai lutar contra o “aquecimento climático”.

Certa mídia comemorou noticiando que “líder dos céticos do clima muda de idéia” (Folha de S.Paulo 01-09-2010). Aliás, na entrevista, o próprio Lomborg insistiu que não tinha mudado de idéia.

Entretanto, Marcelo Leite , colunista dessa Folha julga que “Lomborg não dá ponto sem nó. Se para vender um novo livro ele precisar dar a impressão de que virou casaca, ele o fará, ainda que negando que o tenha feito”. “A coletânea que ele organizou poderia chamar-se ‘O Ambientalista Midiático’.

“Na realidade, Lomborg não mudou de posição. Seu negócio continua sendo alvejar o processo de negociação internacional que levou ao Protocolo de Kyoto. Primeiro, semeou um monte de dúvidas sobre a gravidade do aquecimento global antropogénico. Depois, defendeu que havia coisas mais urgentes e fáceis de resolver no mundo, como Aids. Agora, duvida que cortar emissões de carbono seja a melhor opção para combater o problema.

“Para dar uma idéia do conteúdo do livro, eis aqui alguns parágrafos seletos traduzidos da introdução e das conclusões disponíveis na página da Amazom.com:

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• Seria moralmente indefensável despender enormes quantidades de dinheiro para obter pequeno efeito sobre o aquecimento global de longo prazo e o bem-estar humano, se pudermos alcançar muito mais impacto sobre o clima ‒ e deixar as gerações futuras em situação melhor ‒ com um investimento menor em soluções mais espertas.

• Deveriam os políticos prosseguir com planos para fazer promessas de cortes de carbono que, baseadas em experiência anterior, são de cumprimento improvável?

• É claro que, onde for possível fazer reduções relativamente baratas nas emissões de carbono por meio de uso mais eficiente de energia, se trata de algo perfeitamente racional. No entanto, Tol mostrou de forma contundente no capítulo 2 que mesmo um imposto de carbono global altamente eficiente, voltado para o cumprimento da meta ambiciosa de manter o aumento de temperatura abaixo de 2°C, reduziria o PIB mundial anual de maneira impressionante ‒ cerca de 12,9%, ou 40 trilhões de dólares, em 2100. O custo total seria cerca de 50 vezes o do dano evitado ao clima. E, se os políticos escolherem políticas de cotas e comercialização (cap-and-trade) menos eficientes e coordenadas, o custo pode disparar para 10 a 100 vezes adicionais.

• É uma lástima que tantos formuladores de políticas e militantes tenham se fixado no corte de carbono de curto prazo como resposta principal ao aquecimento global. É penoso ler a pesquisa neste volume e perceber que existem alternativas adequadas e eficientes. 

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".