Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

APELO Á LEALDADE DO PRESIDENTE SANTOS

HEITOR DE PAOLA



Presidente Santos, tenha um gesto de lealdade para com os que o levaram ao poder e hoje o mantêm no cargo



* Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido



Sem falhar ao juramento patriótico nem renunciar a seu dever, sempre, porém em particular desde 1992, os militares e policiais colombianos têm sofrido uma ilegítima redução salarial por conta da demagogia e da politicagem.

Por lei da República a partir de 1992, depois de muitas gestões administrativas o general Oscar Botero Restrepo, assessorado pelo general Manuel Murillo, conseguiu que o Governo Nacional assimilasse os risíveis salários dos membros da Força Pública a uma escala percentual do salário dos ministros do gabinete e, óbvio, que estes se incrementassem anualmente com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

A medida foi recebida com muita expectativa pelos fardados, porém não passou de uma quimera. Dezoito anos depois, a Caixa de Salários da Reserva recebe quase que diariamente sentenças individuais de demandas pessoais de oficiais e sub-oficiais, os quais ao verem vulnerados seus direitos, têm recorrido a advogados para que os representem.

É incrível que depois de oferecer os melhores anos de sua existência para defender uma democracia com minúscula, pois na verdade quase todos os governantes não são merecedores do sacrifício dos soldados e policiais, os abnegados servidores da pátria tenham que recorrer a aproveitadores do direito que, a custa de tomar até 35% do justo valor das reclamações salariais não pagas, os representam ante os tribunais e instâncias administrativas do Ministério da Defesa que, por lógica, deveriam resolver de uma vez por todas estes problemas.

Durante vários anos, oportunistas em busca de dinheiro e posicionamentos políticos pessoais, vieram instigando o justo reclamo dos afetados frente à indiferença marcante dos ministros da Fazenda e da Defesa, assim como dos ex-presidentes Uribe, Pastrana, Samper e Gaviria, e os generais que ocuparam durante estes períodos o cargo de Comandante Geral das Forças Militares.

O presidente Santos conhece o problema muito bem, além do que foi ministro da Fazenda e da Defesa. Porém, tampouco fez nada para solucioná-lo. 

Há quase seis meses um grupo de oficiais e sub-oficiais da hoje chamada Reserva Ativa da Força Pública, realizou um protesto pacífico na entrada das instalações do Ministério da Defesa. O inepto e demagogo ministro Silva fez caso omisso. Os manifestantes se retiraram ante a promessa de que o problema seria resolvido, o qual resultou ser incerto. Hoje os organizadores do protesto anterior convocaram outra manifestação para finais de outubro do presente ano no mesmo lugar.

Presidente Santos, o senhor chegou ao atual cargo não por suas capacidades pessoais, mas pela boa estrela que lhe proporcionaram as Forças Militares e Policiais durante sua afortunada passagem pelo Ministério da Defesa. A Colômbia não votou pelo senhor: votou contra Chávez, contra as FARC e contra as trapaças dos mal chamados “Colombianos pela Paz”. Por isso foi eleito como presidente.

Agora que está neste privilegiado cargo, tenha um gesto de lealdade mínima para com os que arriscaram até as próprias vidas para que o senhor subisse em espiral à sua glória política, e inclusive dão satisfações tão grandes ao país como a baixa do terrorista Jojoy. Tome as ações corretivas que sejam do caso, disponha o pagamento do dinheiro atrasado a todos os servidores que merecem este benefício. Faça-o por via administrativa. Evite que os militares e policiais da reserva sejam fraudados por advogados trapaceiros que tiram proveito desta situação anômala, ou por politiqueiros oportunistas que até militam na mesma corrente politiqueira de uma reconhecida porta-voz das FARC.

Aprenda de outras latitudes, onde os militares da reserva são tratados como veteranos de guerra e portanto, têm privilégios merecidos, não a vergonhosa limitação da sanidade militar colombiana, ou o que é pior, as dificuldades que padecem os oficiais subalternos, os sub-oficiais, os agentes de polícia e os soldados profissionais para sobreviver com a família. Meta o dedo na chaga e atue, pois “pisotear a colmeia” nunca foi boa política.

* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com 


Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".