AS PRODUÇÕES PALLYWOODIANAS
Publicado por: noticiasdesiao | 12 12UTC junho 12UTC 2010
Publicado por: noticiasdesiao | 12 12UTC junho 12UTC 2010
Confesso que cheguei a pensar que a tal cineasta brasileira/norte-coreana Iara Lee fosse montar um vídeo palywwodiano que desse certo trabalho para ser “desconstruído”. Supervalorizei a capacidade da mocinha. Isso porque sua organização divulgou nesta quinta-feira parte do material gravado pelo seu cinegrafista e levado para montagem nos EUA.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, citando o site da cineasta, o trecho divulgado corresponde a “15 minutos das gravações, sem edição, dos momentos anteriores ao ataque de Israel”.
Aí eu me lembrei de uma velha máxima usada pela minha mãe que, quando éramos criança costumava nos alertar dizendo que “o diabo faz a panela, mas não faz a tampa”. A aplicação do dito popular era de que nós não deveríamos mentir, pois não havia mentira completa. Um mentiroso sempre deixa pistas.
Na sábia ilustração da minha mãe está embutida uma das bases da Perícia Forense. Segundo criminologistas norte-americanos, um criminoso, por mais cuidadoso que seja, deixa no mínimo 12 provas para trás. Trata-se da conhecida lógica de que não existe crime perfeito.
Pois não é que Iara Lee, no afã de continuar aparecendo na mídia (que já parava de falar no seu nome) resolveu brindar seus fãs com cenas exclusivas da sua próxima obra-prima?
Se, como diz seu site, as imagens não foram editadas e mostram as cenas anteriores ao ataque (sic), a ânsia de aparecer da cineasta mostrou que Pallywood está exportando know-how.
Para quem não sabe, Pallywood é uma expressão cunhada por um professor de História da Boston University chamado Richard Landes.
Richard Landes teve acesso a vídeos não editados com imagens dos conflitos entre árabes e israelenses. Ao comparar as imagens completas, sem edição, Landes chegou à conclusão que grande parte da mídia internacional manipula a informação ao veicular apenas os trechos que atentem aos seus interesses. E estes interesses vão desde mera a audiência até preferências ideológicas escusas.
Mas, a grande descoberta de Landes foi que existe uma verdadeira indústria cinematográfica funcionando nos enclaves árabes situados no Estado de Israel. O objetivo único desta indústria é criar imagens para serem distribuídas para as agências internacionais de notícias. Como a produção dos vídeos segue um padrão cinematográfico que inclui cenários, diretores, atores, maquiadores e, principalmente, editores, Richard Landes denominou a estrutura de Pallywood, numa alusão à fusão dos nomes Palestinian e Hollywood.
A “produção” mais “rentável” de Pallywood foi o registro da morte do menino Mohammed al-Dura. Vítima de uma das produções de Hollywood, a criança foi morta por tiros disparados pelos autodenominados Palestinos e, de acordo com montagem feita pelo jornalista árabe Talal Abu Rahma.
As imagens de um pai tentando proteger o filho em meio a um intenso tiroteio correram o mundo. E a reportagem afirmando categoricamente que os autores dos disparos fatais tinham sido os israelenses, também. Fato prontamente negado pelo Governo do Estado de Israel.
Desnecessário dizer que o massacre sofrido por Israel por parte da mídia tomou conta da opinião pública e os desdobramentos acabaram por desembocar nos atentados que destruíram o World Trade Center, nos Estados Unidos, em 11 de Setembro de 2001.
Entretanto, algumas incongruências na notícia acabaram por despertar a atenção de jornalistas honestos que resolveram investigar o caso por conta própria. O resultado das investigações chocou o mundo! Mohammed al-Dura havia sido morto pelos próprios autodenominados palestinos e o jornalista Talal Abu Rahma manipulou conscientemente a verdade.
Toda a investigação pode ser acessada (em Inglês) no web-site da The 2nd Draft, organização que encabeçou as investigações, e um vídeo documentário está disponível em Espanhol em diversos outros sites.
IARA LEE, APRENDIZ DE ABU RAHMA.
Depois dos recentes episódios envolvendo uma ação das Forças de Defesa de Israel (FDI) contra um grupo de ativistas de Esquerda associados à terrorista do Hamas, a cineasta brasileira Iara Lee deu entrevista dizendo que dispunha de farto material filmado e que, há seu tempo, divulgaria para o mundo para que todos soubessem como Israel é um Estado Terrorista.
Na última quinta-feira, Iara Lee divulgou uma parte do vídeo que, segundo ela, mostrava uma ação contínua, sem edição. Como ao longo da sexta-feira suas imagens mais confundiam do que elucidava, Lee foi obrigada a publicar todo o material que tinha. Então, as coisas pioraram, pois ficou provado que a cineasta mentira: O vídeo menor tinha sido sim editado. Uma edição tosca, primária. Apenas cortes de cenas desnecessárias. Mas, editado.
A versão maior divulgada também não é fidedigna, uma vez que EM DIVERSAS SITUAÇÕES o cinegrafista de Iara Lee é interrompido bruscamente por outro ativista impedindo a tomada de imagens.
Fiquei a me perguntar: Se as atividades a bordo eram pacíficas e o barco levava apenas Ajuda Humanitária, por que impedir um cinegrafista amigo, defensor da mesma causa, de filmar o ambiente? A resposta veio na tarde desta sexta-feira, quando autoridades israelenses confirmaram que NÃO HAVIA NENHUMA AJUDA HUMANITÁRIA NO MAVI MARMARA! Ou seja, o cinegrafista não podia filmar, pois não havia nada lá que justificasse a presença daquele navio em águas israelenses.
Bem, mas uma poderosa central de imprensa, com dezenas de computadores plugados na Rede Mundial de Computadores (Internet), isso havia. Uma central de fazer inveja a qualquer New York Times da vida. O objativo? Criar um factóide, registrá-lo, divulgá-lo, colher dividendos políticos com ele.
Por “obrigação jornalística” assisti aos dois vídeos e me surpreendi com a ingenuidade quase burra do material divulgado. Principalmente do primeiro, o menor, o editado.
Se, como diz a cineasta, o vídeo fosse de fato “bruto”, ou seja, sem edição, seria a prova mais contundente de que a tal Flotilha da Liberdade era exatamente aquilo que Israel (e todas as pessoas sensatas do mundo) há tempos vem dizendo: Uma armação de um grupelho para incriminar o Estado de Israel!
Dos cinegrafistas amadores da Faixa de Gaza para os Estúdios da cineasta brasileira nos EUA, percebemos que Pallywood está se aperfeiçoando, se profissionalizando, mas no fundo continua deixando para trás aqueles 12 erros primários que todo criminoso comete.
VERDADEIRA MENTIRA: O VÍDEO SEGUNDO POR SEGUNDO.
O vídeo editado foi exibido na sede da ONU, em Nova York. Que a ONU é um covil de inimigos de Israel, todos sabem, mas é a primeira vez que vejo sendo usada para um Avant Premiere de Pallywood. A ONU virou a Cannes dos autodenominados Palestinos.
Antes da exibição, Iara Lee foi entrevistada pelo Portal Terra. Ao ser indagada sobre as expectativas em relação à reação da ONU, Lee foi evasiva, pois sabia da fragilidade das suas supostas provas:
“Eu não tenho imagens incriminatórias, eu estava embaixo”, disse a cineasta. “É mais um overview o que eu tenho. Uma geral do que rolou”. E tenta contextualizar os momentos filmados: “Aquela hora que a gente está de madrugada, já vendo os caras e todo mundo veste as roupas de salva-vidas. O pessoal rezando, esperando uma comunicação, mas ninguém podia imaginar uma coisa brutal deste jeito. Passa meia-hora, já está tudo diferente, são feridos, mortos”.
Como suas imagens não comprometem em nada a ação de Israel, Lee faz uma sugestão: “Eu só tenho uma geral, não tenho os close-ups dos caras assassinando a gente. Mas, de repente os investigadores (da ONU) fazendo uma análise frame by frame, podem achar alguma coisa lá”.
Bem, não sou da ONU e antes mesmo que Iara Lee dessa sua sugestão eu já havia assistido ao filmete frame by frame E, mesmo não sendo perito em análise de filmes, descobri pontos importantes que desconstroem a versão da cineasta.
Atentem para minhas observações e vejam se estou exagerando nas conclusões.
A princípio, minhas anotações levavam em consideração a informação dada pela cineasta de que as imagens eram “brutas”, sem edição e seqüenciais. Depois de assistir à versão integral, descartei algumas das minhas elucubrações anteriores.
Vamos ao vídeo, frame by frame, conforme sugestão de Iara Lee:
00:00 – O vídeo mostra pessoas tranqüilas, sem sinal de tensão, descontraídas, todas de colete e NENHUMA COM CARA DE SONO! O que nos leva a crer que estavam acordadas há horas. Diferentemente dos demais ativistas (instalados nos outros barcos) que dormiam às 4 da madrugada, aqui quase todos estão despertos. Ora, se o navio transportava carga de ajuda humanitária, nada mais lógico do que seus passageiros estarem descansando para o difícil trabalho de descarregar a carga assim que atracassem no porto de Gaza.
00:22 – O circuito interno de TV mostra ativistas dando entrevistas.
00:26 – O cinegrafista de Iara Lee registra a primeira lancha, que ainda está distante do navio. Neste momento, os operadores das IDF estão orientando o navio a seguir o procedimento legal nestas águas: Dirigir-se ao porto de Ashdod.
00:56 – À partir deste momento, e ao longo dos próximos 31 segundos (tempo de dois comerciais de televisão), acontece a primeira de uma série de seqüências muito estranhas. Neste momento o cinegrafista de Iara Lee filma uma parede aparentemente ensangüentada. Quem assiste ao vídeo editado tem a impressão de se tratar de sangue. Mas como, se a ação a bordo sequer começou? A prova disso são a seqüência dos fatos e o silêncio reinante enquanto o cinegrafista filma a parede. O microfone da câmera é super sensível, captando até a respiração ofegante dos ativistas no auge do conflito. Mas aqui, o que temos? Silêncio absoluto. Também não pode ser cena pós-ação porque toda a região se transformou num caos assim que os feridos reais foram lavados para lá. E não pode ter sido depois dos feridos evacuados, pois a esta altura os soldados das IDF já dominavam o barco, as câmeras já não filmavam mais nada e o cinegrafista já estava escondido num banheiro costurando os cartões de memória na sua cueca, que foi a versão apresentada por ele. Só há uma explicação para as imagens que a cineasta adoraria que fossem de sangue: Trata-se de TINTA. Na abordagem feita os soldados das IDF estavam com armas não letais. Cada soldado levava uma arma de Paintball e pistolas automáticas (estas sim letais). Este tipo de ação é comum entre os soldados israelenses. Com isso eles criam um clima de insegurança, pois as pessoas “atingidas” não se dão contas de que estão apenas “tingidas” e isso os desestabiliza emocionalmente. Serve também para os soldados marcarem possíveis inimigos vestidos com roupas parecidas com as da IDF, assim evitariam não apenas o fogo amigo como baixarem a guarda diante de um inimigo real. E, por fim, as armas de Paintball não causam danos letais, coisa que as FDI evitam ao máximo. Mesmo boa parte do mundo não acreditando nisso. Tenho amigos nas IDF e eles são categóricos (e às vezes até revoltados) em dizer que as ordens são para não matar! Quem conhece um pouco este esporte (Paintball) poderá observar as imagens exibidas pela cineasta e verá que se trata sim de armas de brincadeira. Os soldados só lançaram mão das pistolas de verdade quando estavam sendo linchados. Ou seja, em legítima defesa. A tinta vermelha a escorrer pela parede nada mais era do que isso mesmo, tinta.
01:24 – As imagens mostram cadeiras viradas passando a impressão de caos. Como a ação ainda não começou, depreendo que os ativistas eram tremendamente desorganizados ou havia rolado uma “rave” na noite anterior. Mas, como Iara Lee está acostumada a fazer filmes sobre “festas eletrônicas”, vai que foi “rave” mesmo? Claro que estou sendo irônico. O cenário de caos já estava montado muito antes do primeiro israelense botar os pés no navio.
01:29 – Para confirmar o cenário de absoluta tranqüilidade que reinava até então, neste momento passa um ativista (com cara de europeu) sorrindo como se não estivesse acontecendo nada. E não estava mesmo.
01:37 – A filmagem mostra um facho de laser apontado para o chão. Seria a mira de um dos franco-atiradores israelenses? Duvido. Por duas razões. Primeiro porque nesse momento o helicóptero de Israel ainda não estava sobre o navio. Segundo, porque no frame que aparece em 01:39 o facho de laser desloca-se para a parede. Ora, se vem do alto, como pôde “fazer curva” e se projetar na parede do barco. Na verdade, o facho está mais para aquele apontadores de PowerPoint usados em palestras.
01:52 – O Helicóptero se aproxima.
02:01 – O Helicóptero aparece.
02:10 – Ouve-se um estampido que ilumina a “barriga” do helicóptero. Como não entendo de balística, não vou tirar conclusões, pois pode ser clarão de qualquer coisa (inclusive algum equipamento israelense de iluminação noturna). O fato é que o estampido não me pareceu ter o mesmo timbre dos estampidos de tiros que aparecerão mais tarde.
02:26 – A ação dos cinegrafistas se torna mais intensa.
03:04 – O primeiro soldado israelense desce do helicóptero pela corda.
03:14 – O segundo soldado israelense desce.
03:18 – O terceiro soldado israelense desce.
03:25 – O Quarto soldado israelense desce.
03:31 – Uma série de ativistas aparecem usando estilingues (baladeiras) para atirar contra o helicóptero.
03:33 – Um dos ativistas que aparece em primeiro plano tem a camisa (mangas curtas) manchada de vermelho. Paintball.
03:57 – O ativista com a camisa manchada aparece de frente conferindo as horas no relógio: Estariam as coisas saindo de acordo com o cronograma?
03:59 – O helicóptero se afasta. Um soldado da IDF disse para o BLOG AMIGOS DE SIÃO que o helicóptero se afastou, pois os ativistas ameaçavam amarrar a corda usada para os soldados descerem numa das grades do navio. Como isso poderia desestabilizar o helicóptero, o piloto recebeu ordens para se afastar.
04:02 – Ativistas aparecem usando máscaras anti-gás. Mais um aparece com a camisa (mangas longas agora) manchada de vermelho. Lembre-se, ainda não ouvimos tiros.
04:11 – Mais uma parede estranhamente manchada de sangue. Vem cá, se o primeiro soldado desceu há UM MINUTO E SETE SEGUNDOS, se não se ouviu tiros, aquilo certamente não é sangue.
04:15 – Estampido de tiro. Exatamente 1 minuto e 11 segundos depois do primeiro soldado saltar no navio é que se ouve o primeiro tiro a bordo. Pelas imagens divulgadas pelas IDF, o que se presume é que nestes longos 71 segundos os soldados usaram armas de contenção de conflito. Só depois que o grupo estava em vias de ser linchado foi que eles reagiram com os tiros que se ouvirão a partir daqui.
04:21 – Deste momento até 04:25 ouve-se exatos 5 tiros!
04:25 – DEZ SEGUNDOS depois do primeiro tiro já aparecem quatro pessoas conduzindo o primeiro ferido. Vamos lá: Na entrevista ao Portal Terra, Iara Lee disse: “Eu não tenho imagens incriminatórias, eu estava embaixo. É mais um overview o que eu tenho”. Bem se a ação estava acontecendo lá em cima e o primeiro ferido aparece “lá embaixo” apenas DEZ SEGUNDO depois do primeiro tiro, a equipe de quatro ativistas que carregam o suposto ferido deveria ser contratada pela Ferrari, pois este é tempo de Pit Stop de Fórmula Um! Para quem assistiu ao documentário sobre Pallywood, logo vai ver nesta ação as mesmas características das ambulâncias palestinas que aparecem segundos após alguém se ferir. Iara Lee aprendeu certinho a fazer a coisa Made in Hamas.
04:36 – Ouve-se uma seqüência de tiros.
04:38 – O primeiro ferido passa sob uma escada e o cinegrafista estando em um plano superior, consegue filmá-lo de cima. Curiosamente NÃO SE VÊ NENHUMA MARCA DE FERIMENTO e nem sequer tinta de Paintball.
04:39 – A seqüência de tiros duram exatos 3 segundos.
04:47 – O primeiro ferido aparece por inteiro. Não há nenhum vestígio de sangue.
05:14 – Um ativista (cara de europeu) saca uma lista plastificada do boldo e mostra para o cinegrafista que há cidadãos israelenses à bordo.
05:35 – Mais UM estampido de tiro. Ninguém corre ou faz menção de se abaixar. Estão todos muito tranqüilos.
06:16 – Aparece o primeiro ferido de fato. Embora o ferimento em si não apareça provavelmente este levou um tiro no pulso. Com cara de asiático, o jovem está sereno e não faz nenhuma contração facial indicando dor. Aparentemente foi coisa superficial.
06:25 – Surge o segundo ferido. Supostamente baleado abaixo do joelho. Trata-se de um senhor idoso, com uma barba parecida com a de Karl Marx.
06:34 – Embora o ferimento seja na canela, logo aparece alguém com aquele dispositivo onde se pendura o soro. Este ativista prepara-se para aplicar soro no ferido, mas percebe-se que ele desconhece procedimentos de enfermagem, pois se enrola com o equipamento e até o fim da filmagem não fica claro se o senhor que recebeu o tiro na canela foi ou não colocado no soro. Como medicina não é também a minha praia, não vou dizer se alguém que tomou um tiro na perna e tem a hemorragia controlada precisa ou não receber sangue. Mas, que parece cena de Pallywood, parece.
06:40 – Vendo que está sendo filmado, o velho ajeita a barba. Hum, se fosse comigo, não sei se eu teria preocupação com estética numa hora dessas.
06:25 – Aparece o primeiro ferido aparentemente em estado grave. As imagens sugerem que ele tem uma forte hemorragia.
07:23 – Dois muçulmanos aparecem fazendo preces à Allah. O que, segundo Iara Lee, teria acontecido antes de começar as escaramuças.
07:42 – Surge o segundo ferido aparentemente em estado grave.
07:49 – Os cinegrafistas atuam por todos os lados.
08:15 – Passos de pessoas correndo nas escadas de alumínio dão a impressão de mais tiros. Quando se observa bem, percebe-se que são passos.
08:42 – O ambiente agora é de extrema calma.
09:00 – Imagens dramáticas de massagem cardíaca no segundo ferido grave.
10:35 – Um terceiro ferido, também com cara de asiático, demonstra medo de morrer.
10:41 – A primeira cena aparentemente sensata do filme: Uma mulher, com o semblante fechado, afasta a câmera com um olhar de crítica ao cinegrafista. Ela parece perceber a besteira onde se meteu e, aparentemente, censura a insensibilidade do cinegrafista.
10:49 – Pelo alto-falantes alguém faz advertências.
10:56 – A última das rajadas de tiros. Pela seqüência, parece ser uma daquelas rajadas para o alto, para pôr ordem na coisa.
11:59 – Os barcos que estavam ao largo, escoltando a operação, se aproximam.
12:23 – Alguém atira alguma coisa em direção a um dos barcos israelenses.
12:31 – Soldados do primeiro barco a se aproximar do navio começam a subir para o convés.
13:31 – Só agora começa a soar o alarme do navio.
13:49 – Aparece um ativista em pé dando instruções a quatro outros que estão sentados.
13:50 – Uma voz de mulher falando no alto-falantes do navio pede calma aos soldados israelenses. Aparentemente ela diz que existem civis à bordo e pede que não usem de violência nem ataquem.
14:46 – Acaba a gravação.
00:22 – O circuito interno de TV mostra ativistas dando entrevistas.
00:26 – O cinegrafista de Iara Lee registra a primeira lancha, que ainda está distante do navio. Neste momento, os operadores das IDF estão orientando o navio a seguir o procedimento legal nestas águas: Dirigir-se ao porto de Ashdod.
00:56 – À partir deste momento, e ao longo dos próximos 31 segundos (tempo de dois comerciais de televisão), acontece a primeira de uma série de seqüências muito estranhas. Neste momento o cinegrafista de Iara Lee filma uma parede aparentemente ensangüentada. Quem assiste ao vídeo editado tem a impressão de se tratar de sangue. Mas como, se a ação a bordo sequer começou? A prova disso são a seqüência dos fatos e o silêncio reinante enquanto o cinegrafista filma a parede. O microfone da câmera é super sensível, captando até a respiração ofegante dos ativistas no auge do conflito. Mas aqui, o que temos? Silêncio absoluto. Também não pode ser cena pós-ação porque toda a região se transformou num caos assim que os feridos reais foram lavados para lá. E não pode ter sido depois dos feridos evacuados, pois a esta altura os soldados das IDF já dominavam o barco, as câmeras já não filmavam mais nada e o cinegrafista já estava escondido num banheiro costurando os cartões de memória na sua cueca, que foi a versão apresentada por ele. Só há uma explicação para as imagens que a cineasta adoraria que fossem de sangue: Trata-se de TINTA. Na abordagem feita os soldados das IDF estavam com armas não letais. Cada soldado levava uma arma de Paintball e pistolas automáticas (estas sim letais). Este tipo de ação é comum entre os soldados israelenses. Com isso eles criam um clima de insegurança, pois as pessoas “atingidas” não se dão contas de que estão apenas “tingidas” e isso os desestabiliza emocionalmente. Serve também para os soldados marcarem possíveis inimigos vestidos com roupas parecidas com as da IDF, assim evitariam não apenas o fogo amigo como baixarem a guarda diante de um inimigo real. E, por fim, as armas de Paintball não causam danos letais, coisa que as FDI evitam ao máximo. Mesmo boa parte do mundo não acreditando nisso. Tenho amigos nas IDF e eles são categóricos (e às vezes até revoltados) em dizer que as ordens são para não matar! Quem conhece um pouco este esporte (Paintball) poderá observar as imagens exibidas pela cineasta e verá que se trata sim de armas de brincadeira. Os soldados só lançaram mão das pistolas de verdade quando estavam sendo linchados. Ou seja, em legítima defesa. A tinta vermelha a escorrer pela parede nada mais era do que isso mesmo, tinta.
01:24 – As imagens mostram cadeiras viradas passando a impressão de caos. Como a ação ainda não começou, depreendo que os ativistas eram tremendamente desorganizados ou havia rolado uma “rave” na noite anterior. Mas, como Iara Lee está acostumada a fazer filmes sobre “festas eletrônicas”, vai que foi “rave” mesmo? Claro que estou sendo irônico. O cenário de caos já estava montado muito antes do primeiro israelense botar os pés no navio.
01:29 – Para confirmar o cenário de absoluta tranqüilidade que reinava até então, neste momento passa um ativista (com cara de europeu) sorrindo como se não estivesse acontecendo nada. E não estava mesmo.
01:37 – A filmagem mostra um facho de laser apontado para o chão. Seria a mira de um dos franco-atiradores israelenses? Duvido. Por duas razões. Primeiro porque nesse momento o helicóptero de Israel ainda não estava sobre o navio. Segundo, porque no frame que aparece em 01:39 o facho de laser desloca-se para a parede. Ora, se vem do alto, como pôde “fazer curva” e se projetar na parede do barco. Na verdade, o facho está mais para aquele apontadores de PowerPoint usados em palestras.
01:52 – O Helicóptero se aproxima.
02:01 – O Helicóptero aparece.
02:10 – Ouve-se um estampido que ilumina a “barriga” do helicóptero. Como não entendo de balística, não vou tirar conclusões, pois pode ser clarão de qualquer coisa (inclusive algum equipamento israelense de iluminação noturna). O fato é que o estampido não me pareceu ter o mesmo timbre dos estampidos de tiros que aparecerão mais tarde.
02:26 – A ação dos cinegrafistas se torna mais intensa.
03:04 – O primeiro soldado israelense desce do helicóptero pela corda.
03:14 – O segundo soldado israelense desce.
03:18 – O terceiro soldado israelense desce.
03:25 – O Quarto soldado israelense desce.
03:31 – Uma série de ativistas aparecem usando estilingues (baladeiras) para atirar contra o helicóptero.
03:33 – Um dos ativistas que aparece em primeiro plano tem a camisa (mangas curtas) manchada de vermelho. Paintball.
03:57 – O ativista com a camisa manchada aparece de frente conferindo as horas no relógio: Estariam as coisas saindo de acordo com o cronograma?
03:59 – O helicóptero se afasta. Um soldado da IDF disse para o BLOG AMIGOS DE SIÃO que o helicóptero se afastou, pois os ativistas ameaçavam amarrar a corda usada para os soldados descerem numa das grades do navio. Como isso poderia desestabilizar o helicóptero, o piloto recebeu ordens para se afastar.
04:02 – Ativistas aparecem usando máscaras anti-gás. Mais um aparece com a camisa (mangas longas agora) manchada de vermelho. Lembre-se, ainda não ouvimos tiros.
04:11 – Mais uma parede estranhamente manchada de sangue. Vem cá, se o primeiro soldado desceu há UM MINUTO E SETE SEGUNDOS, se não se ouviu tiros, aquilo certamente não é sangue.
04:15 – Estampido de tiro. Exatamente 1 minuto e 11 segundos depois do primeiro soldado saltar no navio é que se ouve o primeiro tiro a bordo. Pelas imagens divulgadas pelas IDF, o que se presume é que nestes longos 71 segundos os soldados usaram armas de contenção de conflito. Só depois que o grupo estava em vias de ser linchado foi que eles reagiram com os tiros que se ouvirão a partir daqui.
04:21 – Deste momento até 04:25 ouve-se exatos 5 tiros!
04:25 – DEZ SEGUNDOS depois do primeiro tiro já aparecem quatro pessoas conduzindo o primeiro ferido. Vamos lá: Na entrevista ao Portal Terra, Iara Lee disse: “Eu não tenho imagens incriminatórias, eu estava embaixo. É mais um overview o que eu tenho”. Bem se a ação estava acontecendo lá em cima e o primeiro ferido aparece “lá embaixo” apenas DEZ SEGUNDO depois do primeiro tiro, a equipe de quatro ativistas que carregam o suposto ferido deveria ser contratada pela Ferrari, pois este é tempo de Pit Stop de Fórmula Um! Para quem assistiu ao documentário sobre Pallywood, logo vai ver nesta ação as mesmas características das ambulâncias palestinas que aparecem segundos após alguém se ferir. Iara Lee aprendeu certinho a fazer a coisa Made in Hamas.
04:36 – Ouve-se uma seqüência de tiros.
04:38 – O primeiro ferido passa sob uma escada e o cinegrafista estando em um plano superior, consegue filmá-lo de cima. Curiosamente NÃO SE VÊ NENHUMA MARCA DE FERIMENTO e nem sequer tinta de Paintball.
04:39 – A seqüência de tiros duram exatos 3 segundos.
04:47 – O primeiro ferido aparece por inteiro. Não há nenhum vestígio de sangue.
05:14 – Um ativista (cara de europeu) saca uma lista plastificada do boldo e mostra para o cinegrafista que há cidadãos israelenses à bordo.
05:35 – Mais UM estampido de tiro. Ninguém corre ou faz menção de se abaixar. Estão todos muito tranqüilos.
06:16 – Aparece o primeiro ferido de fato. Embora o ferimento em si não apareça provavelmente este levou um tiro no pulso. Com cara de asiático, o jovem está sereno e não faz nenhuma contração facial indicando dor. Aparentemente foi coisa superficial.
06:25 – Surge o segundo ferido. Supostamente baleado abaixo do joelho. Trata-se de um senhor idoso, com uma barba parecida com a de Karl Marx.
06:34 – Embora o ferimento seja na canela, logo aparece alguém com aquele dispositivo onde se pendura o soro. Este ativista prepara-se para aplicar soro no ferido, mas percebe-se que ele desconhece procedimentos de enfermagem, pois se enrola com o equipamento e até o fim da filmagem não fica claro se o senhor que recebeu o tiro na canela foi ou não colocado no soro. Como medicina não é também a minha praia, não vou dizer se alguém que tomou um tiro na perna e tem a hemorragia controlada precisa ou não receber sangue. Mas, que parece cena de Pallywood, parece.
06:40 – Vendo que está sendo filmado, o velho ajeita a barba. Hum, se fosse comigo, não sei se eu teria preocupação com estética numa hora dessas.
06:25 – Aparece o primeiro ferido aparentemente em estado grave. As imagens sugerem que ele tem uma forte hemorragia.
07:23 – Dois muçulmanos aparecem fazendo preces à Allah. O que, segundo Iara Lee, teria acontecido antes de começar as escaramuças.
07:42 – Surge o segundo ferido aparentemente em estado grave.
07:49 – Os cinegrafistas atuam por todos os lados.
08:15 – Passos de pessoas correndo nas escadas de alumínio dão a impressão de mais tiros. Quando se observa bem, percebe-se que são passos.
08:42 – O ambiente agora é de extrema calma.
09:00 – Imagens dramáticas de massagem cardíaca no segundo ferido grave.
10:35 – Um terceiro ferido, também com cara de asiático, demonstra medo de morrer.
10:41 – A primeira cena aparentemente sensata do filme: Uma mulher, com o semblante fechado, afasta a câmera com um olhar de crítica ao cinegrafista. Ela parece perceber a besteira onde se meteu e, aparentemente, censura a insensibilidade do cinegrafista.
10:49 – Pelo alto-falantes alguém faz advertências.
10:56 – A última das rajadas de tiros. Pela seqüência, parece ser uma daquelas rajadas para o alto, para pôr ordem na coisa.
11:59 – Os barcos que estavam ao largo, escoltando a operação, se aproximam.
12:23 – Alguém atira alguma coisa em direção a um dos barcos israelenses.
12:31 – Soldados do primeiro barco a se aproximar do navio começam a subir para o convés.
13:31 – Só agora começa a soar o alarme do navio.
13:49 – Aparece um ativista em pé dando instruções a quatro outros que estão sentados.
13:50 – Uma voz de mulher falando no alto-falantes do navio pede calma aos soldados israelenses. Aparentemente ela diz que existem civis à bordo e pede que não usem de violência nem ataquem.
14:46 – Acaba a gravação.
CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
Não sei se imagens tão confusas e comprometedoras foram divulgadas apenas pelo desejo de aparecer que move a cineasta ou se a reunião na ONU precipitou as coisas. Pode ser que, convidada para falar de supetão, Iara Lee tenha pegado o primeiro trecho que lhe pareceu mais comprometedor e lançou no ar. Foi um tiro no pé. Razão pela qual ela teve que divulgar o restante. Confesso que, agora, estou curioso para ver a montagem que sua produtora fará na versão publicitária que realizará. Afinal de contas, Pallywood está evoluindo. Quem sabe algum dia até concorra ao Oscar. Até proponho uma categoria: Melhor Verdade Mentirosa.
Ao concluir a entrevista, o jornalista do Portal Terra pergunta a Iara Lee: Como você concilia sua vida pessoal às atividades de cineasta e ativista? A resposta da cineasta é amargamente triste: “Eu não tenho vida pessoal. Minha vida é aquilo!”
Triste daquele que faz da mentira o seu ganha pão. Estará à soldo do mais cruel dos patrões, o diabo, a quem sempre procurará agradar (João 8.44). Como disse certa vez Alexander Pope, “Aquele que diz uma mentira não sabe a tarefa que assumiu, porque estará obrigado a inventar vinte outras para sustentar a certeza da primeira”.
ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO QUE EXPLICA O QUE É PALLYWOOD
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