CARISMA? QUE CARISMA?
Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira
Tenho lido muitas referências ao carisma de Lula e, agregado a este dom cósmico, o tal índice de aprovação de seu ‘governo’. Talvez, a minha repugnância por esta ínfima criatura não me permita enxergar nada além de uma esperteza vulpina a substituir a sua ignorância asinina.
Pelo que sei desta palavra, além do seu sentido estrito de ‘dom de inspiração divina’, o seu sentido amplo e figurado indica alguém ‘que tem fascínio pessoal e que influencia outras pessoas’. Não consta nos anais de seus oito anos de rapina dos tributos saídos do bolso do contribuinte, que o senhor presidente haja conquistado alguém sem o auxílio do dinheiro público, portanto, o fascínio não reside no doador, mas nas cédulas facilitadoras da arregimentação política, em todos os níveis.
Constato, então, que o carisma do homem não é real, porém, conquistado graças aos reais que saem da cornucópia republicana direto para as contas bancárias dos beneficiários, para as mãos sujas dos tiranos latinos, para as bolsas dos indolentes de nível um, para as bolsas dos indolentes de nível dois, estas últimas como indenizações de perseguidos pelas suas próprias sombras devido aos crimes que cometeram.
Como sou perquiridora, não consigo ver as coisas no seu todo sem antes analisar as partes que o compõem, e se as partes nada valem (ausência de caráter, de moral, de ética, etc.) o todo, formado por estas partes ausentes, por uma questão de lógica, recebe o mesmo julgamento. Por esta razão, não consigo ver o tal carisma neste senhor Lula, destituído de qualquer traço de civilidade, já que lhe faltam os valores essenciais citados. Por esta razão, seu governo é dionisíaco, de carnavalização total.
Concluo, então, que a palavra ‘carisma’, tenha definhado e sofrido a perda de seu conteúdo, sobrados apenas a pele de suas vogais e os ossos de suas consoantes por obra da desvalorização semântica do termo, numa conspurcação gramatical de caráter ideológico, a fim de ajustar ao desmoralizado indivíduo algum qualificativo, já que nada lhe sobressai de positivo.
Como estes oito anos de estagnação equivalem a outros tantos de distorção, de desvirtuamento das normas, inclusive a do bem-falar, foi a tal palavra sucateada no seu significado, ficando a casca, o rótulo, a fazer crer que o peregrino do espaço, o estadista de “araque”, o “cara” que mete a cara em tudo o que não lhe diz respeito, o demagogo dos demagogos, tem a envolvê-lo a aura divina. Como é impossível admitir a existência de atributos demiúrgicos num indivíduo pernicioso, atesto que o homem é, na verdade, um grande debochado, um grande mentiroso, um grande cínico, um grande mentecapto.
É a este conglomerado de mercenarismo, de incompetência e de iniquidade que se dá o nome de carisma?
A autora é Membro da Academia Brasileira de Defesa
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