Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Por que, apesar de Bachelet, a direita venceu no Chile? Resposta: os PILA* chilenos são minorias

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA
TIBIRIÇÁ RAMAGLIO | 19 JANEIRO 2010
INTERNACIONAL - AMÉRICA LATINA


Na mentalidade dos chilenos já se consagrou a superioridade da economia de mercado.



Viva Sebastián Piñera! Viva Chile! A vitória da direita no país tem grande significado para o nosso continente. Em primeiro lugar, especificamente no plano internacional, porque Piñera deve se alinhar ao colombiano Uribe e reforçar a frente antiChavez na América do Sul. Trata-se de um reforço de peso, devido à importância política e econômica do Chile. Não há, evidentemente, porque se esperar que Piñera faça de imediato qualquer provocação a Chavez, mas um dos seus primeiros confrontos com o bolivarianismo deve se dar com o clone boliviano do Mussolini de Caracas, em torno da negociação da saída da Bolívia para o mar por território chileno. Sob o governo Bachelet, o Chile estava cedendo aos anseios bolivianos nesse sentido. Piñera deve impedir que Moralez venha a fazer demagogia às margens do Pacífico.


Em segundo lugar, a vitória da "direita" no Chile deve ser principalmente uma vitória do liberalismo. Mary O'Grady, do
Wall Street Journal, em artigo de 20 de dezembro de 2009 (cuja tradução, datada de 29/12, pode ser lida no site da Ordem Livre), mostra que as reformas econômicas promovidas no país por Augusto Pinochet foram de tal forma bem sucedidas que seus primeiros sucessores optaram por não desfazê-las, de modo que o Chile se tornou uma espécie de garoto propaganda do liberalismo na América Latina. O fracasso do sistema se transformaria fatalmente em peça de proselitismo para os adeptos do Estado forte, contribuindo, entre outras coisas, com o discurso de campanha de Dilma Rousseff. A pergunta que se coloca, então, é o que punha o liberalismo chileno em risco.


O'Grady avalia que a partir do governo do socialista Ricardo Lagos, antecessor de Michele Bachelet, a economia chilena mudava de rumo. Ambos atacaram a flexibilidade de mercado como favor a sindicatos. Além disso, na pesquisa de 2010 do Banco Mundial, que ranqueia o ambiente tributário e regulatório para os negócios em 183 países, o Chile caiu 14 posições ano após ano na categoria que mede a facilidade de se abrir um negócio. Caiu cinco posições em "empregar trabalhadores", e três em "pagar tributos". No quesito "fechar um negócio", permaneceu estável, em 114º no mundo. No ranking geral, o Chile caiu nove posições. Isso se reflete na sua produtividade decrescente. Durante o mandato de Lagos (então de seis anos), a produtividade cresceu míseros 0,12%. As coisas pioraram ainda mais sob Bachelet. Em 2008, a produtividade caiu 2,4%. Em 2009, a previsão é de que caia mais 2,7%, o que levará a queda em seu mandato de quatro anos para -1,57%.


Esses números são não somente sinais claros do desvio rumo ao intervencionismo socialista que o Chile vinha procedendo, bem como servem para esclarecer o que conduziu Piñera ao poder. Os chilenos deram mostra de que não pretendem entregar suas conquistas econômicas ao comando discricionário de uma Concertación em que os democratas-cristãos estão se inclinando cada vez mais para o populismo e os socialistas, cada vez mais à esquerda. Na mentalidade dos chilenos já se consagrou a superioridade da economia de mercado. Ainda citando O'Grady, "em uma pesquisa conduzida em agosto de 2009 pela Pontifícia Universidade Católica e pela empresa de pesquisas de opinião Adimark, 73% dos entrevistados afirmaram que a iniciativa pessoal e o trabalho duro são o caminho para sair da pobreza. Somente 26% afirmaram que o estado é responsável". Resumindo, é baixo o índice de
PILA* no Chile.


* Perfeito Idiota Latino-americano


Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".