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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O profeta “frei” Betto: agora ele se mostra inimigo da Igreja

Fonte: BLOG DO ANGUETH
Sábado, Janeiro 09, 2010


“Frei” Betto, chamado por Pe. Gelson de profeta (clique aqui e veja também os comentários), escreve um artigo no Estado de Minas de 07/01/2010, intitulado “Novo olhar sobre o universo”. Nele este “frei” ataca a Igreja Católica, enaltece Galileu e Copérnico e cita, como gran finale, o herético e impostor Teilhard de Chardin. Ele mostra de uma só tacada, que, não só não é católico, como é inimigo da Igreja.


Mostra também que “o modo de concebermos Deus” é comandado pela ciência. Aqui ele mostra que não entende nada sobre a ciência. O objeto da ciência não é Deus e sim um recorte muito limitado do que chamamos de natureza. Colocar-se à mercê da ciência para conceber Deus é de um primarismo mental colossal.


Assim, ele nos descreve como a cosmovisão de Ptolomeu “favoreceu a hegemonia espiritual, cultural e econômica da Igreja Católica, encarada pela fé como imagem da Jerusalém Celeste.” Ficamos a imaginar toda a expansão da Igreja na época pós-apostólica, naqueles trezentos anos terríveis sob a pata do Império Romano, com tanto sangue dos mártires escorrendo pelas ruas de Roma, os pregadores cristãos falando, não sobre Cristo, não sobre a Redenção, não sobre a Ressurreição, mas sobre Ptolomeu e seus ciclos e epiciclos. É só lermos na História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia, a história do martírio de São Policarpo, bispo de Esmirna. Vejamos uma passagem dessa obra, quando narra o martírio do bispo.


“Logo em volta dele foram dispostos os materiais adequados para a fogueira. Como se preparavam para fixá-lo, pregando-o, disse: ‘Deixai-me assim, pois Aquele que me concedeu aguardar com firmeza o fogo, conceder-me-á ainda, sem a garantia de vossos pregos, ficar imóvel na fogueira.’ Por isso, não foi pregado, e sim amarrado.


“Amarrado, com as mãos às costas, parecia um cordeiro escolhido, tirado de grande rebanho, para se tornar um holocausto agradável a Deus onipotente. Então, disse: ‘Pai de teu filho bem-amado e bendito Jesus Cristo, por meio do qual adquirimos o conhecimento de Ti, Deus dos anjos, das potestades, e de toda a criação, da geração dos justos que vivem diante de Ti, eu Te bendigo porque me julgastes digno deste dia e desta hora; de participar do número dos mártires, do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna, do corpo e da alma, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Seja recebido entre eles diante de Ti, hoje, num sacrifício gordo e aceitável, conforme preparaste e manifestaste previamente, e que consumaste, Deus sem mentira e verdadeiro. Por isso e por todas as coisas, eu Te louvo, Te bendigo, Te glorifico, pelo eterno e sumo sacerdote, Jesus Cristo, Teu Filho bem amado, por quem a Ti, com Ele, no Espírito Santo, glória seja dada agora e nos séculos futuros. Amém.’ ”


Isso tudo ocorreu com Policarpo quando ele já passava dos 80 anos. E veja que “frei” Betto nos quer fazer crer que o cristianismo se fortaleceu à sombra de ciclos e epiciclos, de um modelo de medição de posição de estrelas e planetas concebido por Ptolomeu. Nada a ver com Cristo e seus apóstolos e mártires. Nada a ver com o Espírito Santo iluminando os cristãos ao longo da história e fortalecendo sua Igreja. E notem só a malícia da expressão “hegemonia econômica da Igreja”.


Esse herege malicioso considera que a cosmovisão da Jerusalém Celeste foi criada por Ptolomeu. Será que ele já ouviu falar de Santo Agostinho e sua obra a Cidade de Deus?


Ele prossegue profetizando: “Com o advento da Idade Moderna, (...) o paradigma da fé deu lugar à razão, a religião à ciência.” Aqui se demonstra de forma cabal que esse “frei” não conhece também Santo Tomás. Mas não precisamos ir muito alto. Não precisamos escalar a montanha chamada Santo Tomás de Aquino. Precisamos apenas perguntar ao articulista do Estado de Minas, exatamente como esses paradigmas se sucederam. Como a razão sucedeu à fé e a religião, à ciência. Isso quer dizer que hoje o homem não deve ter fé, porque a razão já provou que é inválido tudo em que acredita aquele que tem fé? O homem religioso deve, agora, desistir de sua religião porque a ciência desacreditou completamente seus fundamentos? Diga-nos senhor “frei”, em que a mecânica quântica descredencia o Decálogo, ou a teoria da relatividade descredencia o dogma da Imaculada Conceição, ou a segunda lei da termodinâmica descredencia a presença de Nosso Senhor no Sacramento da Eucaristia, ou a genética descredencia o Pecado Original? Quanto à razão, em que ela fica diminuída num homem que crê nas aparições de Nossa Senhora ao longo da história, ou na ressurreição de Lázaro, ou não transformação de água em vinho nas bodas de Caná, ou nos cinco estigmas de São Padre Pio, ou nas visões de Santa Brígida da Suécia, para citar alguns exemplos?


Os que dão algum crédito a tais argumentos devem ler, no mínimo, o livro de David Berlinsk,
The Devil's Delusion, que demonstra integralmente que a ciência não tem autoridade alguma em relação a nenhuma religião do mundo.


Existem coisas também hilariantes no artigo em tela. Exaltando a mecânica quântica, nosso “frei” solta esta: “No interior do átomo, a nossa lógica cartesiana não funciona, pois ali predomina o princípio da indeterminação, ou seja, não se pode prever com exatidão o movimento das partículas subatômicas.” Uai! como diríamos nós mineiros (eu e ele), dados e roletas têm também resultados unitários indeterminados. Será que eles também destroem a “lógica cartesiana”. Aliás, o quem vem a ser essa “lógica cartesiana”? Será que o articulista do jornal mineiro já ouviu falar de estatística? A confusão deste senhor é monu-mental!


Outra coisa hilariante é esta: “Nossa visão religiosa agora é pananteísta. O pananteísmo diz que Deus está em todas as coisas.” Notaram a palavrinha “agora”. Este senhor se considera fundador de uma nova religião. Só que se ele continuar assim vai acabar descobrindo o catolicismo qualquer hora destas! A presença de Deus em toda a criação é uma das muitas coisas em que os católicos sempre acreditaram. Para nós Deus está presente inclusive no Inferno, através de sua Justiça. Seria necessário apenas que esse senhor lesse a Questão 8 da Suma Teológica, de Santo Tomás de Aquino. Esta questão é sobre a existência de Deus nas coisas e está divida em 4 artigos: Deus está em todas as coisas?; Está Deus em toda parte?; Deus está em toda parte por sua essência, presença e poder?; Estar em toda parte é próprio de Deus? Não seria pedir muito que as pessoas estudassem um pouco antes de opinar.


Sejamos claros: “frei” Betto não conhece a Doutrina Católica e é um inimigo da Igreja. E ainda há padres que o consideram profeta!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".