Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Comentário escrito no Cavaleiro sobre transgênicos

Agradeço ao autor que não citarei por dois motivos:

1. não tenho autorização e
2. não tenho o e-mail dele para pedir a autorização.

Vamos lá, para todos nós pensarmos sobre o assunto com este belo argumento e bela escrita:


Não entendo o motivo de ainda não terem liberado o plantio de transgênicos. Usar o mito do aquecimento global para justificá-lo, no entanto, é um erro, mas também não lhe tira os méritos. A agricultura no mundo todo sempre sofreu com as intempéries - independente de qualquer "mudança climática" - e qualquer tentativa de evitar perdas em grandes secas ou períodos excessivamente chuvosos é bem-vinda. Trangênicos nada mais são que uma nova técnica de cultura.


Quanto aos supostos riscos dos transgênicos, como um gene fora do lugar pode fazer mal à saúde? Me parece um atentado à inteligência. Próximo ponto.


Podem alegar que transgênicos uma vez disseminados no meio ambiente teriam enormes vantagens competitivas e destruiriam a biodiversidade natural. Balela. Pode-se muito bem alterar os genes de reprodução por exemplo para que a semente colhida após um único cultivo torne-se estéril - isso existe. Então não temos mais problemas com a biodiversidade. Próximo ponto.


Bem, agora vão dizer que "vamos nos tornar reféns das grandes empresas transnacionais de biotecnologia blablablá..." Só pode dizer isso quem não conhece a agricultura. Eu, morando no interior de São Paulo, filho, neto, bisneto (...) de agricultores conheço bem, e digo: já somos reféns. Explico: As sementes que se usam na agricultura são sementes especialmente preparadas, chamadas variedades híbridas (ninguém faltou à aula de biologia sobre Gregor Mendel não é?). Essas variedades são estudadas para fornecerem o melhor resultado na primeira colheita. Acontece que se ainda se lembram daquela aula, os cruzamentos obtidos até aqui, já não serão tão produtivos caso sejam replantados, ou seja, a produtividade da lavoura cairá - não tenho números, mas é sim significativo. Aquela imagem estereotipada de agricultores guardando a colheita no celeiro e replantando a mesma semente, isso já não existe há muito tempo, a não ser em regiões de "agricultura subdesenvolvida", como o interior nordestino talvez. Vale lembrar que vale muito mais a pena comprar sementes híbridas, produzidas por empresas de pesquisa, que plantar sementes naturais, mesmo as primeiras tendo um valor muito mais elevado. O mesmo provavelmete ocorreria com os transgênicos caso os preços das sementes se tornassem absurdos - leia-se: inviáveis econômicamente -, simplesmente dariam preferência às sementes híbridas, mais baratas, mas que também necessitam de maior uso de agrotóxicos - produtos extremamente caros, e geralmente importados.


Aliás, a redução do uso de agrotóxicos é o grande ponto favorável aos transgênicos. Segundo saiu no jornal local desta semana (
http://www2.uol.com.br/debate/1502/cidade/cidade22.htm), a produtividade da soja transgênica é menor que da soja convencional (híbrida), mas o que atrai os produtores é a diminuição dos gastos com pesticidas, extremamente custosos.


Mas podem ainda perguntar: "Mas e a agricultura orgânica?" Ora, é simplesmente inviável em larga escala. A falsa viabilidade dos produtos orgânicos vem de sua sobrevalorização - até certo ponto correta, haja vista que alguns produtores, de tomate por exemplo, exageram na dose de veneno -, mas a produtividade em si é sensivelmente menor. É simplesmente impossível estender esse tipo de cultura para atender a toda a população a preços acessíveis.


Espero ter contribuído para a desmistificação do tema, para que entendam que a terra é também uma empresa, base de um negócio - não tentem jogar areia nesse negócio. Não é simplesmente "jogue sementinhas e espere crescer", isso é fantasia. E quem ajuda a perpetuar essa fantasia é gente como o MST, que não tem a menor ideia do que é a terra.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".