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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

BBC: Mudança do Clima Justifica(ria) Transgênicos?

Fonte: A NOVA ORDEM MUNDIAL
SUNDAY, 17 JANUARY 2010


No último programa da Série "Um Planeta" da BBC traz uma estarrecedora propaganda pró-tansgênico, que em sua última cartada tenta utilizar a mudança do clima (novo termo para aquecimento global) para justificar a importacao e o plantio de tansgênicos.


Usar a maior farsa de todos os tempos para justificar um dos maiores venenos já criados para as pessoas e o meio ambiente, uma piada.


Veja abaixo o resumo do programa, mais abaixo voce pode ouvir o programa por completo.


Os impactos das alterações climáticas já sao visíveis. Padrões climáticos alternados estão afetando a vida de milhões em todo o mundo, especialmente na produção de alimentos.


No "Um Planeta" desta semana, Richard Hollingham discute a forma como a biotecnologia pode nos ajudar a desenvolver novas culturas que podem suportar duras condições de plantio. Ele vai a Bruxelas e discute com algumas das empresas de biotecnologia que querem que a Comissão Europeia relaxe a sua atitude em relação aos trangenicos. Ele também fala com a Comissão Europeia sobre a sua política em matéria de produtos geneticamente modificados.


Culturas geneticamente adaptadas para as mudanças climáticas precisam ser resistentes à seca e pragas e serem capazes de prosperar em solo de baixa qualidade. Eles também precisam proporcionar melhores rendimentos.


Estas culturas são controversos, especialmente na Europa. Historicamente, os legisladores europeus têm tido uma atitude muito cautelosa em relação aos alimentos geneticamente modificados e alimentos para animais. Atualmente a Comissão Europeia permite a importação de algodão geneticamente modificado, milho, colza, soja e beterraba açucareira para o consumo humano e animal. Até agora, a Comissão Europeia emitiu uma licença única para uma variedade de milho geneticamente modificado para ser cultivada na Europa.


Atualmente, existem cerca de cinqüenta produtos trangenicos que aguardam aprovação da Comissão Européia, dos quais dezenove são para o cultivo. As empresas que produzem transgênicos querem que a Comissao Europeia relaxe a sua moratória sobre a aprovação de novos produtos. Além das óbvias oportunidades comerciais, eles argumentam que se a Europa relaxar a sua atitude em relação aos alimentos trangenicos, as nações em desenvolvimento estarao mais propensas a aceitá-los também, e sao as nações em desenvolvimento as mais afetadas pelas alterações climáticas. Nesse sentido, a Europa está se tornando uma batalha crucial enquanto as empresas lutam para conseguir novas culturas autorizadas para cultivo.


Há ainda uma enorme oposição dentro da Europa para as culturas geneticamente modificadas. Mas estariam as alterações climáticas começando a alterar os termos do debate? Se o mundo será capaz de sustentar seus níveis atuais da população num momento em que está se tornando cada vez mais difícil de cultivar culturas tradicionais, chegamos agora ao ponto em que a Europa precisa de tomar uma atitude mais tolerante para o cultivo de culturas geneticamente modificadas?


As empresas de bio-tecnologia elogiam pois agora a europa terá um conselho científico, nos moldes do Brasil por exemplo. Sabemos então já o que esperar, como no Brasil, que o Secretário Executivo do Conselho Nacional de Biossegurança é ninguém menos que o ex-advogado da monsanto, Beto Vasconcelos.


O programa no entanto também mostra opiniões contrárias, de críticos dos tansgênicos. Em uma das entrevistas ele diz como os tansgênicos sãao intressincamente imprevisíveis e por isso se deve ter extrema cautela em sua adoção.


Por outro lado a Presidente da comissão européia insiste que a comissão européia se baseia na ciência. Bem, essa é a mesma desculpa daqueles que defendem o aquecimento global, ops, quer dizer, mudanca climática. Nós sabemos, porém, que esta ciência que tanto alardeiam é falsa, financiada pelas mesmas empresas que tiram gigantescas quantidades de dinheiro.


Um conselheiro científico de uma empresa diz que nao entende porque as pessoas acham que a ciência vindo das empresas tenha menos valor, e que seus standards são os mesmos de qualquer comunidade acadêmica. Provavelmente os mesmos standards das universidades envolvidas no Climategate, Universidade Britânica de East Anglia (Phil Jones) ou a americana Penn State (Michael Mann)


Ouça aqui o programa.


Fontes:

3 comentários:

Rafael Crivelli disse...

Não entendo o motivo de ainda não terem liberado o plantio de transgênicos. Usar o mito do aquecimento global para justificá-lo, no entanto, é um erro, mas também não lhe tira os méritos. A agricultura no mundo todo sempre sofreu com as intempéries - independente de qualquer "mudança climática" - e qualquer tentativa de evitar perdas em grandes secas ou períodos excessivamente chuvosos é bem-vinda. Trangênicos nada mais são que uma nova técnica de cultura.

Quanto aos supostos riscos dos transgênicos, como um gene fora do lugar pode fazer mal à saúde? Me parece um atentado à inteligência. Próximo ponto.

Podem alegar que transgênicos uma vez disseminados no meio ambiente teriam enormes vantagens competitivas e destruiriam a biodiversidade natural. Balela. Pode-se muito bem alterar os genes de reprodução por exemplo para que a semente colhida após um único cultivo torne-se estéril - isso existe. Então não temos mais problemas com a biodiversidade. Próximo ponto.

Bem, agora vão dizer que "vamos nos tornar reféns das grandes empresas transnacionais de biotecnologia blablablá..." Só pode dizer isso quem não conhece a agricultura. Eu, morando no interior de São Paulo, filho, neto, bisneto (...) de agricultores conheço bem, e digo: já somos reféns. Explico: As sementes que se usam na agricultura são sementes especialmente preparadas, chamadas variedades híbridas (ninguém faltou à aula de biologia sobre Gregor Mendel não é?). Essas variedades são estudadas para fornecerem o melhor resultado na primeira colheita. Acontece que se ainda se lembram daquela aula, os cruzamentos obtidos até aqui, já não serão tão produtivos caso sejam replantados, ou seja, a produtividade da lavoura cairá - não tenho números, mas é sim significativo. Aquela imagem estereotipada de agricultores guardando a colheita no celeiro e replantando a mesma semente, isso já não existe há muito tempo, a não ser em regiões de "agricultura subdesenvolvida", como o interior nordestino talvez. Vale lembrar que vale muito mais a pena comprar sementes híbridas, produzidas por empresas de pesquisa, que plantar sementes naturais, mesmo as primeiras tendo um valor muito mais elevado. O mesmo provavelmete ocorreria com os transgênicos caso os preços das sementes se tornassem absurdos - leia-se: inviáveis econômicamente -, simplesmente dariam preferência às sementes híbridas, mais baratas, mas que também necessitam de maior uso de agrotóxicos - produtos extremamente caros, e geralmente importados.

Aliás, a redução do uso de agrotóxicos é o grande ponto favorável aos transgênicos. Segundo saiu no jornal local desta semana (http://www2.uol.com.br/debate/1502/cidade/cidade22.htm), a produtividade da soja transgênica é menor que da soja convencional (híbrida), mas o que atrai os produtores é a diminuição dos gastos com pesticidas, extremamente custosos.

Mas podem ainda perguntar: "Mas e a agricultura orgânica?" Ora, é simplesmente inviável em larga escala. A falsa viabilidade dos produtos orgânicos vem de sua sobrevalorização - até certo ponto correta, haja vista que alguns produtores, de tomate por exemplo, exageram na dose de veneno -, mas a produtividade em si é sensivelmente menor. É simplesmente impossível estender esse tipo de cultura para atender a toda a população a preços acessíveis.

Espero ter contribuído para a desmistificação do tema, para que entendam que a terra é também uma empresa, base de um negócio - não tentem jogar areia nesse negócio. Não é simplesmente "jogue sementinhas e espere crescer", isso é fantasia. E quem ajuda a perpetuar essa fantasia é gente como o MST, que não tem a menor ideia do que é a terra.

Cavaleiro do Templo disse...

Olá Rafael, ajudou sim pois todo trabalho de esclarecimento da população vindo de quem entende do negócio (qualquer que seja este) é mais do que bem vindo.

Confesso que nada sei de transgênicos, o que me preocupou no artigo são a justificativa e o envolvimento deste advogado na questão, a empresa Monsanto aparece também no Codex Alimentarius, proposta mais louca e absurda que o aquecimento global causado pelo ser humano.

Não tenho absolutamente nada contra empresas (empreendimentos e empreendedores), eu mesmo dependo de mim mesmo para sobreviver, não sou funcionário público nem privado. Não creio porém que os transgênicos precisem de farsas como o aquecimento global para serem justificados e aí está o problema quando relacionam estes dois fatores, penso eu.

Vou publicar o que você escreveu na página principal do Cavaleiro, ok? Gostaria muito desta associação (aquecimento + trans) sendo esclarecida.

Muito obrigado.

Cavaleiro do Templo.

Rafael Crivelli disse...

Cavaleiro,
primeiramente agradeço por ter publicado meu texto.
Segundo, admito que ainda não li sobre o Codex Alimentarius, não consegui arranjar tempo, mas lerei assim que possível. Também não posso dizer nada sobre a relação "aquecimento + trans", não tenho o conhecimento necessário (mas adianto que também vejo com certa ressalva). Tudo o que pude dizer é o que pode ser sentido diretamente no campo. Já fazem alguns anos que plantam transgênicos na região e não ocorreu nenhum tipo de problema até agora, e aparentemente não ocorrerão.

E sempre que vir meu nome, sinta-se autorizado, assumo todas as minhas palavras que deixo perdidas pela internet.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".