Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Esqueçam Lula! O adversário é o PT

Fonte: OBSERVATÓRIO DE PIRATININGA
QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2010


TIBIRIÇÁ RAMAGLIO


Os petistas são obsessivos. Sua ideia fixa é a manutenção do poder, por meio da eleição de Dilma Rousseff. Essa obsessão os cega e fatalmente os fará cometer inúmeros erros daqui para frente, o que, se não levá-los a derrota por conta própria, pelo menos pode contribuir com a campanha da oposição. Referindo-se à reação do PSDB às provocações de Dilma, Ricardo Berzoini postou em seu twitter ontem o seguinte comentário: “PT manda a fatura e PSDB passa recibo”. Ora, comentar publicamente a estratégia de que se utiliza, ainda que para provocar o adversário, é deixar um flanco aberto. Quantos flancos o PT precisará abrir até o PSDB deixar de passar recibos?

No Chile, a Concertación fez questão de usar o fantasma de Pinochet como cabo eleitoral de Frei. Seu discurso de campanha voltava-se para o passado. O de Sebastián Piñera olhava para a frente. Parafraseando Joãosinho Trinta, quem gosta de História é intelectual. Além do mais, o PT é tão previsível e sua retórica anda tão esvaziada que a refutação de seus argumentos, em muitos casos, se tornou desnecessária. O argumento da ética na política, por exemplo, já não pode ser usado. Até os jegues do sertão nordestino já não têm dúvidas de que o PT é farinha do mesmo saco e rouba tanto quanto qualquer outro partido político brasileiro. Suponho que os bichinhos nem chegam a identificar nisso um problema, porque seu interesse é o de que roubem, mas façam.

Enfim, o bom-mocismo dos candidatos petistas também não cola mais, em particular numa candidata como Dilma Rousseff, cujo passado condena e cujo autoritarismo e arrogância são evidentes a mais não poder. Não é possível que a antipatia da figura e sua vinculação com o radicalismo esquerdista não possam ser empregados para golpeá-la no fígado. Aliás, a retórica revolucionária, cujo avatar da vez são os direitos humanos, destinado principalmente aos jovens e à classe média “esclarecida”, é uma faca de dois gumes. O PT não pode negá-la, mas, a maioria do eleitorado, ela certamente assusta mais do que seduz. Será que ninguém vai explorar eleitoralmente o radicalismo do Programa Nacional dos Direitos Humanos e mostrar o risco que o Brasil corre de se transformar numa nova Venezuela caso Dilma seja eleita? Não será possível explorar os sentimentos aversivos que a figura de Chavez desperta em grande parte dos brasileiros e colar a imagem do Mussolini de Caracas na de Dilma? Não seria interessante divulgar junto ao grande público a linguagem e os projetos revolucionários que o Partido ostenta em seus meios de comunicação?

Sinceramente, acho que a própria figura de Lula talvez seja uma faca de dois gumes, o que só não vê quem é covarde. Sua propalada popularidade junto a 80% do eleitorado não é propriamente sua, pois se deve exclusivamente à bonança na economia, que não foi ele quem promoveu. Lula não desperta paixões, não é uma personagem como foi Getúlio Vargas que despertava o afeto incondicional dos eleitores e que fez do PTB uma espécie de Flamengo dos partidos políticos. Creio que a simpatia a Lula é muito circunscrita e que, por isso mesmo, ele não tem conseguido transferir até o momento o seu prestígio para sua candidata. Certamente, o melhor para a oposição na campanha é colocar a figura de Lula de lado – afinal, ele é passado –, para bater forte no PT e no seu projeto revolucionário, que tem inequivocamente em Dilma Rousseff um de seus mentores. Aliás, o próprio fato de o PT acalentar ambiguamente esse projeto, ora negando-o, ora fazendo avançá-lo de maneira traiçoeira, é uma bruta vulnerabilidade.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".