Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O VÍRUS TOTALITÁRIO

Fonte: NIVALDO CORDEIRO


O VÍRUS TOTALITÁRIO

19 de janeiro de 2010


...vivemos no Brasil de hoje como os alemães viveram no começo dos anos trinta: à espera do pior. Não cabem mais meias palavras nem a tolerância para com os portadores do vírus revolucionário. É o tempo do bom combate.


O movimento revolucionário tem agido em escala mundial e mesmo quando o Ocidente derrotava as experiências totalitárias mais malignas do século XX, como ao fim da Segunda Guerra mundial, ele agia na calada da noite, aproveitando-se que as pessoas estavam desarmadas de espírito e não enxergavam a amplitude da maldade em gestação. Ao término da Segunda Guerra mundial tivemos, coincidentemente, a promulgação solene da Declaração dos Direitos Humanos pela ONU, baluarte que se tornou do movimento revolucionário e o centro de construção da moderna Cosmópolis, o governo mundial. Os democratas não perceberam o veneno contido no documento.

É com base nessa Declaração maldita, ela própria herdeira do jacobinismo da Revolução Francesa, que o PT e as esquerdas estão propondo as sucessivas “conferências nacionais”, instrumento pelo qual tentam fazer um arremedo de democracia direta e um ensaio geral da tomada final do poder total, a coincidir com o término do governo Lula e o possível início do governo Dilma. Os direitos constitucionais, sempre negativos, sempre na direção de impedir que o monstro estatal interfira na existência cotidiana dos cidadãos, ganharam a roupagem do “direito positivo”, melhor dito impositivo. Não mais o direito como garantia individual, mas como uma obrigação de grupos para com aqueles contemplados como sujeitos dos novos falsos direitos proclamados.


A epidemia viral de novos “direito humanos” tornou-se o mantra do movimento revolucionário, a ponto de proclamarem como direito humano até mesmo a ação terrorista de quando estavam na clandestinidade. A falsificação não se restringe à expressão semântica, mas se estende à construção da ordem jurídica. Se o projeto dos celerados que administram as tais conferência nacionais for à frente em breve o regime de livre empresa desaparecerá do Brasil, assim como as liberdades como a conhecemos. Eles querem que o único sujeito político seja o Partido, utilizando o instrumento dos tais “movimentos sociais”, que nada mais são do que a vanguarda do movimento revolucionário. Caminhamos a passos largos para a fusão do Partido com o Estado.


Nos últimos trinta anos essa gente teve campo livre para fazer seu proselitismo e sua ação política, a ponto de praticamente todos os meios de comunicação e as pessoas de bem também passarem a defender a falsificação dos direitos humanos como se contivessem algo de bom. Com o vírus revolucionário agindo ativamente por meio das conferências até mesmo antigos combatentes pela liberdade, que haviam aderido à ordem institucional do PT, falsificada pela Carta ao Povo Brasileiro, acordaram. É com muita alegria que tenho lido os últimos editorais do jornal Estadão abordando o assunto, corajosos, lúcidos, enfáticos. O editorial de hoje, por exemplo, “Investida contra a democracia”, é daquelas peças que devem ser guardadas e relembradas.


É de se esperar que os demais órgãos de comunicação sigam o exemplo e aqui penso especificamente no Grupo Globo, que não pode ignorar que é ele mesmo o alvo principal dos revolucionários. Especialmente o jornal O Globo precisa seguir os passos do jornal paulista, até por uma questão de sobrevivência. Os revolucionários petistas não querem menos que a sua destruição, não há mais o que negociar ou o que ceder. É o tempo do enfrentamento, na verdade o tempo era aquele da época da posse do Lula. A elite brasileira quis deixar-se enganar com a ilusão de que o PT abjurara tudo aquilo que escreveu nos seus documentos internos e tudo que constituía as crenças de suas principais lideranças. Um engano fatal.


Eu me sinto pessoalmente gratificado com modificação da linha editorial do Estadão, eu que, nos últimos meses, tenho escrito como media watch para o jornal eletrônico Mídia Sem Máscara. Quantas vezes apontei e lastimei a linha esquerdista do Estadão! Em boa hora vejo aquela casa editorial retomar as suas antigas bandeiras de luta, de corte liberal.


Quando eu decidi oferecer o curso AS ARMADILHAS DA LEI, no Instituto Internacional de Ciências Sociais - IICS, é porque toda a coisa da conspiração petista estava clara para mim e me propus a ir buscar as respostas teóricas para o fenômeno, que antes de ser político é filosófico. O curso demandou um grande trabalho de pesquisa, mas eu finalmente pude apresentar aos alunos o resultado das minhas investigações, com êxito. Parte desse trabalho eu tenho apresentado nos artigos que tenho publicado. No presente momento o mesmo curso está sendo apresentado a uma turma privada, na cidade do Rio de Janeiro. Isso mostra que as pessoas sérias estão debruçadas e preocupadas com o problema. O vírus do totalitarismo tinha a seu favor o desconhecimento. Agora não mais. Ao menos no âmbito da filosofia política eu posso dizer que logrei recuperar os elos históricos e colocar em evidência os pensadores que destrincharam o enigma.


Não posso aqui deixar de exaltar o trabalho majestoso de Olavo de Carvalho, que, como um arauto, há mais de vinte anos vem dizendo os detalhes da realidade revolucionária que nos cerca. Aqueles que quiserem ter a história completa do que se passou e o prognóstico do que nos espera devem ler a sua obra. Está tudo lá. Olavo é o único pensador que tem o crédito de dizer que jamais se enganou e que não se acovardou diante da tarefa hercúlea de comunicar aos brasileiros, diante do ceticismo geral, a tragédia que estava nos aguardando. O tempo da tragédia é chegado.


Caro leitor, vivemos no Brasil de hoje como os alemães viveram no começo dos anos trinta: à espera do pior. Não cabem mais meias palavras nem a tolerância para com os portadores do vírus revolucionário. É o tempo do bom combate.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".