28/10/2008 - 10h14
Cavaleiro do Templo: governos identificados ideologicamente com o crime (e assim é a esquerda de um modo geral) dá sempre nisto: o bandido tem mais direitos que os cidadãos. Aprendamos de vez que esquerda só traz miséria em todos os sentidos e, não importam os fatos, eles são SEMPRE santos, SEMPRE. Mesmo quando pegos com a boca na botija, com a mão no seu bolso e/ou concedendo direitos a assassinos que deveriam receber, isto sim, um belo tiro na cara quando se comportam como o psicopata do caso abaixo.
O promotor Antonio Nobre Folgado disse ontem que os integrantes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) não tinham autorização do gabinete de crise e de seus superiores para realizar o "tiro de neutralização" contra Lindemberg Fernandes Alves, 22 anos, que manteve por cem horas como refém Eloá Cristina Pimentel, 15, antes de matá-la em Santo André (Grande São Paulo).
Mas o grupo tinha autorização para invadir o cativeiro. Na sexta-feira, antes do desfecho do caso, o Gate decidiu que era hora de invadir o apartamento e começou a preparar a ação, que iria ocorrer de qualquer maneira naquele dia ou na manhã seguinte, mesmo se não houvesse disparo por parte do seqüestrador, diz o promotor.
As informações constam nos depoimentos de PMs que atuaram na operação e dos comandantes da Tropa de Choque, coronelEduardo Félix, e do Gate, Adriano Giovaninni, anexados no inquérito da Polícia Civil.
O gabinete de crise era constantemente informado sobre o andamento da situação e seria formado pelo governador José Serra (PSDB), o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e a cúpula da Polícia Militar.
"O Gate estava preparando a invasão para algum momento, ela iria ocorrer de qualquer forma porque o Lindemberg não apresentou disposição para se entregar. Isso não precisa ser autorizado por um agente externo, é decisão deles no hora. A equipe tática esperava apenas o momento oportuno. Para disparar, eles já não tinham permissão", afirma Folgado.
Conforme o promotor, a decisão de que a invasão poderia ocorrer na sexta-feira foi comunicada ao gabinete de crise e decorreu de uma "seqüência de fatos diferentes" naquele dia. Segundo ele, os PMs entenderam que "aquele era o momento oportuno porque algum fator, e invadiram". "Se houve ou não o tiro, não vou entrar no mérito." Segundo Folgado, a barricada feita pelo seqüestrador pode ter sido o que definiu a decisão de invadir.
Em depoimento, a jovem Nayara Rodrigues, 15, que também foi mantida como refém e sobreviveu ao ser alvejada na boca, disse que Lindemberg arrastou uma mesa e um rack para trás da porta minutos antes da invasão do Gate. Policiais confirmam que perceberam a barricada cerca de três minutos antes da invasão.
Segundo Folgado, o jovem pode ter previsto que a invasão ocorreria naquele dia e por isso fez a barreira.
A data da reconstituição do assassinato de Eloá continua indefinida. Nayara, amiga da estudante morta, deve participar da encenação. O delegado-seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos, disse que precisa receber os laudos e localizar a adolescente, que está no interior.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou ontem que o Gatetinha total liberdade de ação durante os cinco dias do seqüestro e negou que houve qualquer interferência do titular da pasta, Ronaldo Marzagão, no desdobramento do caso.
A secretaria confirmou, porém, que o secretário e o governador José Serra (PSDB) eram informados constantemente sobre a situação, mas negou também que ambos não tenham autorizado o Gate a disparar contra Lindemberg, afirmando que a decisão, em última instância, cabe ao comando da operação no local e aos policiais, que possuíam melhor campo de visão sobre se poderiam acertar ou não Lindemberg.
A assessoria do Palácio dos Bandeirantes não respondeu se Serra estava ciente de que a invasão ocorreria, mesmo o fato tendo repercussões políticas.
A ação ocorreu um dia após um confronto entre as polícias Civil e Militar e uma semana antes do 2º turno das eleições municipais. A PM disse que só irá se manifestar após o fim das investigações.
Mas o grupo tinha autorização para invadir o cativeiro. Na sexta-feira, antes do desfecho do caso, o Gate decidiu que era hora de invadir o apartamento e começou a preparar a ação, que iria ocorrer de qualquer maneira naquele dia ou na manhã seguinte, mesmo se não houvesse disparo por parte do seqüestrador, diz o promotor.
Arquivo pessoal |
Eloá Cristina Pimentel, 15, que morreu baleada após ser mantida mais de cem horas pelo ex-namorado em Santo André |
As informações constam nos depoimentos de PMs que atuaram na operação e dos comandantes da Tropa de Choque, coronelEduardo Félix, e do Gate, Adriano Giovaninni, anexados no inquérito da Polícia Civil.
O gabinete de crise era constantemente informado sobre o andamento da situação e seria formado pelo governador José Serra (PSDB), o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e a cúpula da Polícia Militar.
"O Gate estava preparando a invasão para algum momento, ela iria ocorrer de qualquer forma porque o Lindemberg não apresentou disposição para se entregar. Isso não precisa ser autorizado por um agente externo, é decisão deles no hora. A equipe tática esperava apenas o momento oportuno. Para disparar, eles já não tinham permissão", afirma Folgado.
22.out.2008/Folha Imagem |
Após receber alta médica e depor à polícia, Nayara Rodrigues deixa o hospital acompanhada do padrasto e da mãe, Andréa Araújo |
Conforme o promotor, a decisão de que a invasão poderia ocorrer na sexta-feira foi comunicada ao gabinete de crise e decorreu de uma "seqüência de fatos diferentes" naquele dia. Segundo ele, os PMs entenderam que "aquele era o momento oportuno porque algum fator, e invadiram". "Se houve ou não o tiro, não vou entrar no mérito." Segundo Folgado, a barricada feita pelo seqüestrador pode ter sido o que definiu a decisão de invadir.
Em depoimento, a jovem Nayara Rodrigues, 15, que também foi mantida como refém e sobreviveu ao ser alvejada na boca, disse que Lindemberg arrastou uma mesa e um rack para trás da porta minutos antes da invasão do Gate. Policiais confirmam que perceberam a barricada cerca de três minutos antes da invasão.
Segundo Folgado, o jovem pode ter previsto que a invasão ocorreria naquele dia e por isso fez a barreira.
A data da reconstituição do assassinato de Eloá continua indefinida. Nayara, amiga da estudante morta, deve participar da encenação. O delegado-seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos, disse que precisa receber os laudos e localizar a adolescente, que está no interior.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou ontem que o Gatetinha total liberdade de ação durante os cinco dias do seqüestro e negou que houve qualquer interferência do titular da pasta, Ronaldo Marzagão, no desdobramento do caso.
A secretaria confirmou, porém, que o secretário e o governador José Serra (PSDB) eram informados constantemente sobre a situação, mas negou também que ambos não tenham autorizado o Gate a disparar contra Lindemberg, afirmando que a decisão, em última instância, cabe ao comando da operação no local e aos policiais, que possuíam melhor campo de visão sobre se poderiam acertar ou não Lindemberg.
A assessoria do Palácio dos Bandeirantes não respondeu se Serra estava ciente de que a invasão ocorreria, mesmo o fato tendo repercussões políticas.
A ação ocorreu um dia após um confronto entre as polícias Civil e Militar e uma semana antes do 2º turno das eleições municipais. A PM disse que só irá se manifestar após o fim das investigações.
TAHIANE STOCHERO, do Agora
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