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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

PT só elege 34% de seus candidatos a prefeito

Autor(es): Leila Suwwan
O Globo - 29/10/2008

PMDB, PSDB e PP tiveram sucesso com quase a metade de seus representantes; desempenho do PPS foi de 25%

Apesar de aumentar o número de prefeituras sob seu comando, o PT registrou nestas eleições o pior índice de sucesso entre os principais partidos do país. Dos 1.632 candidatos a prefeito lançados, pouco mais de um terço foi eleito - 34%. Entre esses 559 vitoriosos, 232 são prefeitos que foram reeleitos. E o número de votos nominais recebidos pela sigla foi praticamente o mesmo de 2004: 16,5 milhões. Os dados reforçam a tese de que o PT não conseguiu traduzir nas urnas o bom desempenho do segundo mandato do presidente Lula. PMDB, PP e PSDB registraram a mais alta taxa de sucesso eleitoral - o número de eleitos em relação ao total de candidatos lançados.

Esses três partidos elegeram quase a metade dos candidatos a prefeito que lançaram. Porém, apenas o PMDB teve um aumento expressivo, de 29%, no número de votos, chegando a 18,4 milhões. O PP se manteve estacionado em 6,1 milhões de votos, e os tucanos perderam 8% dos votos totais.

Os petistas, que comemoram o resultado eleitoral, consideram o índice de sucesso irrelevante, alegando que a legenda tem tradição histórica em lançar muitos candidatos. Segundo Gleber Naime, secretário de Comunicação do PT e integrante do Grupo de Trabalho das Eleições (GTE), essa tradição não é um "princípio" partidário e a conjuntura favorece o aumento de alianças no futuro, para o partido não ser tachado de "hegemonista".

Perguntado sobre a expectativa de melhor desempenho, devido à popularidade do governo federal, Naime disse que ao partido não interessa o "falso inchaço do poder":

- O crescimento do PT é sustentado. Não queremos um crescimento igual ao do PSDB quando estava no governo, com inchaço da filiação e da base parlamentar, sem critério, apenas pelo atrativo do poder. O crescimento do PT é real, não está ligado ao oportunismo.

Em 2004, desempenho do PT foi ainda pior

Em 2004, o índice de sucesso das candidaturas petistas às prefeituras foi ainda mais baixo, de 21,1%. E o do PSDB, que lançou quase o mesmo número de candidatos, foi notadamente maior: 45%. Naquele ano, o PT sofria desgaste pela política de contenção econômica do primeiro mandato de Lula.

Neste ano, o índice de sucesso do PSDB foi de 46% das candidaturas, comparado com 45,1% de 2004, sendo que agora foram lançados 208 candidatos a menos. O recuo tucano este ano foi de 10% no número de prefeituras e de 8% no total de votos, mas os dirigentes do partido rejeitam a avaliação de que perderam nessa eleição. Argumentam que a manutenção da estatura do partido nas eleições, em confronto direto com a máquina federal, é, na realidade, uma vitória.

O PMDB, que agora pressionará por mais espaço no governo, melhorou seu índice de sucesso de 42,6% para 47% entre 2004 e 2008, e elegeu 1.201 prefeitos - isso se deve, entre outros fatores, ao fato de o partido ser o mais bem-estruturado, e presente, em todas as regiões.

Nestas eleições, apenas o PPS, entre as dez legendas mais importantes, teve um índice pior que o do PT, com 25%. A rejeição, neste caso, teve efeito direto no partido, que perdeu metade de sua base de votos de 2004 e encolheu em 58% seu número de prefeituras.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".