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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eleições em Sampa - Panorama geral

MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO - MOVCC

DEMOCRATA É O PRIMEIRO PREFEITO DA HISTÓRIA DE SÃO PAULO A SE REELEGER NAS URNAS



COM 60,72% dos votos válidos, o democrata Gilberto Kassab, 48, tornou-se ontem o primeiro prefeito de São Paulo a se reeleger nas urnas. Ele é o 17º prefeito eleito por voto direto na história da cidade e o 50º a ocupar o cargo no período republicano.

Essa foi a primeira eleição majoritária da qual Kassab -que teve o maior percentual de votos válidos do segundo turno- participou. Ele assumiu a prefeitura em 2006, após a saída de José Serra (PSDB) para concorrer ao posto de governador do Estado.

Kassab teve 3.790.558 votos, superando a votação de Serra em 2004 em cerca de 460 mil votos. O sucesso do democrata é também uma vitória política de Serra. Já Marta Suplicy (PT), que terminou com 39,28% dos votos válidos, perdeu cerca de 287 mil votos na comparação com seu próprio resultado em 2004, quando também foi derrotada.

O PMDB foi o grande vencedor do segundo turno, com sucesso em quatro capitais, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Rio -onde Fernando Gabeira (PV) foi vencido por Eduardo Paes por pouco mais de 50 mil votos. O PT não venceu em capitais, mas conquistou importantes cidades paulistas, como São Bernardo, Guarulhos e Mauá. Em BH, a chapa apoiada petistas e tucanos foi a vencedora. Nas 30 cidades com segundo turno, 27 milhões de eleitores foram às urnas. A taxa média de abstenções ficou em 17%. Folha de São Paulo 






PT PERDE REDUTOS E ENCOLHE ATÉ NA PERIFERIA

Tradicionais redutos petistas, como Sapopemba e São Miguel Paulista, na zona leste, deram a vitória ao candidato do DEM. Com uma plataforma de campanha voltada para investimentos sociais, principalmente nas áreas de saúde e reurbanização de favelas, Kassab conseguiu reduzir o "cinturão vermelho" que, em 2004, deu a maioria dos votos ao PT nas zonas leste, sul e noroeste. Na eleição passada, a chapa encabeçada por Serra - e que tinha Kassab como candidato a vice - foi escolhida por 3,33 milhões de eleitores, ou 54,9% dos votos válidos. Ontem, o prefeito obteve o apoio de 60,7%.


VILA FORMOSA VOTOU EM KASSAB
Outro local alvo de polêmica foi a Vila Formosa, onde a prefeitura constrói um CEU (Centro Educacional Unificado). A campanha de Marta acusou o prefeito de ter atrasado a obra e colocou em dúvida a promessa de inaugurá-la até fevereiro, antes do início do ano letivo. Nessa região, Kassab venceu com mais de 75% dos votos válidos. Leia mais aqui, no Estadão





LULA TENTA MINIMIZAR DERROTA
E afirma ter saído ileso da eleição

Presidente diz que é preciso separar as coisas e que eleição municipal não tem influência automática na sucessão em 2010. "Quando um cidadão vota para presidente, vota para presidente; quando vota para prefeito, vota para prefeito; não tem ligação" – Assinante da Folha lê mais 
aqui



“EL PAIS”: LULA SAI DERROTADO DO SEGUNDO TURNO

As eleições municipais no Brasil supõem uma derrota para Lula da Silva que, apesar da popularidade, não conseguiu a vitória dos adversários de seus candidatos em algumas cidades. A análise é do jornal El País. O PT de Lula só conseguiu conquistar oito dos 30 municípios que disputavam o segundo turno.

De acordo com o jornal, de todas as derrotas a mais difícil de assimilar é a de São Paulo, onde o atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM), bateu a adversária Marta Suplicy (PT) com 60,72%. A petista era uma aposta de Lula.

“Além disso, Marta era considerada uma das possíveis candidatas das forças governistas para suceder Lula, que não poderá candidatar-se em 2010, depois de ter sido reeleito em 2006", afirma o jornal.

Mas as perdas também foram sentidas em Salvador, com a derrota de Walter Pinheiro (PT) para João Henrique (PMDB), e em Porto Alegre, antigo reduto petista, onde Maria do Rosário (PT) perdeu para José Fogaça (PMDB). Ainda segundo o jornal, os resultados positivos aparecem no Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes (PMDB), apoiado pelo presidente, conseguiu vencer o adversário Fernando Gabeira (PV). Redação Terra




MARTA TEM TUDO PARA DESAPARECER DO CENÁRIO POLÍTICO

Aliados de Marta pressionarão Lula a abrir vaga para ela na Esplanada. Preocupação é que ex-prefeita não suma da cena política até 2010, pois é forte opção para sucessão de Serra. Derrotada pela segunda vez consecutiva na eleição para a Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT) não voltará para o Ministério do Turismo, mas seu grupo político vai lutar para encaixá-la em outro cargo, já que ela não pode desaparecer da cena política até 2010. Motivo: ninguém no PT duvida de que Marta estará na lista dos que pretendem concorrer à sucessão do governador José Serra (PSDB), daqui a dois anos. Estadão




MARTA RECEBE VISITA DE PALLOCI
Na lista de visitas recebidas hoje por Marta Suplicy (PT) um nome chamou mais a atenção: o do ex-ministro Antonio Palocci. Amigo e conselheiro de Marta, ele não havia aparecido em nenhum evento público da petista durante a campanha.

Investigado pela suspeita de quebra ilegal de sigilo do caseiro Francenildo Costa, Palocci é nome forte do PT para a disputa do governo do Estado, em 2010, caso seja absolvido. Ele entrou e saiu da casa de Marta, nos Jardins, sem falar com a imprensa. Por Ranier Bragon - Blog da Campanha no Ar – da Folha




PSDB É O PARTIDO VITORIOSO NO INTERIOR E NO LITORAL DE SP
Tucanos vencem em 5 das 12 cidades com mais de 200 mil eleitores; o PT não venceu em nenhum município, embora tenha ficado em segundo lugar em 6

Embora tenha perdido a eleição em Bauru ontem, o PSDB do governador José Serra foi o grande vencedor das urnas nas grandes cidades do interior e litoral paulistas. Os tucanos conquistaram 5 das 12 prefeituras das cidades com mais de 200 mil eleitores no interior e litoral paulista: Franca, Sorocaba, Piracicaba, São José dos Campos e Jundiaí.

O PMDB elegeu três prefeitos: em Santos, Guarujá e Bauru. O PSB ganhou duas prefeituras: São José do Rio Preto e São Vicente. O DEM e o PDT venceram a eleição, respectivamente, em Ribeirão Preto e em Campinas. No interior do Estado, só Bauru e São José do Rio Preto tiveram segundo turno ontem. Em Bauru, o empresário tucano Caio Coube, 51, que teve o apoio de José Serra na campanha e havia vencido o primeiro turno, levou a virada. Ele obteve 45% dos votos válidos, perdendo para o peemedebista Rodrigo Agostinho, um ambientalista de 30 anos que foi secretário do Meio Ambiente e teve 54% dos votos.

Em São José do Rio Preto, os tucanos e o atual prefeito, Edinho Araújo (PPS), apoiaram o vencedor no segundo turno. O candidato do PSB, Valdomiro Lopes, teve 52% dos votos e venceu o petista João Paulo Rillo (48%) por uma pequena margem: 5.178 votos. Na última quinta-feira, Lopes recebeu o apoio in loco de Serra, enquanto seu adversário recebia a visita da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O PT de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o grande perdedor da disputa nas 12 grandes cidades do litoral e interior paulista. Não venceu em nenhuma, embora tenha ficado em segundo lugar em seis cidades. Além de São José do Rio Preto, ficou em segundo em Franca, Sorocaba, Santos, Piracicaba e São José dos Campos.

A maior derrota dos petistas, no entanto, ocorreu em Ribeirão Preto, cidade do ex-ministro da Fazenda e ex-prefeito petista por duas gestões Antonio Palocci Filho. O candidato petista Feres Sabino, que colou sua campanha à figura de Lula, só obteve 8% dos votos e ficou em terceiro lugar, atrás do prefeito tucano Welson Gasparini (32%) e da prefeita eleita, Dárcy Vera (52%), do DEM. Será a primeira vez que Ribeirão Preto será administrada por uma mulher.

Em percentual de votos, dois prefeitos tucanos foram os campeões nas 12 cidades: o mais votado foi Barjas Negri, reeleito em Piracicaba já no primeiro turno, com 88,3% dos votos. O segundo foi Vitor Lippi, reeleito em Sorocaba com 79% dos votos. O peemedebista Papa foi o terceiro com a votação mais folgada: foi eleito em Santos com 77%. A vitória mais apertada no primeiro turno também foi de um tucano: Miguel Haddad, de Jundiaí, que teve 50,7% dos votos válidos. Por Eliane Silva - 
Folha UOL

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".