18, abril, 2011
Aguinaldo de Souza Ramos
Ensina o Dr. Plinio Correa de Oliveira, em sua obra Revolução e Contra-Revolução (saiba mais), que o processo da Revolução se prolonga e se desdobra em todas as potências da alma, em todos os campos da cultura, em todos os domínios da ação do homem. Daí a necessidade de manter um olhar interrogativo sobre uma miríade de assuntos e tentar interpretar o modo como operam as etapas do processo.
Os brasileiros são pessoas intuitivas e se interrogam quando observam. Neste sentido perguntam-se se existe algum efeito nivelador e igualitário no uso do blue jeans. A atual imoralidade nos trajes femininos e a degradação no traje masculino são impulsionados por propagadores pagos colocados nas ruas?
Perguntas neste sentido coincidiram com o artigo com o qual me deparei: “É aqui que as modas nascem”, de Erika Palomino, na Revista Moda & Estilo, edição especial da Veja em maio de 2005.
Diz a jornalista Erika Palomino que “engana-se quem pensa que os estilistas setrancam numa sala para se inspirar. Pelo contrário: eles olham para a rua, que é o berço de tudo”.
Os estilistas e os(as) modelos estão entre os profissionais mais bem pagos do mundo. Eles atuam nas passarelas. São pagos para vender idéias e tendências, não para vender produtos. “Os desfiles vendem idéias explicitas do que vai parar nas ruas de forma contida”.
Continua Erika Palomino: “Onde começa a moda? Quem usa primeiro as peças mais diferentes, quem são os precursores das idéias que depois serão adotadas por todos – ou por muitos? Não são, isso é certo, os estilistas, do alto das passarelas. Nem as revistas especializadas. As ruas é que mandam, e nelas alguns personagens funcionam como lançadores de tendências e modismos. Não são famosos, necessariamente, mas é um tipo de gente que, dentro de seu grupo, tem carisma e personalidade suficientes para inventar e ser copiado”.
Aqui atua a intuição do brasileiro: se modelos e estilistas são pagos para vender idéias, por que os personagens lançadores de tendências e modismos nas ruas atuariam gratuitamente?
A imoralidade, o efeito nivelador e igualitário das modas são impostos a uma opinião publica que enquanto massa inerte se move por ação de um agente externo, conforme ensina a Igreja na pena do Papa Pio XII. A Revolução tem como a sua mais potente força propulsora o dinamismo das paixões humanas,e aí é que se encontra o empenho em desfigurar uma opinião pública que em sua maioria se declara católica.
Revolução nos costumes, Revolução na cultura.
Veja um artigo sobre a história do blue jeans, clicando aqui.
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[1] OLIVEIRA,Plinio Corrêa, Revolução e Contra-Revolução, Artpress Ind Grafica Editora Ltda, 2009, pg 20.
[1] Revista Catolicismo, fevereiro de 2010, pg 20.
[1] Revista Catolicismo, março de 2011, pg 39.
[1] MORITZ, Fabiana, Revista Criativa, Editora Globo, Março de 2008, pg 19.
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