22/04/2010 às 23:07 \ Vídeos:
Cavaleiro: dica de leitor do CT.
“Eu preciso registrar isso de alguma forma”, decidiu imediatamente o cineasta Daniel Moreno ao saber da história de Orlando Lovecchio Filho. Sem verbas federais, valendo-se de recursos próprios e da boa vontade dos parceiros de trabalho, conseguiu concluir o documentário “Reparação”. Aos 35 anos, Daniel Moreno agora luta para conseguir um espaço nas telas pouco receptivas a obras que contrariam os cânones da história oficial.
O documentário reconstitui a saga iniciada em março de 1968. Então com 22 anos, Lovecchio saía do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, quando viu a fumaça na entrada do consulado dos Estados Unidos. Procurou em vão algum segurança e começava a afastar-se no momento em que ouviu a explosão da bomba fabricada por integrantes de um grupo engajado na luta armada. Dias depois, teve de concordar com a amputação parcial de uma perna.
Enquanto sobrevive com a pensão de R$ 500 por mês, paga pela Comissão de Anistia, Lovecchio continua empenhado em conseguir uma indenização mais justa. Um dos autores do atentado, Diógenes Carvalho de Oliveira, recebe o triplo do valor da pensão da vítima. Qual é o critério usado para a escolha dos indenizados e a fixação das quantias a pagar? Essa é uma das perguntas que emerge do documentário que será lançado até o fim deste ano.
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