Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sábado, 27 de novembro de 2010

Deus Existe? A quem cabe o ônus da prova?



zeitgeistrefutado | 9 de abril de 2009 

Com o Filósofo Olavo de Carvalho, no True Outspeak.

www.blogtalkradio.com/olavo

Parte 1/6

Muitos entenderam errado o que ele disse e ficam batendo nessa mesma tecla. Vocês têm capacidade de entender, no entanto, falta a vontade, e seus preconceitos distorcem as coisas.

Parte 2/6

No começo ele já diz que afirmar que "o ônus da prova cabe a quem faz a afirmação" NO CONTEXTO da pergunta do leitor dele, pode levar a erros ao se confundir a estrutura interna do argumento com sua expressão verbal. Ele não está dizendo que se deve provar que algo inexiste, no sentido científico, ele não está dizendo que fulano deve usar o método científico e provar que algo inexiste.

Parte 3/6

O que ele disse foi o seguinte: que está provado ou demonstrado (por vias metafísicas, e não científicas) a existência de Deus. Ele parte da incapacidade científica para abordar o "objeto Deus" por não ser um objeto submetível ao seu método e por isso escapando a ele, e que esse objeto de conhecimento (Deus) cabe à outras ciências.

Parte 4/6

Em certos momentos ele diz que cabe ao outro (aquele que nega), o ônus da prova. O que ele quer dizer com isso? Ele quer dizer que, partindo das demonstrações ou provas metafísicas de Deus, cabe ao outro (aquele que quer impugnar estas provas metafísicas dadas, que são afirmativas) provar que elas são falsas.

Parte 5/6

E Vocês não entenderam isso. O que entrou no ouvido de vocês foi que ele disse que primariamente "cabe à ciencia provar que algo inexiste". Olavo jamais falaria isso. Esse programa é dele, e está subtendido que seus ouvintes têm o background necessário para entender o que ele diz, e por isso ele fala resumidamente e sem explicar muitas coisas.

Parte 6/6

Portanto pra que fique claro de vez por todas: Quando ele diz "Cabe ao outro provar que Deus inexiste" leia-se "Cabe àquele que está negando as vias metafísicas de Deus (que podem ser por ex. as 5 vias de São Tomás de Aquino, embora eu não possa afirmar quais demonstrações ele [Olavo] tinha em mente no momento) que refute as provas metafísicas".

6 comentários:

Frederico Pissarra disse...

Defina "metafísica"!

Da forma como entendo, "meta" é "depois" ou "além". Metafísica lida então com o imaterial.

A próxima pergunta então é mais sensível ainda: "Como se PROVA algo que está além da percepção"? Isso porque apenas objetos "perceptíveis" ou "físicos" podem ser "percebidos", percebe?!

Alegar que "Está provado que deus existe, por métodos metafísicos" é, em si, contraditório.

Toda essa verborragia de Olavo não provou coisíssima nenhuma...

Se eu dissesse que o "Monstro de Espaguete Voador" é real, metafisicamente falando, e também dissesse que você é que tem que me provar que não é!

Ridículo, não?

Cavaleiro do Templo disse...

Como então pode um cientista na "seara metafísica" com argumentos não-metafísicos para decretar a não-existencia do "para além" do metafísico, por assim dizer?

Abraços, velho

CT

Frederico Pissarra disse...

Cavaleiro, de novo, a sua proposta é a da inequívoca existência daquilo que não pode ser comprovado. Daqui que está "além" da física.

A ciência não tem que provar que algo sobrenatural existe ou não porque esse "sobrenatural" não é... natural!

Portanto, o ônus da PROVA é de quem afirma que o sobrenatural existe...

Se os religiosos PROVAREM que o sobrenatural existe, então a ciência pode estudá-lo, caso contrário, é faz-de-conta.

É óbvio então que o ônus da prova recai sobre quem faz a alegação. SE o sobrenatural fosse "provável", então, ai sim, o ônus da prova caberia a quem contradiz a afirmação... Não é esse o caso.

Cavaleiro do Templo disse...

De certo caímos, então, em uma situação sem saída.

Digo que acredito. Outro diz que não. Não há porque debate, creio. É cada um com seu "time".

Sem problemas para nenhum dos lados, a menos que estúpidos de um lado ou de outro (não é meu caso nem o seu) comecem a se esbofetear literalmente falando - ou ainda pior - por causa do assunto.

Abraço mano velho.

CT

Frederico Pissarra disse...

Ahhh... Tanto eu quanto você concordamos que não há como provar nem para um lado e nem para o outro...

Meu (e de outros ateus) ponto é que, porque uma coisa é dita existente por questão cultural, mas não pode ser comprovada, isso significa que existe uma alta probabilidade dela não existir!

Cavaleiro do Templo disse...

Sim, concordamos. Por isto disse que não há necessidade de debate.

Abração

CT

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".