Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ANANCEFALIA PROGRAMADA

VIVERDENOVO
DOMINGO, 21 DE NOVEMBRO DE 2010

Por Arlindo Montenegro

Quando aprendí que o cérebro humano continha 100 bilhões de células nervosas, que precisavam de alimento específico, já era tarde demais. Havia partes atrofiadas pela ausência dos nutrientes e a demência de algumas áreas era irreversível, debilitando a capacidade de agir como animal predador. Inda vivo graças ao leite materno, porque depois de desmamado a papa de mandioca com leite de vaca foi insuficiente para o desenvolvimento sadio da estrutura.

A coisa ficou assim como um alicerce construído sobre o mingau. Talvez, por isto mesmo tenha patinado, escorregando seguidamente, sem alcançar os melhores desempenhos, que fazem de um animal o líder do seu grupo, sem dó, nem piedade, fraquezas limitantes que carecem de crenças, pudor, respeito, ética, dúvidas. Coisa dos "fracos": a medida de cada ato para as respostas menos dolorosas.

Talvez, quem sabe, pode ser que... se naquela escola, as professoras, nos primeiros meses de aulas, tivessem ensinado o que é e como funciona o cérebro, dos cuidados com a alimentação, comer muita castanha e tomar chá de ginko biloba... se utilizassem muitos jogos associativos, para ensinar matemática e respiração, fundamental para transporte do sangue oxigenado que ativa o cérebro... se ensinassem, logo de cara, a dar ordens e interagir com o cérebro – pode ser, quem sabe, que talvez...

Fico agora assim, pensando que cada geração aprende sua cota de falta de educação nas escolas, onde a qualidade do ensino é eficientemente deficiente e castradora. Taí o tal de buylling que não me deixa mentir. Os mais bem nutridos e até alguns professores em sua altivez, bulindo com a estrutura emocional dos menos agressivos, salientes e enxeridos, fortalece a seara dos medrosos, que acabam como cabos eleitorais.

Atualmente, andam dizendo por aí, que o ambiente da educação e cultura em nosso país é sombrio, horripilante, cavernoso. Com o monte de novas tecnologias, com o que se sabe do funcionamento do cérebro, com as técnicas já desenvolvidas para aprendizagem acelerada, estamos que nem caranguejo: andando pra trás! É a realidade da multiplicação programada da burrice.

Da seara educacional, a estupidez é transmitida para todos os campos, coroando o edifício com a malandragem, que leva uns poucos aos postos de poder e enganação, os postos onde é lícito tudo quanto impeça o avanço educacional, tudo quanto impeça a luz do saber, a inteligência da vida, a compreensão dos fatos, a iniciativa de ser dono do proprio nariz, sem esperar por promessas de vagabundos ilusionistas.

Porisso e portanto, crianças e jovens chegam às escolas para ouvir (com poucas e brilhantes exceções) um bla-bla-bla enfadonho, tomar notas apressadas, ler livros – sem antes ter aprendido interpretação, figuras de linguagem, associação histórica, interdisciplinar, auditiva, visual, emocional – sem dominar, sem conhecer as capacidades do proprio cérebro, sem treinamento para a concentração, relaxamento e exercício dos estados mentais apropriados para a aprendizagem.

É querer muito! E tudo indica que estamos sendo encaminhados para querer pouco. Ou querer nada. Deixar o querer para os governantes, apenas obedecer, cumprir as ordens que chegam de cima. Isto é negar a civilização e a evolução possível, disponível para poucos. A ciência, o conhecimento, o saber utilizado para dificultar, impedir, melar a arrumação dos arquivos mentais, para esconder dos homens as possibilidades infinitas da propria natureza, totalidade universal.

Vai lá esse menino! Faz um esforço e consegue o diploma. O mais difícil é o TCC, mas aí é so juntar uma graninha, que tem muito professor que já montou firmas especializadas em elaborar "Trabalhos de Conclusão de Curso". Até no nível de doutorado. Depois é só enfeitar a história e jogar na Plataforma Lattes, para ter credibilidade. A vida, a prática, a esperteza, a disponibilidade, a boa vontade, o esforço individual, a sociabilidade, o nome de família, vão abrir os caminhos para a verdadeira aprendizagem.

Uma escola destinada à aprendizagem eficiente deveria seguir um currículo vivencial. Somente acessando todos os sentidos se fixa emocionalmente e prazeirosamente o aprendizado. Somente tocando, vendo, cheirando, ouvindo, sentindo o sabor da aula e sua aplicação à vida. E tudo isto já está disponível em centros de estudo mais avançados para a aprendizagem acelerada.

O pressuposto é o conhecimento do cérebro. E professores capacitados para ativar todos os sentidos dos alunos, em cada atividade. São poucos. Raros! Não interessam ao estado, não interessa aos homúnculos (ou mulherúnculas) que comandam o espetáculo jogando abacaxís, bananas, cartões de crédito e celulares para a platéia.

Somente a família bem estruturada, poderia responsabilizar-se pela educação contrária à desmiolagem promovida pelo estado. Será? Antes ou depois da novela? Socorro, meu Deus!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".