Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Censurar é libertar

MÍDIA SEM MÁSCARA

Transformar em lei a ideia de controlar a mídia é o ato derradeiro no processo de ocupação de espaços que teve início no domínio ideológico de universidades e sindicatos.
Quando esquerdistas alardeiam que a criação de um Conselho Estadual de Comunicação Social ligado ao governo para "monitorar" a imprensa não é nada mais do que a expressão de um altruísmo humanista, fruto de uma angelical preocupação com o social, denunciando ainda como corporativismo elitista qualquer reação ao intento, eles apenas exercem seu papel preferido: o de vítima.
Conselho: do controle cultural para o controle legal
O pior é quando até mesmo os críticos da censura embarcam nessa inversão. Não percebem que o projeto não constitui um primeiro passo, mas precisamente a consolidação final de uma estratégia de longa duração. Transformar em lei a ideia de controlar a mídia é o ato derradeiro no processo de ocupação de espaços que teve início no domínio ideológico de universidades e sindicatos. É a tentativa de derrubar a última resistência ao seu desejo de unanimidade: o espírito liberal que advoga o direito ao contraditório.
Quando estudantes de jornalismo e profissionais da área passam a defender que um governo tenha o poder de "avaliar" o conteúdo jornalístico em circulação, acreditando que isso seja sinal de mais liberdade, e que a avaliação feita por leitores e telespectadores deva ser substituída pela ação de burocratas, é sinal de que, cultural e politicamente, a categoria já foi dominada. Usando seu poderio de arregimentação, nesse exato instante, a esquerda aciona professores engajados e alunos profissionais na convocação de jovens para debater a criação do tal conselho em seminários e cursos. Debates feitos por convidados que, invariavelmente, concordam com o projeto e demonizam a iniciativa privada.

Inversão de sentido
O escritor George Orwell, na distopia 1984, chamou de "duplipensar" a técnica totalitária de doutrinação:

"Usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da democracia e que o Partido era o guardião da democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar".
Na obra, o Big Brother, usando desse artifício, dizia: "Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força". No Ceará, nosso progressistas complementam: "Censura é liberdade de expressão".

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".