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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O QUE É SER DE DIREITA?

Por e-mail (sic)

Patrícia Andrade - VEJA
 
O QUE É SER DE DIREITA?

A economista Patrícia Carlos de Andrade é defensora das liberdades individuais. Coisa rara hoje em dia. Mas ela mesma tem sido escrava de uma agenda cada vez mais lotada, como diretora executiva do Instituto Millenium. A entidade acredita que o horizonte revolucionário no Brasil é liberal. Trabalho, portanto, é o que não falta.
 
O GOVERNO LULA É ACUSADO PELA ESQUERDA DE TER SE TORNADO NEOLIBERAL. A CRÍTICA PROCEDE?
 
O governo está muito distante do liberalismo. Apesar de estar mantendo um conjunto de medidas que foi a base do avanço econômico, como a estabilização, todo o resto guarda um abismo em relação ao liberalismo. É um Estado que vem crescendo, que volta e meia tenta atacar liberdades. Eles tentam e depois recuam quando a opinião pública se manifesta contrariamente. Em seguida, tentam de novo. Ainda somos muito travados. Não temos, por exemplo, um Banco Central independente.
 
O BRASIL É UM PAÍS DE DIREITA, CENTRO OU ESQUERDA?
 
Há no país um pensamento hegemônico de esquerda, em todas as camadas. Somos uma sociedade que espera do Estado a solução para todos os seus problemas. A maioria dos cidadãos está programada assim, sejam os mais educados, sejam os mais ricos ou os mais pobres. Ainda não temos uma visão mais centrada no indivíduo, nos mercados e nas liberdades.
 
PRECISAMOS, ENTÃO, DE UM CHOQUE DE LIBERALISMO?
 
Não existem modelos prontos a seguir. Até mesmo nos Estados Unidos o governo faz movimentos pendulares, ora é mais liberal, ora mais intervencionista, com restrição de liberdades individuais. Mas o fato é que não fomos capazes de crescer como uma força política social-democrata. No entanto, todos os remédios que se pretende ministrar são mais do mesmo: mais Estado, mais intervenção, mais sindicalismo, mais coletivismo. O caminho claramente não é esse.
 
QUAL É O CAMINHO?
 
As melhores opções são sempre aquelas que dão aos indivíduos maior liberdade de empreender, buscar seus projetos pessoais, fazer o que é melhor para seus filhos e sua família.
 
QUEM SE DECLARA ABERTAMENTE DE DIREITA SOFRE PRECONCEITO?
 
A palavra direita está tão desgastada que o próprio senador Jorge Bornhausen, numa entrevista a VEJA, afirmou que não é de direita, sendo ele do PFL. Falou de direita como se isso fosse um xingamento. Ser de direita choca as pessoas. Associa-se a direita ao nazismo e ao apoio à ditadura militar.
 
JÁ FOI HOSTILIZADA POR ISSO?
 
Minha filha participou de uma atividade na faculdade em que se discutia um artigo publicado por mim. Falava sobre os meninos de rua. Escrevi, em resposta ao Arnaldo Jabor, que falava da culpa que todos nós temos por aqueles meninos estarem pedindo dinheiro nos sinais de trânsito. Eu disse que não tenho culpa nenhuma. Sempre cumpri meus deveres. Durante a leitura, disseram algo do tipo "quem é essa mulher que pensa que é economista...".
 
A SENHORA SE CONSIDERA UMA PESSOA DE DIREITA. O QUE É SER DE DIREITA HOJE EM DIA?
 
É você não esperar que o Estado venha solucionar a sua vida. É tomar suas decisões pessoais e arcar com a responsabilidade por elas. Muitas pessoas são assim e não se dão conta de que têm uma atitude de direita. Isso por conta de uma imprecisão histórica. O que se chamou de direita no Brasil foram forças retrógradas, coronelistas. Não é a isso que me refiro. É a uma direita que existe nas democracias modernas, que dá mais força ao mercado, à competição e às liberdades individuais.
 
Fonte: Veja  - 24 de janeiro de 2007

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".