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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Reprise de um filme ruim

Do portal do DIÁRIO DO COMÉRCIO
Por Roberto Fendt

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Comentário do Cavaleiro do Templo: no final do artigo tem uma pergunta, a resposta a ela é SIM. Mas de certa forma, mesmo denunciando um fato, este artigo ainda é demasiado brando para meu gosto pois a anos temos e publicamos, nós os BLOGS E SITES DE DIREITA E CONSERVADORES (PORQUE TERIA MEDO DE ME ASSUMIR?), as provas colhidas América Latina afora que demonstraram que iríamos chegar a esta situação. (Quase) ninguém ouviu. Agora que estão vendo as coisas acontecerem, a mídia fala o que o Olavo, o Heitor, a Graça Salgueiro falavam a anos atrás. Estamos sim fadados a repetir a história por estas bandas. E a mídia é parceira SIM destes celerados. ERA e continua SENDO. Leiam agora.

Fingir de morto pode render bons dividendos. Que o diga o coronel Hugo Chávez, o ditador bolivariano da Venezuela. Enquanto fingia de morto, após a derrota no plebiscito, promoveu uma onda de estatização de empresas poucas vezes vista na América Latina. E agora, a nacionalização chega ao cimento. Onde irá parar? Tudo começou com a nacionalização da CANTV , cuja concessão havia expirado em janeiro deste ano. Junto com ela, foram também nacionalizadas em janeiro a Electricidad de Caracas e a CMS Energy . A acumulação de estatais prosseguiu em fevereiro, quando foram nacionalizadas as subsidiárias locais das empresas de petróleo BP, Chefron-Texaco, ConocoPhillips, ENI, Exxon-Mobil, Statoil e Total – uma salada de empresas de várias nacionalidades e tamanhos. Não satisfeito, em março nacionalizou a Lactos de Andes e a Cealdo , a primeira uma empresa de laticínios e a segunda do ramo de frigoríficos e distribuição.

A discussão com a cimenteiras começou em 8 de abril, tendo sido estabelecida uma data limite para se chegar a bom termo nas negociações nesta segunda-feira, 18 de agosto – Chávez afirmava pretender comprar as empresas, não seqüestrá-las. Enquanto as negociações para a compra das produtoras de cimento pertencentes à francesa Lafarge , à suíça Holcim e à mexicana Cemex prosseguiam, em maio o ditador venezuelano nacionalizou a SIDOR , empresa do ramo siderúrgico. Com isso, passou a controlar as atividades econômicas dependentes da produção de aço.

Finalmente em julho, chegou a vez do Banco de Venezuela , pertencente ao banco espanhol Santander . Estavam adiantadas as negociações para a compra por um banco privado local dos ativos do Santander na Venezuela quando o banco espanhol foi surpreendido pelo anúncio, no programa de televisão do presidente, da intenção de Chávez de comprar o Banco de Venezuela . Com a compra do banco espanhol, o Estado se torna o maior banqueiro do país. O novo banco estatal, um "banco socialista", será o administrador da previdência social e de todos os programas assistencialistas do governo. Além disso, tendo se tornado o maior banqueiro do país, Chávez passa a controlar pelo crédito uma parcela significativa do que sobrou do setor privado venezuelano.

A Lafarge e a Holcim concordaram em vender seus ativos venezuelanos a Chávez. O problema somente tomou corpo por que a Cemex , maior produtora de cimento do mundo, não aceitou vender sua subsidiária venezuelana por um preço na bacia das almas. O gauleiter da infeliz Venezuela pouco se comoveu com a recusa mexicana. E, nesta terça-feira, ordenou a ocupação da empresa pela sua guarda pretoriana, a milícia chavista. A milícia, aliás, foi criada dentro de uma chuva de decretos autorizados após sua reeleição. Esses decretos aumentam o controle do Estado sobre a produção e distribuição de alimentos, facilitam a nacionalização de empresas privadas e aumentam o poder de seus sátrapas nas províncias, minando os governadores de estados.

O fato é que, na economia, Chávez repete Hitler. Em março de 1935 o ditador nazista repudiou o Tratado de Versalhes ; as democracias ocidentais decidiram contemporizar. Em março de 1936, remilitarizou a Renânia; do Ocidente, silêncio. O Anschluss da Áustria, em 1938, provocou algum ruído verbal, mas nada além. A escalada prosseguiu com a anexação dos Sudetos; e, incentivado pela inação, tanto do Ocidente como de seu parceiro e cúmplice Stalin, invadiu a Polônia em setembro de 1939. Somente então, Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha, já que tinham com a Polônia um tratado de defesa mútua. O resto da história é conhecida.

A truculência chavista também é em tudo igual à humilhante ocupação das instalações da Petrobras na Bolívia, incentivada por Chávez. Com nossa bandeira hasteada nas empresas, tropas bolivianas ocuparam as refinarias, como se beligerante estrangeiro fossemos. O que ocorreu nas instalações da Cemex na Venezuela terá sido mera coincidência?

Estaríamos assistindo à reprise do mesmo filme ruim?



2 comentários:

Anônimo disse...

Transpondo o "achismo" disfarçado de filosofia de Marilena Chauí, é tudo muito ético, pois a esquerda não tem os mesmos parâmetros morais da direita. A direita babaca, não tendo estudiosos e ativistas, a não ser alguns gatos pingados, vai ter que engolir. Eles fizeram tudo muito bem feito e, como li na entrevista de Olavo de Carvalho, é irreversível.
Seria necessário, humildemente, fundar uma espécie de centro de estudos que popularizasse e modernizasse a linguagem ética, para que se pudessem criar futuras lideranças políticas. Sem uma retaguarda teórica e de um seleto grupo de pessoas com ideais nobres, quem se meteria na política hoje em dia? E deveria começar uma atuação junto ao Legislativo.

Cavaleiro do Templo disse...

Rô, dica: converse com o pessoal do FAROL DA DEMOCRACIA, mande e-mails, peça sugestões.

www.faroldademocracia.org.

Abraços
Cavaleiro do Templo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".