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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

McCain abre vantagem de 5 pontos sobre Obama, diz pesquisa

Do portal do ESTADÃO
quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Sondagem aponta que republicano tem 46% das intenções de voto contra 41% do candidato democrata

WASHINGTON - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, tem uma vantagem de cinco pontos sobre o democrata Barack Obama na disputa pela Casa Branca, segundo pesquisa Reuters/Zogby divulgada nesta quarta-feira, 20. McCain ainda é visto como um administrador mais forte para a economia, de acordo com os eleitores consultados.

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McCain tem 46% das intenções de voto entre o eleitorado americano, contra 41% de Obama. O número anula a vantagem de sete pontos que o democrata registrou na última sondagem do instituito, em julho. O revés é registrado após um mês de ataques de McCain, cujo discurso questiona a experiência de Obama, critica sua oposição à extração de petróleo em alto mar e desqualificou o recente giro do democrata pelo exterior.

A pesquisa foi realizada entre quinta-feira e sábado, enquanto Obama encerrava uma semana de férias no Havaí e a atenção política se voltou para McCain, que aproveitou a invasão Rússia na Geórgia para enfatizar suas opiniões sobre política internacionais. "Não há dúvidas de que a campanha para desacreditar Obama está dando resultados a McCain", disse o consultor John Zogby. "Esta é uma queda significativa para Obama", apontou.

McCain ainda tem uma vantagem de 9% sobre Obama na questão sobre quem seria o melhor administrador da economia, um tema que cerca da metade dos eleitores apontou como sua principal preocupação na eleição presidencial de 4 de novembro. O resultado reverteu a vantagem de 4% que Obama tinha neste quesito sobre o rival, senador pelo Estado do Arizona que já admitiu sua falta de experiência econômica e mostra maior interesse na política externa e militar.

O republicano partiu para o ataque contra o democrata no último mês, valendo-se da preocupação dos americanos com a alta dos combustíveis. Pesquisas mostram que a maioria dos eleitores concorda com os planos dele de ampliar a extração de petróleo em plataformas marítimas neste momento em que a gasolina chega, nos EUA, a US$ 4 o galão (3,78 litros). Obama criticou a alternativa, mas disse recentemente que concordaria com uma expansão limitada como parte de um amplo programa energético.

Essa representa uma das várias mudanças de postura realizadas nos últimos tempos pelo democrata. Mas Zogby disse que essa estratégia pode ter prejudicado Obama, particularmente entre os democratas e entre os que se consideram liberais. "Essa pequena diferença entre nuance e o que soa como virar a casaca está prejudicando o candidato junto ao eleitorado liberal", afirmou Zogby.

O apoio a Obama entre os democratas caiu 9 pontos percentuais neste mês, para 74%, ao passo que o apoio a McCain entre os republicanos ficou em 81%. Entre os liberais, o apoio ao democrata caiu 12 pontos percentuais, enquanto os liberais ainda indecisos somam 10%. Os conservadores indecisos são 9%.

A enquete feita por telefone com 1.089 pessoas aptas a votar possui uma margem de erro de 3 pontos percentuais. A pesquisa ocorreu no momento em que os dois candidatos preparam-se para as convenções de seus partidos nas quais oficializarão suas candidaturas e anunciarão seus vice-presidentes. A convenção democrata começa na segunda-feira, em Denver, e a republicana inicia-se na outra segunda-feira, 1 de setembro, em St. Paul (Minnesota).

Trabalho de base

"Supunha-se que os conservadores seriam o maior problema de McCain", disse Zogby. "Obama ainda precisa trabalhar com a sua base. Neste momento, McCain parece estar realizando um trabalho melhor com a base dele."

A queda no apoio a Obama, que pode se transformar no primeiro presidente negro (C.T. - NEGRO NÃO, MESTIÇO!) dos EUA, aconteceu em vários grupos demográficos e ideológicos. A popularidade dele diminuiu entre os católicos, mulheres, independentes e jovens. Ele continua a ter o apoio de mais de 90% dos negros. "Não houve nenhuma reviravolta drástica. Não há nenhum grupo radicalmente diferente hoje do que há um ou dois meses. Trata-se apenas de uma constante queda sofrida por Obama em vários grupos", afirmou Zogby.

O apoio a Obama entre os eleitores com 18 a 29 anos de idade, um de seus pontos fortes, caiu 12 pontos percentuais, para 52 por cento. McCain, que completará 72 anos na próxima semana, recebeu 40% dos votos dos eleitores jovens. "Esses não são os números de que Obama precisa para ganhar", disse Zogby a respeito dos norte-americanos com menos de 30 anos de idade.

O democrata, 47 anos, continua saindo-se bem entre os jovens, um bloco fundamental para sua vitória contra a senadora Hillary Clinton durante as prévias do Partido Democrata. Os esforços do candidato independente Ralph Nader e do candidato do Partido Libertário, Bob Barr, para colocar seus nomes nas cédulas a serem usadas em cada Estado parecem fazer pouca diferença.

Em outra pesquisa, Obama lidera

Pesquisa do instituto Gallup divulgada nesta quarta-feira indica que o senador Barack Obama, do Partido Democrata, tem 45% das intenções de voto para a eleição presidencial norte-americana de novembro, enquanto o também senador John McCain, do Partido Republicano, tem 43%. A pesquisa foi feita entre os dias 17 e 19 de agosto, com 2.658 entrevistados; a margem de erro é de 2 pontos porcentuais. A pesquisa Gallup anterior, feita entre os dias 16 e 18 e divulgada ontem, dava 45% das preferências a Obama e 44% a McCain.

Segundo a Gallup, entre os norte-americanos que freqüentam igrejas pelo menos uma vez por semana, McCain lidera com 53% das preferências a 37%; entre os norte-americanos que já serviram nas forças armadas, McCain tem 54% das preferências e Obama, 34%.

Outra pesquisa do mesmo instituto, feita entre os dias 11 e 17 de agosto, indica que McCain lidera com 51% a 37% entre os brancos não-hispânicos, enquanto Obama lidera com 88% a 5% entre os negros não-hispânicos; entre os hispânicos, Obama lidera com 66% a 25%.





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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".