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terça-feira, 29 de julho de 2008

CONSELHO SEM FUNÇÃO

Do blog MOVCC


Editorial - Opinião Folha de São Paulo

Tem razão de ser o questionamento do ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, sobre o papel que terá o recém-criado Conselho Sul-Americano de Defesa. "Para que é isso, ainda não sei", disse ele em visita aos EUA.

Cenário adequado, já que a única intenção que se deixa vislumbrar para a criação do novo organismo, proposta pelo Brasil, é excluir Washington da tomada de decisões de defesa no subcontinente. Sendo os EUA uma superpotência com interesses reais na região, tal objetivo soa irreal.

A idéia de criar o conselho surgiu em momento inoportuno. Não dá para falar em políticas de defesa continentais quando sérias rivalidades vividas pelos países sul-americanos são internas - desde as mais ruidosas, como a entre Colômbia e Equador, a outras menos notáveis, como a disputa Peru-Bolívia. O próprio Brasil, autor da idéia, parece não saber muito bem para que servirá o novo conselho. "As atribuições específicas do conselho estão em discussão (...). A proposta brasileira é de que este se constitua em foro de discussões, não se pretendendo que suas decisões vinculem as partes", escreveu o ministro Nelson Jobim em recente artigo na revista "Interesse Nacional" (C.T. - é tão absurdo que seja a ser ridículo esta idéia de criar uma entidade com "atribuições específicas ainda em discussão". Seria bom Washington entender de vez que o LULA não é nem um pouco interessante para os EEUU e parar de confiar nele como "parceiro", mesmo que para um joguinho de bilhar...).

Órgãos de discussão já os há aos montes.

Outras das possíveis atribuições do conselho - como a integração dos sistemas produtivos das indústrias de defesa sul-americanas, podem ser efetuadas muito bem sem ele.

A resistência da Colômbia parecia ter enterrado a idéia do conselho, mas o país voltou atrás e decidiu participar. As condições impostas para tal - a tomada de todas as decisões por consenso e a rejeição total a grupos violentos (leia-se Farc) - podem provocar a defecção de outros países. Além disso, a permissão para que os integrantes mantenham acordos bilaterais de cooperação militar com outros países anula qualquer possibilidade de tirar os EUA de cena - e torna ainda mais sem sentido a criação do organismo. Um bom conselho seria deixá-lo de lado.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".