Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Confissões do quiliasta Tarso Herr Genro

Do BLOG DA SUZY
Por Carlos Reis em 27/07/2008


O que esperar mais de Tarso Herr Genro? Ele acaba de confessar-se. Nós não lemos mentes, mas as percebemos e as identificamos quando elas estão abertas. Sentimos seu cheiro ruim lá da rua. Mas agora, depois dessas revelações psicanalísticas nem disso precisamos mais.

O episódio dos grampos me lembra o O’Brien de 1984 de George Orwell. Tarso Herr Genro é o O’Brien. Mais sedutor, mais sutil, mas é O’Brien. E infinitamente mais perigoso porque é de carne e osso. Centenas de milhares escutas telefônicas não são exatamente a característica de uma democracia. Estão mais para 1984. Tarso Herr Genro, o torturador ideológico de luvas de pelica, sabe disso.

A frase do O’Brien petista que as "algemas devem servir apenas para proteger o réu" merece uma leitura psicanalítica. O falecido psiquiatra Dr. Ronaldo Moreira Brum, amigo e parceiro de José Giusti Tavares, organizador do livro TOTALITARISMO TARDIO, O CASO DO PT, Editora Mercado Aberto, 2000, Porto Alegre, já ensinava e iluminava para nós os porões da mente totalitária. Dizia o prof. que o totalitarismo radica na alma humana, mas que o caráter anal e a personalidade paranóide têm um papel fundamental. Por outro lado, tais indivíduos controladores e dominadores, de fala mansa e baixa, contam com a angústia das massas.

A massa, psicologicamente desprotegida, necessita, como é assinalado por vários estudiosos desse tema, identificar-se com lideranças que ofereçam caminhos que, pelo menos, pareçam seguros.


Tavares nos lembra que Tarso Herr Genro afirmou em livro seu de 1988 “que seu partido (PT) deveria apropriar-se da teoria de Rosa, Lenin, Gramsci, Lukács e Bloch”. O que mais falta para o O’Brien de Santa Maria exercer sobre nós sua tirania, a violência, o voluntarismo, e a ditadura? Nada mais, desde que o povo brasileiro sucumbiu à certeza revolucionária e totalitária. Nessa frase-síntese ele confessou seu desejo de morte, de ódio, de inveja, de ressentimento, e um insopitável desejo pelo controle total, de um panopticon que perscruta até a alma do infeliz indivíduo por ele espionado. Essa é a mente revolucionária e totalitária por excelência, vingativa por excelência, que maneja o presente e o passado com a certeza e a convicção, para uso interno, de que o futuro e as promessas dos paraísos futuros, na verdade, não interessam – “os denominados fins últimos do socialismo não são nada; o movimento é tudo”, como dizia Berstein já em 1899 (TAVARES, 2000). Olavo de Carvalho diz parecido, que o comunismo é o presente (uma cultura), enquanto não chega o socialismo radiante do futuro.

Líderes de voz suave, sussurrada, assoviada, rouquenha, têm a propriedade de inocular certezas na sociedade em doses homeopáticas e anestésicas. Eles conseguem eliminar a incerteza, reduzir ou suprimir a ansiedade, como diz Tavares, e sabem prometer um mundo melhor como ninguém. São mestres nisso, mas não conseguem esconder sua capacidade de gerar energia revolucionária, o ativismo político a que chamam transformação da práxis, mudança, que sabemos produz o atrito dos corpos. Por isso sentimos o cheiro do cérebro doentio maquinando, e o cheiro de queimado das suas vítimas. Quatrocentos mil grampos telefônicos e cinqüenta e cinco mil assassinatos por ano, estes são os números da Justiça de Tarso Herr Genro. Agora ele confessou – nos preparemos para o pior.

Difícil não ver em Antonio Palocci, Tarso Herr Genro, Greenhalgh, em Lula essas vozes de diabólica suavidade. Stalin falava baixo. Tarso Herr Genro ainda tem mais uma qualidade negativa: como Márcio Thomas Bastos é capaz da formulação esquizofrênica em estilo acadêmico e verboso; inverte o real e o expõe como verdade, e consegue arrancar aplausos de suas vítimas, embora deixe entrever um interior nojento e doentio. O’Brien andava sozinho. Yágoda e Beria tinham este perfil solitário e assustador. Viraram impessoas.

Algemas para proteger o réu se explica por essa leitura. A sociedade que se f*da: um réu ou criminoso tem que ser protegido dela neste Estado invertido! Afirmar a prisão coletiva da sociedade nos grampos estatais, em tom ameaçador e sádico, é típico do torturador racional e frio do estado policial. Tarso Herr Genro é uma psicopatologia ambulante. Foi por isso que sempre vi nele o fim do PT, a sua autodestruição, o próprio auto-aniquilamento do partido-estado. Como equivalente a um reasoning de estado, ou real politik, parece ser isso que os americanos vêem no Brasil e na Venezuela de Chàvez: lideranças psicopáticas desse tipo não duram muito.

Confio e espero que Carlos Reis tenha razão ao dizer que "lideranças psicopáticas desse tipo não duram muito."

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".