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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Celebridades francesas comprovam que socialismo bom é aquele que atinge o dinheiro dos outros

 

MÍDIA A MAIS

31 | 07 | 2012

Zidane: socialismo ok!

 

Por: Redação Midia@Mais

Artistas e esportistas franceses em campanha expressa: a palavra de ordem é fugir do domicílio fiscal da pátria da igualdade e da fraternidade. Ninguém quer ser o “rico da vez” a repartir tudo que ganha com o mastodôntico Estado francês.

Jogando para a plateia e confiando no sentimento anticapitalista que ainda permeia boa parte da sociedade francesa, o socialista recém-eleito presidente François Hollande dá continuidade em seu esforço de atrapalhar a vida de quem, por méritos ou contingências, ganha mais dinheiro do que o senso comum imagina ser justo (ou algo do gênero).

"São medidas simbólicas, mais para reverter a imagem de 'presidente dos ricos' que tinha Sarkozy, do que de fato para elevar a arrecadação", analisa o diretor-adjunto do departamento de Análises e Previsões do Observatório Francês, Eric Heyer. "Um punhado pequeno da população é atingida, o que faz o governo retomar a imagem de promover a justiça social, atenuando as tensões decorrentes da crise econômica."

É o que informa a notícia publicada pelo portal Terra (http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201207281200_EST_81447644). Entre tais medidas estão o aumento de pelo menos 14% na taxa progressiva sobre o patrimônio e até 75% de retenção no caso do Imposto de Renda para quem ganha acima de 1 milhão de euros por ano. As novidades apavoram empregados aquinhoados e também empregadores, como no caso do clube de futebol Paris Saint-Germain: “para garantir o contracheque anual de 14 milhões de euros (R$ 34,58 milhões) líquidos para o jogador Zlatan Ibrahimovic, o Paris Saint-Germainpoderá ser obrigado a desembolsar outros 89 milhões de euros (R$ 219,9 milhões) a mais, apenas para se acertar com a receita francesa.”

Celebridades francesas estão acostumadas a fugir do fisco natal com a mesma determinação com que milhões de estrangeiros aportam anualmente na terra da fraternidade em busca dos melhores vinhos e queijos do mundo e algumas das mais belas paisagens da Europa. Charlez Aznavour, Alain Delon, Emanuelle Beart, Jo-Wilfried Tsonga, Richard Gasquet, Franck Ribéry e Karim Benzema são algumas entre elas que já fugiram dos impostos franceses. Mas o caso mais curioso é sem dúvida o do genial futebolista Zinedine Zidane – apoiador dos socialistas durante a campanha eleitoral, Zizou agora foge das perguntas quando o assunto é se ele vai deixar suas economias na França ou continuar aproveitando condições menos desvantajosas na Espanha.

Nós brasileiros não podemos nos gabar diante da obsessão francesa por Estado atuante, carreiras no funcionalismo público e certa “aversão” ao dinheiro (o dos outros, claro). A França tem 23% de seus funcionários registrados trabalhando para o governo, contra 22% por aqui (um empate técnico: http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/veja.pdf). Lá, como cá, cada vez mais as novas gerações acreditam que praticamente tudo (de camisinhas a livros, passando por remédios, filmes, educação em todos os níveis, transporte, etc.) pode e deve ser bancado de alguma maneira pelo Estado.

Por trás de todo esse discurso de “mais impostos para os ricos e para as empresas”, há muito ressentimento esquerdista e revanchismo juvenil. Cada euro (ou real) gasto pelos “ricos” em luxo ou privilégio próprio ajuda a alimentar uma cadeia que se perde de vista entre produtores, fornecedores, vendedores... (e seus respectivos familiares). Alguns teóricos liberais já demonstraram, também, que impostos menores para a elite e para empresas revertem-se mais facilmente em inovação e competitividade do que cortes tributários em outras camadas. A grana dos impostos, contudo, retirada à força da sociedade – sabemos bem disso – escorre pelo ralo do desperdício, do empreguismo e da corrupção. “Vive La France!”, de todo modo (mas o último que for embora que apague a luz). E salve-se quem puder.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".