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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Começa a aparecer uma herança maldita… de Lula

 

RICARDO SETTI

07/07/2012 às 16:03 \ Política & Cia

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Lula inventou uma "herança maldita" que teria recebido de FHC. Agora, começa a aparecer uma herança maldita novinha em folha -- a dele (Foto: Dedoc / Editora Abril)

Reproduzo nota publicada no blog Política & Economia na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros.

A nova herança maldita – capítulo I

Semanas atrás informávamos que nos bastidores oficiais de Brasília já se começava a rosnar sobre certa “herança maldita” – uma “nova”, é claro, distinta daquela que Lula atribuía ao ex-presidente FHC sempre que alguma dificuldade aparecia a sua frente em seus oito anos de Palácio do Planalto.

Agora, já não muito discretamente, esta nova herança começa a ser explicitada. O primeiro foco foi a Petrobras, com a revisão de seus planos de investimentos para os próximos cinco anos. Cortando daqui e dali, a presidente da empresa, Graça Foster, disse, sem citar seu antecessor, José Sergio Gabrielli, que as metas anteriores eram irrealistas, que projetos eram aprovados a esmo, sem estarem prontos e daí por diante.

Graça e sua comandante no Palácio do Planalto estão jogando para o alto facas para que estão caindo em suas próprias cabeças : Lula era o presidente dessa fase de irrealismo, mas Dilma foi ministra das Minas e Energia e, portanto, chefe da Petrobras durante uma parte desse período. Durante todo o mandato de Lula, foi presidente do Conselho de Administração da empresa, só sendo substituída por Guido Mantega quando saiu para se candidatar à Presidência da República. [Sem contar sua responsabilidade como principal ministra do governo, ao comanda a Casa Civil de 2005 a 2010.]

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Por que só Gabrielli paga toda a responsabilidade? (Foto: Petrobras)

Por que só Gabrielli paga toda a responsabilidade por uma gestão de claro viés político na maior estatal brasileira ?

E por falar em política

A revisão feita nos investimentos da Petrobras gerou sérios ruídos políticos com aliados preferenciais e complicados de Dilma: a suspensão da construção das refinarias do Ceará e do Maranhão, dois compromissos político-eleitorais de Lula, acendeu a irritação dos suscetíveis e agressivos irmãos Gomes – Ciro e Cid [do PSB]- e o discreto (nas reações), porém não menos agressivo quando se trata de defender seus feudos, senador José Sarney (PMDB-AP).

Sobrou para Lobão aplacar a irritação dos irmãos Cid e Ciro Gomes

Aplacar a irritação dos irmãos Cid e Ciro Gomes sobrou para o ministro Edison Lobão

Sobrou para o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, tourear as feras.

Logo ele, Lobão, que de sua pasta é sempre um dos últimos a saber das coisas.

A nova herança maldita – capítulo II

Há muitas outras línguas coçando em Brasília, além das da Petrobras vindas diretamente do Ro de Janeiro. Das mais inquietas é a área educacional. Mas que está forçada a sofrer calada para não prejudicar o candidato-delfim à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.

Mesmo assim, possivelmente como reflexo da greve dos professores universitários, que além de reivindicarem um plano de carreira, propugnam também por melhores condições de trabalho, a presidente Dilma baixou um decreto, pouco comentado esta semana, tornando mais rígidas as regras para aberturas de novas universidades públicas federais : “A implantação de novas unidades de ensino e o provimento dos respectivos cargos e funções gratificadas dependerá da existência de instalações adequadas e de recursos financeiros necessários ao seu funcionamento”.

Alunos colocam faixas durante ocupação na Unifesp de Guarulhos; situação é precária (Foto: Joel Silva/Folhapress)

Decreto: universidade federal nova não pode estar em pandarecos, como esta, na Grande São Paulo (Foto: Joel Silva/Folhapress)

Um dos orgulhos da dupla Dilma-Haddad é exatamente a criação de uma série de novas escolas federais. Em tempo : essas histórias sobre a nova herança maldita terão ainda muitos capítulos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".