LUCIANO AYAN
Fonte: Paulopes
O MPF (Ministério Público Federal), por intermédio de sua Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, encaminhou à Justiça um pedido para que o pastor Silas Malafaia (vídeo), em seu programa Vitória em Cristo, na Band, se retrate de afirmações homofóbicas. A ação vale também para a emissora.
No dia 2 de julho de 2011, o pastor, aos berros, sugeriu à Igreja Católica para “baixar o porrete” e “entrar de pau” contra integrantes da Parada Gays por eles terem ridicularizados símbolos religiosos.
A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pediu ao MPF a abertura de um inquérito civil público por entender que Silas fez um incitamento à violência contra os homossexuais.
No inquérito, o pastor argumentou em sua defesa que tinha feito uma “crítica severa a determinadas atitudes de determinadas pessoas desse segmento social, acrescida também de reflexão e crítica sobre a ausência de posicionamento adequado por parte das pessoas atingidas”.
Para ele, as expressões “baixar o porrete” e “entrar de pau” significam “formular críticas, tomar providências legais”.
Na avaliação do promotor Jefferson Aparecido Dias, contudo, as expressões apresentam um “claro conteúdo homofóbico” que incitavam a violência contra os homossexuais”. “Essas palavras configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”, disse.
Durante o inquérito, Malafaia pediu aos fiéis que mandassem e-mails à Procuradoria em sua defesa. Dias afirmou que as centenas de e-mails que recebeu demonstra o poder de mobilização que o pastor tem em relação aos seus fiéis.
Disse: “Da mesma forma que seus seguidores atenderam prontamente o seu apelo para o envio de tais e-mails, o que poderá acontecer se eles decidirem, literalmente, ‘entrar de pau’ ou ‘baixar o porrete’ em homossexuais?”
Meus comentários
Eu já denunciei aqui várias vezes que os gayzistas são extremamente desonestos em seu patrulhamento ideológico. Agora ultrapassaram novamente o limite da torpeza.
Prestem atenção no vídeo, nos instantes abaixo, em especial:
- 8:19 – “é para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras”
- 8:23 – “baixar o porrete em cima”
- 8:29 – “protestar, para poder anunciar e botar para quebrar”
- 8:31 – “pagar notícias em jornais…’
- 8:34 – “não querem dar [espaço], paguem aí vocês, da Igreja Católica”
Qualquer um que não é desonesto intelectualmente sabe que as cinco expressões de Malafaia, ditas no espaço de 20 segundos, configuram a idéia de que os católicos deveriam ser, na visão do pastor, extremamente enérgicos e rebaterem os ataques e ofensas dos gayzistas em um âmbito intelectual, na mídia. Aliás, expressões como “anunciar” e “pagar notícias em jornais” demonstram isso sem sombra de dúvidas. Malafaia também afirmou que essas expressões significam “formular críticas, tomar providências legais”.
É exatamente como afirmarmos em debates que vamos “demolir” o oponente. Qualquer um que não é burro e/ou mal intencionado sabe que não estamos falando em agredir fisicamente o outro.
Entretanto, o promotor Jefferson Aparecido Dias disse que as expressões apresentam um “claro ‘conteúdo homofóbico’ que incitavam a violência contra os homossexuais”. Mais ainda, ele afirmou: “Essas palavras configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”.
Infelizmente, para os gayzistas, este é um blog de investigação de argumentos, e não posso deixar de identificar uma estratégia, a simulação de falso entendimento (da qual falarei em post futuro). Fingir que Malafaia incitou à violência foi uma ação para gerar capital político, ao invés de saber exatamente o que o pastor quis dizer.
Em mais um recurso vil, Dias afirmou o seguinte: “Da mesma forma que seus seguidores atenderam prontamente o seu apelo para o envio de tais e-mails, o que poderá acontecer se eles decidirem, literalmente, ‘entrar de pau’ ou ‘baixar o porrete’ em homossexuais?”.
Mas esperem aí. Vários seguidores de Malafaia atenderam ao pedido do pastor para enviarem e-mails à procuradoria, mas nenhum deles foi “agredir fisicamente” os gays, ao menos até onde sabemos. Vamos com calma, muita calma nessa hora: se a afirmação de Malafaia foi para “agressão”, por que ninguém foi agredir? Detalhes…
Notem ainda que Dias fala de uma suposta consequência se “eles decidirem, literalmente, ‘entrar de pau’ ou ‘baixar o porrete’”, em uma inovação em termos de baixaria argumentativa: aqui ele mistura a falácia do apelo à consequência com a simulação de falso entendimento.
Suponha que eu escreva “Vamos demolir essas figuras, ao esmagar seus argumentos um a um, mostrando o que eles são”, e alguém entenda que o “demolir” significa jogar paralelepípedos em cima da cabeça do outro, e depois fazer isso de fato. O problema é de quem entendeu errado, não do emissor da mensagem.
Portanto, Dias não tem um “caso” contra Malafaia, a não ser uma desonestidade intelectual extrema e repugnante.
Mas quem teria um “caso”, se quisesse, seria o pastor, pois ao afirmar que as declarações de Malafaia são “homofóbicas”, Dias está usando de denunciação caluniosa.
Malafaia devia “cair de pau” e “esmagar” essa figura enfiando na goela do promotor vários processos por calúnia, difamação e, é claro, denunciação caluniosa.
Ei, ei… esperem. Será que os gayzistas não poderiam pegar minhas expressões “cair de pau” e “esmagar”, simular falso entendimento para fingir que eu quis dizer para “agredir fisicamente” ao invés de minha mensagem real (que falava em processar energicamente, e não deixar nada barato)?
Pois é exatamente isso que os gayzistas, amparados pelo promotor Dias, tentaram fazer contra Malafaia. A falta de honra desse pessoal realmente ultrapassa todos os limites.
É justamente por isso que Malafaia não devia deixar isso barato. E caso ele resolva deixar essa petulância sem revide (o que é absurdo, em termos políticos), ao menos que possamos conscientizar cada vez mais os conservadores e/ou religiosos de como funcionam os truques de manipulação utilizados pelos gayzistas e seus aliados.
Escrito por lucianohenrique
17 17America/Sao_Paulo fevereiro 17America/Sao_Paulo 2012 em 12:00 pm
Um comentário:
Engraçado que Nenhuma Instituição Jurídica entrou com ação CONTRA o "painho" LULA quando ao berros vociferou em comício público que se deveria "extirpar o DEM da Política". Para as instituições Jurídicas aparelhadas pelo PT, isso não caso para processo ao "painho" LULA porque não convém... é atacar os cumpanheiros!
Postar um comentário