DOM LUIZ BERGONZINI
SÁBADO, 11 DE FEVEREIRO DE 2012
O jornalista, Leonardo Sakamoto, escreveu o artigo A "defesa do direito ao aborto" e a "defesa do aborto", no qual diz que aborto não é um tema religioso e que não não deve passar pelo crivo dos "iluminados guardiões dos celeiros de almas", referindo-se a nós sacerdotes.
Consta que o escritor é professor da PUC-SP. O nome da PUC é Pontifícia Universidade Católica. Pontifício significa próprio ou que provém do Papa. Bento XVI vem, diuturnamente, travando uma gigantesca batalha em defesa da vida e condenando a CULTURA DA MORTE.
Impensável, para nós que dedicamos a vida a Jesus Cristo, ao Evangelho e à Igreja Católica, a existência de um professor que defende e propaga ideias totalmente contrárias às de Bento XVI e ao cristianismo, dentro de uma instituição de ensino católica. "Não Matarás" é um mandamento a ser seguido por todos os cristãos e por todas as entidades católicas, entre elas a PUC, onde agora estudam seminaristas, futuros sacerdotes.
Antes de comentarmos o texto, vamos mostrar o método utilizado pelos abortistas, criado pelo médico Bernard N. Nathanson, o "Rei do Aborto", para fazer as pessoas de bem concordarem com o aborto:
"As táticas que vou explicar são seguras e além disso são as mesmas que se estabeleceram em outros países e também as que se utilizam na Espanha e nas demais nações.Depois de tanta desgraça causada ao mundo e às pessoas, o "Rei do Aborto" tornou-se católico.
Serviram-nos de base duas grandes mentiras: a falsificação de estatísticas e pesquisas que dizíamos haver feito e a escolha de uma vítima que afirmasse que o mal do aborto não se aprovaria na América do Norte.
Essa vítima foi a Igreja Católica, ou melhor dizendo, sua hierarquia de bispos e cardeais. ("Rei do Aborto")
Esclarecidos os métodos dos abortistas, agora, vamos aos comentários sobre o texto do professor, que defende o aborto. Comentaremos o texto do professor, em partes, para melhor entendimento.
Professor da PUC. "Defesa ao direito do aborto é diferente de defesa do aborto".
Nosso comentário. Fazer jogo de palavras não muda o objetivo dos abortistas. Defesa do direito ao aborto, defesa do aborto, interrupção da gravidez ou descriminalização do aborto tem o mesmo resultado: o assassinato de um ser humano inocente e indefeso em gestação.
Professor da PUC. "A interrupção de uma gravidez é um ato traumático para o corpo e a cabeça da mulher, tomada após uma reflexão sobre uma gravidez indesejada ou de risco."
Nosso comentário. As sequelas físicas e psicológicas mencionadas, por si só, pelos efeitos nocivos que causam na vida da mulher, já deveriam ser motivos para impedir qualquer aborto. Mas não é só! O professor fala em gravidez "indesejada" para qualificar todas as gravidezes.
A gravidez indesejada somente acontece nos casos de estupro, quando a mulher é forçada, de alguma forma, e sofre uma ação criminosa contra ela.
As demais gravidezes, nas quais a mulher consente e participa do ato sexual, por livre e espontânea vontade, só pode ser considerada uma gravidez inesperada. O aborto não é permitido na gravides inesperada, resultante do ato sexual praticado consensualmente entre homem e mulher.
Nós e a Igreja, atentos aos direitos naturais irrevogáveis e imutáveis, não concordamos com nenhum tipo de aborto, porque há um ser humano inocente e indefeso que tem direito à vida.
Professor da PUC. "Defender o direito ao aborto não é defender que toda gestação deva ser interrompida (nem sei porque estou gastando pixels explicando algo que deveria ser óbvio, mas vá lá).
Nosso comentário. O obvio é o contrário, senhor professor da PUC: defender a liberação total do aborto é autorizar a eliminação de todo e qualquer ser humano em gestação. Não significa que todas as mulheres tomarão a decisão de eliminar seus bebês, mas fica aberta a possibilidade de tomarem essa decisão. Com o aborto liberado, se, por exemplo, as feministas resolverem eliminar todos os bebês do sexo masculino, elas poderão executar esse plano, como aconteceu com os 117 milhões de bebês do sexo feminino abortados na Índia.
Professor da PUC. "A discussão não é quando começa a vida, sobre isso dificilmente chegaremos ao um consenso, mas as mulheres que estão morrendo nesse processo.
Nosso comentário. É verdade que não há discussão sobre quando começa a vida. Ela começa no ato da fecundação do óvulo. No primeiro instante, o ser humano já está com todas as características biológicas que o acompanharão durante toda a vida, apenas mudando as fases: de embrião para feto, para bebê, para criança, para jovem, para adulto, para idoso, até a morte na velhice.
Quanto às mulheres que estão morrendo nesse processo, o professor precisa verificar melhor suas informações e apontar as verdadeiras causas das mortes maternas. A causa principal das mortes das mulheres pobres, de todas as cores, é a falta de um sistema de saúde e de assistência médica especializada e adequada para atender as mulheres grávidas.
Os abortistas usam os números dos abortos espontâneos e suas consequências para propagar a liberação do aborto. Em entrevista ao Dr. Dráusio Varella, o Dr. Mário Burlacchini, especialista em Medicina Fetal, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da USP, explicou que até 40% das gravidezes não chegam ao final, ocorrendo abortos espontâneos nesses casos.
Em Belo Horizonte, uma capital de estado brasileiro, de 22 mulheres que morreram em partos em 2010, 95,5% ou 21 poderiam ter sido salvas se existisse um atendimento médico adequado. Em Brasília, capital do país, uma grávida ficou com o bebê morto no útero durante oito dias e outra recebeu o feto num vidro.
Por absurdo que se possa imaginar, as mulheres grávidas morrem até por falta de verificação de pressão arterial. Os abortistas devem combater as causas das mortes das mulheres e não matar os bebês para encobrir a falta de assistência médica e a ineficiência dos governantes.
Professor da PUC. Negar o “direito ao aborto” não vai o diminuir o número de intervenções irregulares, eles vão acontecer legal ou ilegalmente. Abortos mal feitos causam 9% das mortes de mulheres grávidas, 25% dos casos de esterilidade e são a quinta causa de internação hospitalar de mulheres, e acordo com dados da própria Secretaria de Políticas para as Mulheres".
Nosso comentário. Negar o direito ao aborto implica em salvar seress humanos inocentes e indefesos. Concordar e apoiar o assassinato de crianças inocentes e indefesas é ser tão cruel e assassino quanto Hitler e Stalin, que assassinaram milhões de pessoas indefesas.
Como dissemos acima, o médico "Rei do Aborto" explicou o método mentiroso utilizado pelos abortistas para amedrontar as pessoas e fazê-las concordar com o aborto.
Professor da PUC. "É uma vergonha ainda considerarmos que a mulher não deve ter poder de decisão sobre a sua vida, que a sua autodeterminação e seu livre-arbítrio devem passar primeiro pelo crivo do poder público e ou de iluminados guardiões dos celeiros de almas, que decidirão quais os limites dessa liberdade dentro de parâmetros."
Nosso comentário. O professor da PUC, à falta de argumentos, como sempre acontece com os defensores do aborto, parte para o ataque à Igreja Católica. O "Rei do Aborto" já relatou que faz parte do método dos abortistas atacar a Igreja Católica e sua hierarquia.
Não somos "iluminados guardiões dos celeiros das almas". Somos guardiões da vida! A vida não é uma questão religiosa, mas uma questão de humanidade. Nós, que já nascemos, devemos respeitar os direitos dos outros que estão ou estarão em gestação. O ser humano que se forma no útero da mulher não é parte do corpo dela, como um braço, um fígado, uma perna. O bebê é um ser humano inocente e indefeso. É uma vergonha, uma covardia, defender o assassinato de um bebê.
Professor da PUC. "É extremamente salutar que todos os credos tenham liberdade de expressão e possam defender este ou aquele ponto de vista. Mas o Estado brasileiro, laico, não pode se basear em argumentos religiosos para tomar decisões de saúde pública ou que não garantam direitos individuais."
Nosso comentário. O professor mistura tudo. Um estado laico é um estado sem religião ou, ao contrário, um estado religioso é regido por uma religião, como os estados islâmicos do oriente. O estado brasileiro é laico, mas os governantes não tem permissão para legislar contra o direito natural. Além disso, o povo tem religião: mais de 90% do povo brasileiro é cristão. Há que ser, sim, respeitada a crença do povo. O estado, na verdade os governantes de turno, não podem fazer o que bem entendem. Os governantes e legisladores não podem aprovar o assassinato de pessoas, que é contra a lei natural. E a Igreja tem o dever de fazer política.
Professor da PUC. "A justificativa de que o embrião tem os mesmos direitos de uma cidadã nascida é, no mínimo, patético. Dá vontade de fazer cafuné em quem defende isso e explicar, pausadamente, que não se pode defender que minhas crenças, físicas ou metafísicas, se sobreponham à dignidade dos outros."
Nosso comentário. O professor poderia ler o artigo 2o. do Código Civil, com esta redação: "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro".
Sugerimos, também, que o professor leia em nosso blog, na aba ANENCÉFALO, os artigos dos juristas, em especial o do ex-ministro do STF Grau, Eros Grau, Pequena nota sobre o direito a viver, onde esclarece que o nascituro tem direitos. Pela lógica, um ex-ministro do STF entende mais de direito do que um jornalista...
Professor da PUC. “Ah, e o corpo do embrião/feto que está dentro dela, seu japonês endemoniado do capeta?” Na minha opinião – e na de vários outros países que reconheceram esse direito, ela tem sim prevalência a ele.
Nosso comentário. Mais uma vez o professor da PUC está enganando seus leitores. O Tribunal Europeu, numa sentença, proibiu a utilização de embriões e, noutra sentença, declarou quenão há um direito humano ao aborto.
Então, ao contrário do que escreveu o professor, o embrião deve ser protegido e garantido o direito à vida do ser humano em formação.
Para concluir, repetimos a frase final do texto do professor: Perdoe-os, eles não sabem o que falam.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Jornalista - MTb 123
Bispo Emérito de Guarulhos
A seguir o texto do jornalista e professor da PUC:
A “defesa do direito ao aborto” e a “defesa do aborto"
(Publicado no - Portal Vermelho )
É com esperança que recebi a notícia de que a professora Eleonora Menicucci assume como ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, não apenas por conta de sua trajetória como militante política durante os anos de chumbo e como respeitada acadêmica, mas também por sua forte atuação no movimento feminista.
Ao noticiar a posição pessoal da nova ministra de “defesa do direito ao aborto”, parte da imprensa falou simplesmente em “defesa do aborto”. Bem, só quem é jornalista e esteve em um fechamento sabe o que é ter um chefe bufando no seu cangote, exigindo a página fechada, enquanto procura fazer caber uma ideia inteira em um espaço tão exíguo quanto aquele reservado ao título ou à manchete. Mas, caros colegas, temos que tomar cuidado. Defesa do direito ao aborto é diferente de defesa do aborto.
Não há defensora ou defensor do direito ao aborto que ache a interrupção da gravidez uma coisa fácil e divertida de ser feita, equiparada a ir à padaria para comprar um Chicabon. Também não seriam formadas filas quilométricas na porta do SUS feito um drive thru de fast food de pessoas que foram vítimas de camisinhas estouradas. Também não há pessoa em sã consciência que defenda o aborto como método contraceptivo. Aliás, essa ideia de jerico aparece muito mais entre as justificativas daqueles que se opõem à ampliação dos direitos reprodutivos e sexuais do que entre os que são a favor. A interrupção de uma gravidez é um ato traumático para o corpo e a cabeça da mulher, tomada após uma reflexão sobre uma gravidez indesejada ou de risco.
Defender o direito ao aborto não é defender que toda gestação deva ser interrompida (nem sei porque estou gastando pixels explicando algo que deveria ser óbvio, mas vá lá). E sim que as mulheres tenham a garantia de atendimento de qualidade e sem preconceito por parte do Estado se fizerem essa opção.
Hoje, o “direito” ao aborto depende de quanto você tem na conta bancária. Afinal de contas, mulher rica vai à clínica, paga R$ 4 mil e pronto. Mulher pobre se vale de objetos pontiagudos ou remedinhos vendidos a torto e direito sem controle e que podem levar a danos permanentes. A discussão não é quando começa a vida, sobre isso dificilmente chegaremos ao um consenso, mas as mulheres que estão morrendo nesse processo. Negar o “direito ao aborto” não vai o diminuir o número de intervenções irregulares, eles vão acontecer legal ou ilegalmente. Abortos mal feitos causam 9% das mortes de mulheres grávidas, 25% dos casos de esterilidade e são a quinta causa de internação hospitalar de mulheres, e acordo com dados da própria Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Mas aborto é mais do que um problema de saúde pública. Negar a uma mulher o direito a realizá-lo é equivalente a dizer que ela não tem autonomia sobre seu corpo, que não é dona de si. “Ah, e o corpo do embrião/feto que está dentro dela, seu japonês endemoniado do capeta?” Na minha opinião – e na de vários outros países que reconheceram esse direito, ela tem sim prevalência a ele.
Defendo incondicionalmente o direito da mulher sobre seu corpo (e o dever do Estado de garantir esse direito). É uma vergonha ainda considerarmos que a mulher não deve ter poder de decisão sobre a sua vida, que a sua autodeterminação e seu livre-arbítrio devem passar primeiro pelo crivo do poder público e ou de iluminados guardiões dos celeiros de almas, que decidirão quais os limites dessa liberdade dentro de parâmetros. Parâmetros estipulados historicamente por…homens, veja só.
É extremamente salutar que todos os credos tenham liberdade de expressão e possam defender este ou aquele ponto de vista. Mas o Estado brasileiro, laico, não pode se basear em argumentos religiosos para tomar decisões de saúde pública ou que não garantam direitos individuais. A justificativa de que o embrião tem os mesmos direitos de uma cidadã nascida é, no mínimo, patético. Dá vontade de fazer cafuné em quem defende isso e explicar, pausadamente, que não se pode defender que minhas crenças, físicas ou metafísicas, se sobreponham à dignidade dos outros.
Nesse sentido, desejo boa sorte à Eleonora. Que ela lute o bom combate, mesmo considerando que, como ministra, terá atuação bem mais limitada do que como militante, tendo que buscar apoio no Legislativo, no Judiciário e em setores do próprio Executivo. Mas peço a ela que ignore as ladainhas partidárias (a ditadura do comportamento não é monopólio de determinado grupo político – se vocês soubessem a quantidade de homens que vomitam progressismo publicamente e são tiranos dentro de casa…) e os que criticam sem pensar. Perdoe-os, eles não sabem o que falam.
Fonte: Portal Vermelho
2 comentários:
Como é possível que um aborto da natureza, como este Sakamoto, seja professor de uma universidade CATÓLICA? Vergonha e pecado.
Esse "moleque" que se acha o tal, por ser "profeççor da PUC" e jornalista de aluguel do PT/PMDB é só mais um oportunista do momento, que na onda do atual regime, aproveita para fazer marola e faturar uns cobres...
Postar um comentário