terça-feira, 3 de janeiro de 2012
A Bíblia, diz, é a precursora de uma vasta gama de grandes obras da literatura moderna, do "Paraíso Perdido" de Milton a "O som e a fúria", de Faulkner.
"A Bíblia é o maior modelo e objeto de arte e pensamento daqueles de nós que vivem sob sua influência, consciente ou inconscientemente, que já conheci", disse a vencedora do Prêmio Pulitzer 2006, a autora Marilyne Robinson.
Robinson, que pertence à igreja presbiteriana e cujo romance Gilead ganhou o Prêmio Pulitzer, escreveu no The New York Times um artigo sobre a pesquisa que ela realizou sobre o papel da Bíblia na literatura contemporânea.
Em seu estudo, Robinson conclui que a Bíblia é a precursora de uma vasta gama de grandes obras da literatura moderna, do "Paraíso Perdido" de Milton ao "O som e a fúria" de Faulkner.
A influência da Bíblia permanece, diz Robinson, porque transcende tempo e espaço, e sua análise da condição humana é tão relevante hoje quanto era séculos atrás.
"Muitas das grandes obras da literatura ocidental se dirigem diretamente as perguntas que surgem dentro do cristianismo", escreveu ela. "Elas respondem ao mesmo impulso para colocar a carne na Escritura e na doutrina, para testá-los através da imaginação dramática, que é visível em imagens antigas da Anunciação ou o caminho de Damasco."
Simplesmente, Robinson argumenta que a literatura é escrita a partir do pressuposto que os leitores estão familiarizados com a Bíblia, na literatura, que é eternamente uma referência ou verdade, independentemente da filiação religiosa.
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