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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

OS DELFINS DO NARCOTERRORISMO

HEITOR DE PAOLA




Uma recente reportagem divulgada pelo programa “Testigo Directo” do Canal UNO[1], revela que ao menos 13 dos filhos dos principais cabeças da guerrilha narco-terrorista das FARC encontram-se atualmente estudando, entre outros países, na França, Canadá, México, Cuba, Argentina, Nicarágua e, certamente, na tristemente célebre República Bolivariana da Venezuela. Segundo o informe televisivo, os filhos dos mais importantes chefes narco-terroristas, entre eles “Alfonso Cano”, “Rodrigo Granda” e os mortos “Raúl Reyes” e “Mono Jojoy”, encontram-se residindo no exterior e levam uma vida “normal”, como qualquer outro estudante, sem se sentir ameaçados ou importunados pelos controles e perseguição das autoridades.

E, embora nenhum indivíduo deva pagar pelos pecados de seus pais, temos que convir que não estamos falando de quaisquer pessoas. Trata-se dos “delfins” do narco-terrorismo que se educam graças aos recursos obtidos pelas atividades criminais de seus pais. É o dinheiro produto do narcotráfico, do seqüestro, da extorsão, do roubo, da pilhagem, etc., quem paga a educação destes personagens. Ademais, segundo informes de inteligência conhecidos publicamente, estes “delfins” não se limitam simplesmente às atividades próprias de sua formação acadêmica. Eles converteram-se em importantes difusores e publicitários da causa narco-terrorista de seus pais no exterior, encarregando-se de estabelecer relações e buscar apoios políticos e financeiros em organizações de extrema-esquerda da Europa e América.

Dessa forma, os “delfins” do narco-terrorismo fazem parte do arcabouço diplomático que as FARC conseguiram estabelecer no exterior. Trata-se de uma complexa rede de apoios ideológicos e financeiros que os narco-terroristas teceram junto à extrema-esquerda internacional, tentando ganhar legitimidade para a guerra das FARC contra o Estado colombiano. Especialmente desde a Europa, as ONGs esquerdistas e os partidos comunistas coordenam uma campanha para enobrecer a infame atividade criminal das guerrilhas narco-terroristas na Colômbia e, paralelamente, desacreditar o Estado e suas Forças de Segurança.

O caso paradigmático do que foi dito anteriormente é a ANNCOL, agência noticiosa da guerrilha baseada na Europa, de onde difunde mentiras de todo tipo sobre a situação colombiana, apresentando os narco-terroristas como uma espécie de Robin Hood’s crioulos que lutam pela “libertação do povo colombiano contra um Estado oligárquico, mafioso e violador de direitos humanos”.

Desafortunadamente, este discurso é comprado por alguns países como o Canadá, que não compreendem a verdadeira situação colombiana e, embora não apóiem os narco-terroristas, tampouco os condenam com firmeza. Por isso não impõem maiores controles à entrada dos amigos dos guerrilheiros - nem a seus filhos - e, pelo contrário, converteu-se em um dos destinos prediletos de criminosos que procuram refúgio “político”.

No caso da América Latina a situação é muito mais compreensível, dada a existência de governos esquerdistas muito inclinados à causa narco-terrorista da guerrilha, e por isso não devemos estranhar que inclusive facilitem as bolsas de estudo aos “delfins”. Cabe destacar como, segundo os informes de inteligência, na Argentina dos Kirchner deu-se refúgio a vários guerrilheiros e seus familiares. Referimo-nos ao mandatário recentemente falecido, Néstor Kirchner, que recebeu honras póstumas como um dos grandes democratas da América Latina, apesar de manter relações com grupos narco-terroristas que pretendem derrocar um Estado democrático. Que dupla moral!

Entretanto, a diplomacia colombiana continua dormindo nos lauréis, demonstrando sua pusilanimidade para fazer frente à guerra política das FARC e seus “idiotas úteis” no exterior. Nem os governos estrangeiros, nem o governo colombiano - o que é pior - têm demonstrado firmeza para impedir a entrada dos “delfins” do narco-terrorismo, mesmo conhecendo a origem criminosa dos recursos com os quais se mantêm e as atividades ilegais paralelas que desenvolvem.

A política exterior do país segue à deriva, permitindo que o narco-terrorismo expanda suas redes de apoio internacionalmente e mostrando uma tibieza exasperante para exigir aos governos que fechem as portas a qualquer expressão do narco-terrorismo, inclusive a seus “delfins”, que se educam para continuar no futuro com a atividade criminosa de seus pais.

[1] O vídeo do referido programa acima traz o depoimento do Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido, analista de assuntos estratégicos, expert em terrorismo e contra-terrorismo e combatente, quando estava na ativa, das guerrilhas das FARC e do ELN.





Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".