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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Caso Celso Daniel enfim vai a julgamento

REINALDO AZEVEDO
16/11/2010 às 5:31


Oito anos e dez meses depois do assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), o primeiro dos sete acusados de participação no crime será levado a júri popular na próxima quinta-feira, em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Mas, como mostra reportagem de Sérgio Roxo, publicada pelo GLOBO nesta terça-feira, além do destino do réu Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos - que provavelmente não comparecerá à corte -, o julgamento porá à prova a tese do Ministério Público Estadual de que o assassinato foi cometido a mando do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, ex-assessor do prefeito, com objetivo de manter em funcionamento um esquema de corrupção na prefeitura petista.
A defesa de Sombra nega as acusações. Uma investigação da Polícia Civil, que resultou na primeira denúncia apresentada à Justiça, também concluiu que o sequestro foi um crime comum, sem participação de Sombra.
Na quinta-feira, o júri indicará quem tem razão. Além de responder se Marquinhos teve participação no crime, os sete jurados serão perguntados se o assassinato foi cometido com promessa de recompensa, o que indicaria a participação de Sombra como mandante. Para o processo contra o empresário, que foi desmembrado, a decisão dos jurados não terá efeito. De acordo com a lei, cada júri tem autonomia para decidir de forma independente. Mas a expectativa é que o resultado seja usado pela acusação ou pela defesa, conforme a conveniência, para convencer o júri que analisará o caso de Sombra.
“O Ministério Público investigou e chegou à versão de que houve um crime de homicídio qualificado. É isso que será defendido em plenário. Sinceramente, não acredito que o júri desclassifique para delito contra o patrimônio com evento morte”, afirmou o promotor Francisco Cembranelli, escalado para o julgamento. Ele ganhou notoriedade com o caso Isabella Nardoni.
Para Marquinhos, caso a maioria dos jurados entenda que o crime foi cometido mediante o pagamento de recompensa, a decisão significará um agravante por motivo torpe, e a a pena mínima subirá de seis para 12 anos de prisão. O réu não deverá comparecer ao julgamento. Segundo o juiz Antônio Hristov, ele não foi encontrado para ser notificado no endereço que forneceu quando conseguiu a liberdade provisória, em 2010. Foi expedido decreto pelo juiz para que Marquinhos seja julgado à revelia. O magistrado também disse que iria revogar a liberdade provisória do acusado.
Por Reinaldo Azevedo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".