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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ingrid Betancourt, a desinformante

MÍDIA SEM MÁSCARA

Porventura Ingrid Betancourt não sabe que Dilma é amiga das FARC através do Foro de São Paulo?


A ex-candidata presidencial da Colômbia e ex-seqüestrada das FARC, Ingrid Betancourt, esteve em princípios deste mês no Brasil para fazer o lançamento de seu último livro, "Não há silêncio que não termine" e, como era de se esperar, foi tratada com muita bajulação, entrevistada em jornais e no programa do Jô Soares. Jô, que além de metido a engraçado é comunista, não perdeu a oportunidade de fazer coro com Ingrid quanto à legitimidade de um movimento guerrilheiro com "ideais" marxistas-leninistas; o que é condenável, para ambos, é apenas o narcotráfico, como se o comunismo não tivesse sido o regime mais sangrento e cruel da história da humanidade.
Ainda nessa entrevista Ingrid mentiu descaradamente quando referiu-se ao seu seqüestro. Ela afirma que o então presidente Pastrana havia retirado suas escoltas deixando-a desamparada a mercê das FARC. Ocorre que o Exército colombiano já a havia alertado dos perigos de ir a San Vicente del Caguán, pois a zona havia sido recentemente retomada pelos militares e ainda poderia haver confrontos com as FARC. Por isso não era possível arriscar a vida de ninguém, nem dela nem de escoltas. Desta advertência há documentos no Exército, datados da época, além da confirmação desta advertência feita por Clara Rojas em seu livro "Cautiva" (Editora Atria Espanhol, inédito no Brasil) mas esta criatura voluntariosa não deu ouvidos e resolveu aventurar-se por conta própria. Em razão deste seqüestro, Ingrid, num gesto repugnante e traiçoeiro, resolveu processar o Estado colombiano por seus seis anos e meio de cativeiro, causando tanto estupor e rechaço nos colombianos que acabou levando-a a retirar a queixa.

Em razão destas atitudes espúrias, Ingrid hoje disputa com a senadora porta-voz das FARC, Piedad Córdoba, e Hugo Chávez, o posto de pessoa mais detestada da Colômbia, conforme nos relata o Cel Villamarín em seu brilhante artigo. Tanto é assim, que seu livro teve lançamento simultâneo na Colômbia e na França mas as vendas em seu país natal, Colômbia, foram boicotadas.

Em entrevista concedida ao G1, Ingrid revelou estar feliz com a vitória de Dilma Rousseff à Presidência do Brasil com "argumentos" fúteis, como pelo fato de ser mulher, mas também demonstrando um completo desconhecimento - ou conivência - do passado da terrorista e dos fatos ocorridos no Brasil nas décadas de 60-80. Disse Ingrid"Devo confessar que gostei muito (...). Obviamente porque é uma mulher, mas não só por isso, mas porque é ela. (...) É uma pessoa que sofreu na ditadura, e portanto acho que deve valorizar infinitamente os direitos humanos e o valor da democracia". E mais adiante: "Creio que isso, espero, contribua para o distanciamento das FARC. E que finalmente o Brasil entenda que as FARC são um grupo terrorista que está fazendo mal. O mesmo mal que fizeram a ela na ditadura, que fez com que fosse vítima, torturada, é o que estão fazendo, pelos mesmos motivos ideológicos, com o mesmo extremismo, mas de um ponto oposto no espectro político, é o que estão fazendo as FARC (...)".

Esta senhora afronta o Brasil inteiro com tamanha infâmia, ao comparar o terrorismo das FARC com a ação saneadora do nosso Exército Brasileiro contra o terrorismo do qual dona Dilma fazia parte ativa, e não por "defender a democracia" e os "direitos humanos" mas para implantar o comunismo, o mesmo professado pelas FARC, no Brasil. Estas afirmações são tão asquerosas quanto a atitude que dona Ingrid teve em relação aos militares colombianos que a resgataram das garras das FARC, cuspindo-lhes na cara ao agradecer a terceiros seu resgate que foi genuinamente colombiano.

Porventura ela não sabe que Dilma é amiga das FARC através do Foro de São Paulo? O Secretariado do Estado-Maior Central das FARC enviou uma carta de felicitações pela vitória de Dilma nas eleições tratando-a de "compatriota", o que revela uma verdadeira irmandade de almas. Diz a carta: "Permita-nos aderir à justificada alegria do grande povo de Luis Carlos Prestes, ante o fato relevante de ter, pela primeira vez na história do Brasil, uma presidenta, uma mulher ligada sempre à luta pela justiça". E mais adiante: "Estamos seguros de que a nova presidência do Brasil terá um papel determinante na aclimatação da paz regional e na irmandade dos povos do continente".

Durante a campanha presidencial o vice-presidente de Serra tentou, com aquela timidez dos culpados, relacionar a então candidata Dilma e o PT com as FARC. Tiveram incontáveis oportunidades de PROVAR o que estavam afirmando de leve mas preferiram enfiar o rabo entre as pernas porque nunca foram de fato oposição e muito menos de direita. Com a vitória da candidata do Foro de São Paulo as FARC não se contiveram e festejaram entusiasmadas, porque sabem que podem continuar contando com apoio e refúgio em nosso solo pátrio.

Mas as afrontas de dona Ingrid não se restringiram somente ao Brasil mas também à Colômbia e à Venezuela, quando esteve fazendo o lançamento de seu livro naquele país "bolivariano". Entre sorrisos e afagos, Ingrid fez as seguintes declarações que mereceriam um processo como traição à pátria: "O que posso dizer é que considero Chávez um grande líder e um líder democrático, a partir do momento em que foi eleito democraticamente". (...) Chávez "não necessitou matar e seqüestrar para chegar ao poder" (...) "ele tem que ser conseqüente com isso, não pode alentar grupos anti-democráticos".

Não sei se estas afirmações são fruto de uma ignorância extrema, de pura estupidez ou de conivência comunista, mas dona Ingrid "esqueceu" que antes de ganhar as únicas eleições legítimas e limpas, em 1998, Chávez havia dado um golpe de Estado em fevereiro de 1992 que, apesar de fracassado, deixou mais de 100 vítimas fatais, dentre elas crianças. Além disso, o fato de existir eleições não significa absolutamente que o regime seja democrático, uma vez que em Cuba, a ditadura mais antiga e sanguinária do mundo, também há eleições.

E o que dizer dos assassinatos, perseguidos e presos políticos do regime "democrático" de Chávez? E as expropriações sem indenização, onde entre as vítimas encontram-se colombianos, seus compatriotas? E a invasão cubana em todos os setores da vida nacional venezuelana, controlando cada passo dado pelos cidadãos, suas contas bancárias, telefônicas e de internet? E o esbanjamento dos petrodólares com comunistas governos falidos, como os da Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba e Argentina?

Esquece-se esta senhora de que Chávez abriga, defende e tem negócios com bandos terroristas como as FARC, o ELN e o ETA basco? Dona Ingrid: informe-se mais, vá estudar ou cale-se, pois de lobos em pele de cordeiro, de embaixadores das FARC e do Foro de São Paulo espalhando mentiras pelo mundo o continente inteiro já está farto!


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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".