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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A GRANDE MENTIRA DO PETISMO. OU: PEÇA DESCULPAS AOS CRISTÃOS, JOSÉ EDUARDO CARDOZO!

REINALDO AZEVEDO
20/10/2010 às 7:07

Hoje, os comissários do povo praticam assassinatos morais


Este texto foi publicado às 22h35 de ontem, mas decidi mantê-lo aqui.
Já tratei deste particular aqui algumas vezes. Muitos leitores me perguntam, até de boa-fé: “Reinaldo, você não exagera nas críticas ao PT? Os partidos não são, todos eles, mais ou menos suspeitos? Não mentem sempre um pouco? Não têm defeitos?” Respondo: claro que sim! Ninguém seria aprovado num teste de santidade, e política não é mesmo para santos — aliás, ninguém gostaria de viver a dura vida de um santo. A questão é o grau da delinqüência intelectual e política desta legenda ou daquela. A questão é saber quando um partido, APESAR DE TODOS OS SEUS DEFEITOS, faz a democracia avançar e quando força um recuo.
Sou especialmente crítico ao PT porque acho que o partido, depois da redemocratização, de que foi só coadjucante, faz o estado de direito recuar. Tenho exposto as minhas razões de modo sistemático nos últimos, deixe-me ver, 14 anos pelo menos. Não que não tenha sido muito duro com o governo FHC também. Com efeito, eram restrições de outra natureza. O ex-presidente respeitava as instituições democráticas e o estado de direito. Não é, em regra, o caso do PT.
Fiz, acima, o que muitos chamam “nariz de cera”, uma introdução razoavelmente longa para chegar ao ponto. E qual é o ponto da hora? Vejam primeiro esta imagem.
jornal-da-ctbViram? Então leiam agora o que segue:
A gráfica Pana — que alguns petistas tentaram invadir no último fim de semana para impedir a divulgação do documento assinado por bispos da Regional Sul I da CNBB — rodou,  há duas semanas, 75 mil cópias do “jornal” da CTB, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, com 4 páginas coloridas. O custo da impressão: R$ 5 296 reais, pagos pela central. O folheto — QUE É ILEGAL, DIGA-SE!, traz na capa uma foto de Lula e Dilma, erguendo os braços, sobre o título: “O desafio do 2º turno”. Dentro,  todas as “reportagens” pedem mobilização para eleger Dilma presidente ou fazem propaganda do governo. O título da primeira é: “Dilma: Para o Brasil Continuar no Rumo Certo”, que é um  mote de campanha.
Além disso, a gráfica Pana, que fatura em média R$ 400 mil por mês, publicou material eleitoral para outros petistas, entre eles, o deputado federal Paulo Teixeira, um dos que estavam presentes na vigília que bloqueou a porta da gráfica. No santinho em questão, Teixeira aparecia junto com o deputado estadual Simão Pedro (PT). A dupla gastou R$ 172 mil na Pana. A gráfica também imprimiu material para o diretório estadual do PSTU nesta eleição — o partido pagou R$ 32 mil por alguns panfletos. Até a Mulher Pêra, candidata a deputada pelo PTN, encomendou serviços por lá: no caso dela, 20.000 “jornaizinhos”, que saíram por R$ 4  mil.
Entenderam o ponto? A Mitra Diocesana de Guarulhos já havia deixado claro que a encomenda para a impressão do apelo de católicos contra o aborto partira dali, não do PSDB. Os petistas e a imprensa amiga dos petistas, no entanto, não quiseram nem saber: foram logo buscar vínculos entre a gráfica e o partido, embora a empresa tenha exibido todos as provas de que a encomenda partira da diocese. E daí? Não se tomou nem mesmo o cuidado de fazer o que se está fazendo aqui: “Essa gráfica costuma imprimir material de vários partidos políticos?” Costuma! Inclusive do PT, o que desmonta a acusação, não fossem as demais evidências.
Fica demonstrada, assim, a honestidade do escândalo que os petistas tentaram fazer. Lembro-me do ar “serioso” de José Eduardo Cardozo a lamentar os “vínculos” da gráfica com os tucanos. Vejam um tuíte do deputado petista Paulo Teixeira no dia em que se praticou constrangimento ilegal contra o gerente da empresa:
paulo-teixeira1Ele sabia, é óbvio, que ele próprio era cliente da gráfica que acusava de manter vínculos com os tucanos.
Então volto agora àquela questão inicial. Quando me perguntam: “Você não exagera com o PT?” Não! Eles é que exageram na vigarice. Na entrevista coletiva de Cardozo, mesmo sabendo de tudo isso, tentou-se criar um escândalo político, adicionando, diga-se, uma outra falsidiade: a de que Paulo Ogawa, aquele senhor que sofreu o constrangimento ilegal, teria sido funcionário do Ministério da Saúde quando Serra era titular da pasta. Tratava-se, como informei aqui, de um homônimo — e, pois, o PT mentia. Mesmo assim, parte do jornalismo online manteve a mentira no ar.
Republico, agora, o vídeo, feito pelos próprios petistas, em que, com a ajuda da imprensa — especialmente daquele tipo particular de jornalismo que tem sido feito pelos portais de telefonia —, pratica-se uma verdadeira blitz fascistóide contra a gráfica. Quem já viu o filma que relata o constrangimento ilegal leia o que vem depois.





Se sou muito duro com o PT? Não! Acho até que sou caroável demais! Essa gente não tem limites e pode destruir o que encontra pela frente se julgar que se trata de uma necessidade partidária.
José Eduardo Cardozo, o “ético” do PT, deveria vir a público para se desculpar com a empresa e com o sr. Paulo Ogawa em particular. Mas ele não vai fazer isso porque julga que o homem, coitado!, é apenas um dano colateral na luta de seu partido para construir um mundo mais justo. Se, na trajetória, eles tiverem de destruir algumas pessoas, paciência, não é? Mao Tse Tung, Stálin e Pol Pot pensavam o mesmo. Os tempos são outros, eu sei. Hoje, os comissários do povo praticam assassinatos morais.
Por que mesmo sou tão duro com “eles”? Está explicado desde sempre. Aqui está devidamente exemplificado. Deve haver algum caminho jurídico que puna também este tipo de litigância de má fé. Numa democracia exemplar, o sr. Paulo Ogawa arrancaria até as calças do PT por conta do constrangimento que sofreu e da satanização a que ficou exposto. Espero que tenha clareza disso e tome as devidas providências.
Por Reinaldo Azevedo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".