20 de outubro de 2010 às 10:30 hs.
(Andréa Haddad) Protagonista de uma “cruzada” no Congresso contra o casamento gay, o senador republicano Magno Malta (PR-ES), da bancada evangélica, liderou nesta terça (20) uma reunião com fieis da Igreja Sara Nossa Terra, em Cuiabá. Ele trava o que chama de “guerra santa” contra as notícias relacionadas aos posicionamentos da candidata Dilma Rousseff (PT) em relação ao aborto e homossexualismo.
Malta foi reeleito com a bandeira do combate à pedofilia. Ele presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Senado para apurar denuncias de abuso sexual de monsenhores a ex-coroinhas. Fez “barulho” com o episódio envolvendo párocos de Arapiraca, em Alagoas, que teriam tido relações sexuais com menores de idade. Agora foi escalado pelo PT para conter a “sangria” de votos petista nas comunidades cristãs.
Em Cuiabá, Malta disse que os eleitores precisam se preocupar mais com o debate político, já que não se trata de eleição para papa, conforme matéria publicada nesta quarta (20) pelo jornal A Gazeta. “O debate é político e não deve ser religioso. Não estamos elegendo o papa, mas o presidente da República que tem muitas atribuições. Infelizmente, estamos assistindo uma campanha que tenta tirar proveito da boa fé das pessoas e enganá-las. O Brasil é muito grande e tem vários assuntos sociais a resolver e não podemos rebaixar o debate político”, defendeu durante a reunião, apesar da excessiva preocupação no Congresso com os temas religiosos.
Ele disse que sai em defesa de Dilma pelo sentimento de justiça social. “Não estou aqui porque morro de amores pelo PT, estou contribuindo com a campanha diante do meu sentimento de justiça social”. Malta é um dos responsáveis pela elaboração da carta em que a petista declara ser contra o casamento gay e o aborto.
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