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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Marina é o Lula de 1985: neutra! A mensagem: “A política dos outros é suja, só a minha é limpa”

REINALDO AZEVEDO
17/10/2010 às 15:59

Conforme Tio Rei antecipou, Marina Silva, do PV, declarou neutralidade. Considerou que é o melhor para a sua carreira política. Ela está em campanha para 2014 desde que se lançou candidata a 2010. Como o eleito, Serra ou Dilma, enfrentará algumas dificuldades, o PV quer ser o PT de qualquer um dos dois, entenderam?, só que com muito amor no coração — que é a diferença entre Marina e os demais: ela bate nos outros porque é boa; os outros se batem (mas jamais batem nela) porque são maus. Pfuiii…

O problema é que o PV não é o PT; não tem estrutura para segurar o embate. Mas os “marineiros” estão convencidos de que há uma nova política no ar… Então tá.

Os verdes estão hoje nos jornais. O curioso é que se comportam como ombudsman dos outros partidos. Tornaram-se verdadeiros juízes do processo eleitoral e do programa alheio, dizendo o que é aceitável e o que não é. Eles próprios, no entanto, tiveram a chance de dizer o que pensam e o que querem. Há quem tenha entendido o que Marina falou. Eu, confesso, nunca entendi. O que sei é que se consideram diferentes dessa gentalha da política tradicional.

Cada um vive o seu momento, a sua hora da decisão. O PV persegue um modelo. Em 1985, Luiz Inácio Lula da Silva, que era a Marina Silva de então, tinha como escolher no Colégio Eleitoral: Tancredo ou Maluf? Lula e o PT decidiram: ninguém! E a história se fez sem eles. Tornaram-se, depois, seus grandes beneficiários, reescrevendo o seu próprio passado e o passado alheio.

É o modelo que segue Marina: “Somos limpos e oxigenados demais e não vamos nos meter com essa gente aí, não, e um dia a história nos dará razão”. Já escrevi aqui, e ainda desenvolverei melhor a idéia: Marina deve acreditar que a vaga de Lula no imaginário político — o bom selvagem de Rousseau — está vaga e precisa ser preenchida. Ela vai tentar ocupá-la. A meu ver, ignora o fato de que aquela construção tinha, na base, um partido arraigado nos sindicatos e incrustado no aparelho do estado, o que ela não tem. Ocorre que a sua construção — a política que não é “poluída” — só faz sentido assim, sem compromisso com o mundo real.

Por Reinaldo Azevedo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".