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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Primeiro a filha, depois o genro, e chegou a vez da mulher. Os netos devem ser os próximos…

REINALDO AZEVEDO
16/10/2010 às 19:11


A assessoria da campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra, divulgou uma nota sobre uma das maiores baixarias “jornalísticas” de que se tem notícia na história da cobertura política no país. Segue o texto. Volto em seguida:
“Diante de matéria publicada hoje, a campanha de Jose Serra esclarece: Monica Serra nunca fez um aborto. Essa acusação falsa, que já circulava antes na internet, repete o padrão Miriam Cordeiro de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima na eleição de 1989. E dá continuidade ao jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo do PT, montado para fazer dossiês contra o candidato tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília. Primeiro eles atacaram a filha de José Serra. Depois atacaram o seu genro. Agora eles agridem a sua mulher, Monica, que tem a irrestrita solidariedade, amor e respeito de seu marido, de seus filhos, netos e de milhões de brasileiros.”
VolteiA coisa fala por si mesma e tem a sua gravidade intrínseca. O único pilar que sustentaria a publicação da matéria da colunista Mônica Bergamo, da Folha, seria o desnudamento da hipocrisia de uma figura pública, que defende uma coisa para os outros e outra para si mesma. Especulo um pouco.
Digamos que esta senhora considerasse isso fundamental e tivesse chegado a um fato: disporia de evidências, prontuário médico ou sei lá o quê, de que o aborto fora feito. Já estaríamos na baixaria, mas vá lá…
Não! O que existe é o testemunho de uma mulher — duas, três, e ainda que fossem 100 — afirmando que Mônica Serra disse ter feito aborto. Antes que a repórter tenha conseguido falar com a “acusada”, a matéria foi publicada. Ainda que o “outro lado” tivesse sido ouvido, publicar-se-ia do mesmo modo.
Aonde esse tipo de “jornalismo” nos leva? Doravante, basta que apareça alguém dizendo que FULANO FEZ ALGUMA COISA, e se tem uma “reportagem”. O “acusado” que negue se quiser. Se não foi encontrado a tempo, informa-se que a assessoria preferiu não se pronunciar. Se alguém decidir dar o testemunho de que Dilma Rousseff pegou, sim, em armas e matou pais de família, publica-se ou não? E olhem que essa não seria uma questão que, sem trocadilho, diria respeito ao útero…
A Al Qaeda eletrônica faz a festa com a “reportagem” de Mônica Collor Bergamo. A operação, no que diz respeito à política, no fim das contas, foi, até agora, bem-sucedida. Se vai ter efeito eleitoral, é o que se vai ver. Quanto ao mais, espera-se que, agora, os blogueiros oficialistas, sustentados com dinheiro público, parem com essa história de que a Folha é tucana. Se bem que eles não vão parar. Sempre exigirão provas novas.
Quanto à nota da assessoria de Serra, noto: de fato, primeiro foi a filha, depois o genro, e chegou a vez da mulher. É preciso escalar uma repórter bem farejadora para saber se um dos netos do presidenciável já não deu uma mordida ou um arranhão em algum coleguinha na escola, embora o avô fale tanto em educação, o que tornaria a reportagem de interesse público, não é, Mônica Bergamo?
Fundo do poço!
PS: Elio Gaspari tem, agora sim, um novo caso Miriam Cordeiro. Certamente leremos na sua próxima coluna uma nota indignada. Aguardemos ansiosos.
Por Reinaldo Azevedo

Um comentário:

Unknown disse...

Existe este tipo de jornalismo porque tem leitores que só compram jornais se tiver escândalos; não importa se as notícias são verídicas ou não.
Se a Monica Serra fez ou não um aborto é problema dela e não interessa a ninguém. Uma coisa é PRECISAR fazer um aborto outra é lutar para liberá-lo sem critério moral.
Beijos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".