Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dança infernal sobre a carótida energética da Europa

FLAGELO RUSSO
domingo, 11 de julho de 2010


O presidente bielo-russo
Alexandre Lukashenko
cortou o gás para a Europa

O presidente bielo-russo Alexandre Lukashenko cortou o fluxo de gás russo para a Europa, após uma briga financeira mal contada com Moscou. O fato foi noticiado pela imprensainternacional. Por causa dessa briga, a gigante do gás russo Gazprom reduziu em 30% as entregas de gás à Bielo-Rússia. 

Quem sentiu logo o impacto da jogada, na realidade, foi a União Europeia que é a destinatária final desse gás. 20% do gás russo que chega à Europa circula pelo território bielo-russo. Os países mais atingidos foram a Alemanha e a Lituânia. 

De um modo também não claro para o público, os dois litigantes acabaram restaurando o fluxo do gás vital. Mas, logo a seguir o Kremlin humilhou o presidente da Bielo-Rússia acusando-o de “pérfido ditador que prospera sugando Moscou”, noticiou o diário madrileno “El País”. 

O virulento ataque marcou mais um passo de retorno à prática soviética de humilhar aqueles que não prestam servil reverência aos amos de Moscou. 

O Kremlin utilizou a TV oficial para qualificar Lukashenko de “ditador, simpatizante de Hitler e suspeito da desaparição e morte de seus principais opositores políticos”. 

“Mutato nomine de te fabula narratur” (“Trocando o nome, conta-se de ti a mesma história”), poderia ter respondido o líder bielo-russo citando Horácio. Porém, a cultura está banida nas disputas socialistas.

Medvedev e o presidente
de Gasprom Alexei Miller
O feroz documentário foi transmitido pela NTV, canal controlado pela Gazprom, por sua vez detentora do monopólio exportador de gás russo e controlada pelo Estado.

A mídia russa ‒ quase toda em mãos do Kremlin ‒ há tempos vinha inculpando o líder bielo-russo pela morte do ex-vicepresidente do Parlamento Guenadi Karpenko, pelas desaparições do ex-ministro do Interior Yuri Zajarenko, de Víctor Gonchar também ex-presidente do Parlamento, do jornalista Dmitri Zavadski e do empresário Anatoli Krasovski. 

Mas, como se tudo isso fosse encenação, o presidente russo Dmitri Medvédev reuniu-se com seu par bielo-russo Lukashenko em Astaná, capital de Kazaquistão, onde assinaram um novo código alfandegário que unirá os três países. Pelo acordo, a Rússia vai consolidando o processo de reabsorção das antigas ex-repúblicas soviéticas sob a vontade imperial de Putin e seus colegas da ex-KGB.

As surdas disputas entre os antigos membros do aparato soviético que hoje controlam esses países não parecem ter terminado.

Em qualquer hipótese, o Kremlin fez sentir o frio do fio da navalha na carótida da Europa. Até quando durará essa dança infernal? Não é difícil prever que a Rússia sonhe um dia apelar para uma chantagem final, numa Europa debilitada pela crise econômica e sem exércitos nem disposição psicológica para resistir.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".