14/05/2010 21h12 - Atualizado em 14/05/2010 21h12
O senador Pedro Simon criticou o líder do governo que tinha dito que o projeto não era prioridade. O senador Cristóvam Buarque se juntou ao coro de críticos.
O movimento pela aprovação do projeto da Ficha Limpa ganhou força, nesta sexta-feira, no Senado. O líder do governo que afirmou que o projeto não era prioridade voltou a ser criticado.
O senador Pedro Simon disse que vai denunciar na tribuna os senadores que se valerem de manobras para adiar a votação do projeto Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de quem tiver sido condenado na Justiça por um colegiado, um grupo de juízes. Simon criticou o líder do governo.
Romero Jucá afirmou que o mais importante agora é votar os projetos do pré-sal. Na quarta-feira, chegou a dizer que o Ficha Limpa não é prioridade do governo, mas sim da sociedade.
“Quais são os interesses do governo, senão os da sociedade? Como é que um projeto pode ser do interesse da sociedade e não ser do interesse do governo?”, questionou Simon.
O senador Cristóvam Buarque se juntou ao coro de críticos. Disse que a imagem do senado ficará muito desgastada se o projeto Ficha Limpa não for aprovado a tempo de valer já para as eleições deste ano. Ele defende um pacto entre os partidos para que o projeto seja aprovado por unanimidade.
“Nós não temos o direito de frustrar a população brasileira nesse projeto pelo seu simbolismo”, senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Nesta sexta, o líder do governo não quis gravar entrevista, informou por meio da assessoria que oprojeto Ficha Limpa é importante e será votado com urgência, mas que terá que entrar na fila.
Na fila, estão os polêmicos projetos do pré-sal. A oposição espera que a pressão que fez o governo apressar a votação do Ficha Limpa na Câmara produza o mesmo efeito no Senado. O primeiro teste está marcado para quarta-feira, quando o projeto será votado na Comissão de Constituição e Justiça.
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