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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Terra da oportunidade e do débito

BLOG DO MR. X

Segunda-feira, 10 de maio de 2010


Falamos sobre riqueza e pobreza no outro dia, e de como elas são sempre relativas.

Será que, nestes tempos de crise geral, os EUA ainda seriam a "terra da oportunidade", onde qualquer um pode ascender socialmente desde que se esforce para isso?

A experiência de Adam Shepard pareceria dizer que sim. Com apenas 25 dólares no bolso, ele mudou-se para uma cidade desconhecida, com a idéia de começar do zero, sem utilizar nenhum de seus contatos nem informar ninguém que tinha curso superior. Após ficar alguns dias no homeless shelter, arranjou um emprego carregando móveis. Após dez meses tinha um carro usado e morava em um apartamento alugado em um bairro razoável da cidade, tendo também economizado 5.000 dólares. Sua experiência parece demonstrar que muito da questão de pobreza versus riqueza está na atitude.

Na mesma reportagem linkada acima, vemos como várias pessoas de classe média americana, em empregos simples como jardineiro, policial ou vendedor, levam um estilo de vida em alguns casos próximo ao nível da classe alta de países de terceiro mundo, ao menos no que se refere a conforto e lazer.

Então por que tanta reclamação? O que acontece é que, como pobreza e riqueza são relativas, o que configura "classe média" também é. As pessoas querem ter um estilo de vida cada vez superior ao dos vizinhos, e assim o custo de vida aumenta também. Muitos passam a viver no crédito, gastando além do que ganham. Quando o governo se mete no meio querendo "ajudar", ocorrem coisas como a housing bubble.

O grande problema mesmo é que a dívida dos EUA hoje é de 12 trilhões de dólares, ou 85% do PIB, e o governo continua gastando sempre muito mais do que ganha. Em 2009, por exemplo, o governo coletou 2,1 trilhões. Gastou quase 4. Naturalmente, o Obamacare e outros projetos faraobâmicos aumentarão ainda mais os gastos. Não é só a classe média que vive no crédito, é o país inteiro.

Portanto, um problema similar ao da Grécia não está fora do baralho. Com a diferença que, nos EUA, seria duzentas vezes pior e afetaria o mundo inteiro.

O documentário I.O.U.S.A. fala um pouco sobre tudo isso. Se a coisa estourar, serão muitos os que terão que se virar como Adam, recomeçando com apenas 25 dólares no bolso.


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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".