Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Se eu, que sou "dos bons", me calar, o mau imperará...

Hoje mais cedo conheci um blog, o BLOG DO JHEITOR. Deparei-me com um artigo que me fez refletir sobre uma situação que encontrei na internet. O artigo do Heitor está logo abaixo, fala de degradação da e na educação. Deixa eu falar agora da situação citada, e inusitada.


Um blog havia sido "marcado para morrer", vi a mensagem no domingo. Segunda-feira, ontem portanto, já havia sido desmarcado. No blog alguns agradecimentos pelo apoio e pedidos para que não fosse morto pelo autor. Tinha lá esta mensagem:




"O que mais preocupa é o silêncio dos bons"...


Estaria errado se lêssemos que a pessoa do blog entende que ela faz parte do seleto grupo "dos bons", visto que resolveu não silenciar seu site?


Este blog, o que ia morrer, pertence a alguém que acha que Olavo de Carvalho está condenado ao ostracismo. E que Olavo não é quem diz ser pois "basta ver onde ele mora" (???).


Trinta e dois por cento (32%) dos brasileiros que possuem título de curso superior são analfabetos funcionais, diz-nos o IBOPE. Pegando carona na matéria do link, isto quer dizer que se você consegue ler e interpretar um texto como este, você faz parte de uma elite no Brasil: o seleto grupo dos plenamente alfabetizados.


Olavo de Carvalho expôs muito bem um fato tão normal nos dias de hoje que passa despercebido: muitas pessoas estão infectadas por um sistema de crenças degenerativas que faz com que o infectado pense que ele é "o cara". 


Como fazemos para ter uma opinião sobre um livro? A primeira coisa é esperar que o autor termine de escrevê-lo. É muito evidente isto, chega a ser patético.  Do mesmo jeito é preciso que uma pessoa morra para podermos "julgar" se foi um bom cidadão ou não. Esta percepção, tão patética quanto a outra, simplesmente desapareceu das mentes daqueles infectados.


E o que tem o artigo do Heitor a ver com isto? TUDO. Leiam-no abaixo e leiam acima sobre os 32% de analfabetos funcionais com canudo, volto depois.



BLOG DO JHEITOR



QUARTA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2010


SEM TEMPO PARA LER


J. B. Garcia, meu professor, homem extraordinário, de um tempo em que não existiam psicólogos, sociólogos, e outros “ólogos” nas escolas, um tempo em que havia, antes de qualquer coisa, o respeito aos professores, aos alunos, e ao silêncio, tinha uma frase que repetia sempre a seus alunos, que por sinal o adoravam:

“Quem não estuda, não aprende, e quem não lê não estuda”.

Cito meu antigo mestre e os tempos antigos, por ter sido testemunha ocular do assassinato sistemático da educação no Brasil. Não sou um professor diplomado, nem tenho tantos canudos para atestar que freqüentei as aulas nessa ou naquela universidade, porém sou um ser pensante, alguém que simplesmente observa os fatos e se sente obrigado a fazer comparações, que não vê na palavra “saudosismo” nenhum demérito, nenhuma conotação negativa ou aviltante.

Como não se ter saudades de algo que era bom e se acabou como “o amor que tu me tinhas “ da velha canção infantil? Como esquecer-se da instituição e dos mestres que me deram de presente o meu futuro? Como relegar ao olvido a base sólida, o alicerce de minha formação moral e de minha eterna ânsia por aprender sempre; como me despegar de valores éticos fundamentais que meus mestres, depois de meus pais, plantaram em minha alma e aqui ficarão para sempre?

Como não revolver sepulturas à busca frenética dos verdadeiros tesouros acumulados por tantos sábios em tanto tempo e hoje desprezados por “interesses urgentes” como as novelas ou outro qualquer programa da televisão, como se sabedoria fosse moda? Não estará o tão decantado aquecimento global sendo produzido pela incineração dos cérebros humanos?

Por isso tudo devo dizer que absolutamente não posso crer em quem me diz não ter tempo para ler, pois o que realmente não há é interesse, não há mais o que antes sobrava: a vontade de saber, de crescer em espírito para que o crescimento material não seja volátil, carregado de futilidades e fundamentado na ganância e na corrupção dos que desconhecem totalmente o significado de honra e integridade.

Parabéns a vocês, meus velhos mestres, e obrigado por me ensinarem a aprender. A vocês dedico este espaço que pretendo democrático, livre e responsável.



Voltei:


Fica fácil entender quem são as pessoas que acham que o lugar onde um cidadão mora determina seu caráter, não?


Detalhe: este blog que foi quase suicidado é antipetista. Não é um blog que profeça o nome comum daquela doença degenerativa chamada A Revolução.

3 comentários:

Rose FL disse...

Que pena! Já somos tão poucos e mesmo assim em vez de nos unirmos, uns querendo engolir outros.

Nem todos gostam do amarelo, outros preferem o verde. Isto é democracia.

Ainda bem que o outro, segundo vc, analfabeto funcional, repensou em virtude dos diversos pedidos, e colocou novamente seu blog no ar, aliás um excelente blog.

O seu blog também é bom, mas vc me decepcionou.

Cavaleiro do Templo disse...

Rose, obrigado pelo elogio ao Cavaleiro. Mas ele não foi/é feito para agradar ninguém. Pelo contrário, FOI FEITO PARA DESMASCARAR. E assim tenho feito.

Criei-o para mim mesmo, mas, por ser público, pode ser lido por qualquer pessoa.

Além disto, estou mapeando a internet e seus atores. Também para mim mesmo, no meu espaço público.

Em resumo, mão ligo a mínima para opinião dos outros, principalmente de quem lê e não percebe/entende.

Abraços

Cavaleiro do Templo

Cavaleiro do Templo disse...

Adendo: eu pertenço a um grupo de poucos, os que não são APENAS anti-petitas. Mas, para perceber isto, é bem difícil para a maioria.

Em outras palavras, não basta ser anti-petista para eu lamentar uma "baixa".

Agora, Rose, se você está desapontada comigo, te pergunto: o que acharia então de seu vizinho, por exemplo, se ele estivesse usando indevidamente a propriedade de outros? Continuaria pensando o mesmo da criatura?

Se sim, pode deixar de vir até o Cavaleiro do Templo. Se possível, avise a todos que eu não comungo com estas atitudes.

Abraços

Cavaleiro do Templo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".