Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

domingo, 28 de março de 2010

Parabéns ao Google!

LIBERTATUM

SÁBADO, MARÇO 27, 2010




Por Klauber Cristofen Pires

Leio uma notícia insólita no Granma[1] de 27 de março de 2010: o jornal oficial da ilha-presídio informa sob o título “Google censura a intelectual cubano e inhabilita su blog” que o escritor e ensaísta cubano Enrique Ubieta Gómez teve o seu blog “La Isla desconocida” bloqueado pelo Blogger, um serviço do Google, supostamente por estar “denunciando a brutal campanha contra Cuba desatada nas últimas semanas sobre supostas violações dos direitos humanos na ilha”. O periódico ainda realça que isto ocorreu apenas algumas horas depois de ter publicado o artigo “Demonizar a Cuba”, que, segundo os editores, trata-se de uma “argumentação impecável dos bastidores políticos que sustentam a nova arremetida midiática.”.


Eu disse “notícia insólita”? “Bizarra” seria talvez um termo mais apropriado. A “grande campanha” contra Cuba a que o jornal se refere trata de setenta e cinco habitantes cubanos (não vou escrever “cidadão”, isto não tem sentido) presos por delito de opinião em 2003, durante a operação conhecida por “Primavera Negra”. Alguns deles foram presos por meramente terem em casa recortes velhos de revistas estrangeiras.

A lama que envolve o fato da prisão dos setenta e cinco prisioneiros foi revirada do fundo do tacho e subiu novamente à tona com a recente visita de Lula à ilha e seu cruel protagonismo em defesa dos ditadores assassinos, ao zombar dos pedidos de clemência dos encarcerados que nem sequer pediam a libertação, mas humildemente imploravam por melhores condições de tratamento. O ponto alto teve o seu desfecho com a morte de Orlando Zapata Tamoyo, que fazia greve de fome e a quem o nosso presidente acintosamente comparou com um bandido comum.

“A culpa é do bloqueio norte-americano”, os cubanos do regime e os comunistas de qualquer lugar ainda dizem tal absurdo. Para quem me vem com esta, a minha resposta é banal: se o comunismo fosse próspero e livre, seria Cuba a impor um embargo contra os Estados Unidos, e seriam americanos a fugir em direção ao arquipélago antilhano. Ponto!

Agora vamos ao assunto que estamos tratando: o “intelectual” cubano, na verdade, um barnabé encarregado de rebater o escândalo que o seu país vem causando aos olhos dos países civilizados, onde a democracia e o direito de opinião ainda predominam, faz uso de um recurso da internet criado pelo capitalismo (sem dizer que a própria internet é uma invenção criada pelo capitalismo norte-americano), e saliente-se, pelo seu inimigo, os Estados Unidos, para com ele ajudar a destruir... o quê? O capitalismo e os EUA!

Vamos tentar entender: o Granma coloca em primeira página o seu protesto contra a censura a um seu “intelectual”, que se utiliza de um serviço gratuito de internet criado pelo capitalismo norte-americano para defender um regime que não meramente bloqueia contas, mas prende, tortura e mata pessoas.

Não sei se cabe ao Senhor Enrique Ubieta Gómez reclamar ao Google. Suspeito que ele não tenha capacidade civil para tanto. Creio mesmo que ele nem sequer poderia ter uma conta no Google. Explico: a rigor, sendo um indivíduo sujeito ao regime comunista, ele não tem direito à propriedade privada, e assim, não pode responder por si. Quem fala por ele é o regime, do qual ele faz parte como um funcionário público. Logo, o próprio contrato de prestação graciosa que o Google lhe prestava já se encontrava viciado de irreparável nulidade.

Eu condenaria o Google pelo bloqueio de uma conta em tais termos que ofendessem as cláusulas contratuais ou que representassem uma verdadeira concessão desta empresa aos regimes tirânicos que vêm se instalando nas Américas. No caso em tela, eu ofereço a ela os parabéns. Com esta, o Google não desfila junto à Adidas (AQUI, AQUI E AQUI).

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".