Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 31 de março de 2010

ALCKMIN E AFIF


ALCKMIN E AFIF
Nivado Cordeiro

29 de março de 2010
http://www.nivaldocordeiro.net/alckmineafif


O Datafolha divulgou pesquisas nesse final de semana revelando que a chapa tucana para o governo paulista, composta por Geraldo Alckmin e Guilherme Afif Domingos, seria vitoriosa em qualquer cenário, com grande vantagem. Há grande chance de ser eleita ainda no primeiro turno. Para quem acompanhou a dança pela definição dos nomes dentro do PSDB é um alívio observar esses dados. Por um momento pareceu que o governador José Serra deixaria de lado o pragmatismo para apostar em uma opção ideológica, bancando o nome de Aloysio Nunes Ferreira, seu escudeiro de longa data e radical esquerdista desde tempos idos.

A importância, seja da escolha desses nomes, seja da sua eventual vitória, não é pequena. José Serra assim colocou para o adversário petista uma fortaleza inexpugnável em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Ganhar em São Paulo é meio caminho andado para ganhar as eleições majoritárias no Brasil. Creio que as chances do candidato petista, Aloísio Mercadante, surpreender são quase nulas. Pacificado o território paulista Serra poderá se concentrar em obter votos pelo Brasil afora.
Mais uma vez ficou claro que o eleitorado, quando chamado a escolher, prefere nomes de centro e de direita, contra os revolucionários esquerdistas. É quase um milagre que essa chapa tenha uma composição assim. Não ao acaso a Folha de São Paulo, reduto de jornalistas esquerdistas militantes, dá um tom de lamento fúnebre aos números da pesquisa (ver, por exemplo, a coluna de hoje de Fernando Barros e Silva “A direita manda brasa”).

É menos relevante se Serra ou Dilma venham a vencer do que assegurar que o governo paulista não caia nas mãos do PT. Eu tenho escrito que a única fragilidade estratégica da tomada do poder pelo PT tem sido a sua incompetência em vencer as eleições em São Paulo, especialmente a de governador do Estado. O peso paulista é imenso e tem sido o fator de contraponto à expansão avassaladora do petismo nos últimos anos.

A sagração da chapa Alckmin/Afif dará maior estabilidade às instituições democráticas, mesmo se DilmaRousseff venha a ser a vencedora. Nenhuma decisão de maior vulto no Brasil poderá ser tomada ignorando o poder constituído no Estado de São Paulo.
Como em Minas e no Rio de Janeiro o petismo também está enfraquecido é possível que estejamos diante do limite máximo de expansão do poder revolucionário petista dentro da ordem democrática. Qualquer passo adicional terá que prescindir do instrumento das urnas. Em São Paulo o projeto eleitoral petista fracassou, para o bem geral do Brasil.

Do ponto de vista do enfrentamento das forças integrantes do Foro de São Paulo é mais relevante eleger o governador de São Paulo do que mesmo o presidente da República. Isso parece claro. Vamos ver agora como se dará a campanha eleitoral. Penso que o PT fará, como sempre, uma campanha suja e essas notas maledicentes publicadas hoje pela Folha não deverão parar por aí, apoiando a campanha petista. A velha cantilena de ressuscitar o fantasma do malufismo para desqualificar essa dupla de grandes políticos, Alckmin e Afif, não deverá tirar voto algum deles, mas certamente deixará claro que o jornal do Frias virou mesmo cabo eleitoral petista.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".