Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O CASTELO DE LULA

JAYME COPSTEIN

26/03/10


Jayme Copstein


A imprensa brasileira não está dando a devida atenção ao princípio de incêndio na economia europeia e que pode se transformar em desastre de grandes proporções, maior até que o estouro dos “primes” norte-americanos. Ontem, foi a vez de Portugal alimentar o pessimismo do mercado financeiro, o rebaixamento dos seus títulos na avaliação dos risco procedida pela Agência Fitch.

Os portugueses têm a companhia da Grécia, Irlanda e Itália no quadro dos países cuja irresponsabilidade está agora pondo em risco a economia europeia. Os analistas acham que se impõem providências urgentes, não apenas em relação ao quarteto dos malcomportados, mas para sustar a crise que se desenha no horizonte mundial, com a recusa dos chineses e dos próprios europeus de aceitarem a desvalorização do dólar para permitir a recuperação da economia norte-americana. Sobre o que vem por aí, se nada for feito, é inútil qualquer exercício de profecia.

De qualquer maneira, o caso específico de Portugal tem valor didático para o Brasil, na demonstração de quanto é ilusória a aparência de prosperidade, mesmo atravessando uma década, semeada pela demagogia populista que só tem diante dos olhos as urnas das eleições mais próximas. Há bastante semelhança entre o que os correligionários de Mário Soares fizeram no poder e o que estão fazendo, aqui, os de Luiz Inácio Lula da Silva.

Apenas para citar dois exemplos, Portugal, um país daquele tamanhinho, com população praticamente igual à do Rio Grande do Sul, tem agora mais de 800 mil funcionários ativos e terá dificuldades para apurar a conta de seus aposentados. Nos anos 90, havia agenciadores procurando em todo o mundo, inclusive no Brasil, imigrantes portugueses pobres, com mais de 70 anos, para habilitá-los a generosas aposentadorias, mesmo que jamais tivessem contribuído com um vintém para a Previdência lusitana.

Os recursos saíram da montanha de dinheiro que o Tesouro português recebera da União Europeia.. Em 2006, vinte anos depois dessas benemerências que correspondem aos esbanjamentos e à demagogia do Governo Lula no Brasil, Portugal chegou à estagnação equiparado ao Marrocos e ao Paquistão. Mário Soares, que ocupara a presidência durante dez anos, reeleito com 70% de aprovação do eleitorado, ao tentar retornar ao poder em 2006, não passou de meros 14,24% dos votos, desmoralizando-se em terceiro lugar.

Era o protesto tardio do eleitor português, indignado porque, afora algum dinheiro investido em rodovias, a parte mais suculenta tinha se evaporado em corrupção e demagogia. Houve escândalos pela roubalheira, as despesas públicas incharam a ponto de o déficit público ter chegado a 6,2% do PIB, mais que o dobro dos 3% permitidos pela União Europeia. É só fazer adaptação das bolsas isso, bolsas aquilo, mensaleiros, cuequeiros, panetoneiros para prever como será a indignação do eleitor brasileiro, quando desabar o castelo de cartas que Lula montou no Brasil.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".