Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

HONDURAS - LOBO CAVA SUA PRÓPRIA SEPULTURA

Fonte: HEITOR DE PAOLA


Alejandro Peña Esclusa - Presidente de Fuerza Solidaria e UnoAmérica


A assinatura do acordo entre o Presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, e o Presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, é um dos mais claros exemplos de gol contra político na história moderna da América Central. Entre outros dos aspectos contemplados no acordo, Lobo reivindica a figura de Zelaya, deixando-o sair do país como “hóspede ilustre” e não como exilado, e reconhece publicamente que sua destituição no passado 27 de junho foi um golpe de Estado. Quer dizer, assume como própria a tese de Hugo Chávez.


O Presidente eleito de Honduras coloca a corda no próprio pescoço porque, para cumprir o acordo, deve violar as leis de seu país, o que lhe poderia causar problemas institucionais e legais dentro em pouco. E de passagem, põe no pelourinho centenas de seus próprios colaboradores e amigos que – segundo o acordo – participaram de um golpe e não de uma sucessão constitucional. Lobo acredita que, com o compromisso firmado, os aliados de Hugo Chávez e os inimigos de Honduras o deixarão governar em paz. Quão equivocado está! Se Lobo soubesse como funciona o Foro de São Paulo – e aqui aproveito para recomendar-lhe que estude seriamente o tema – levaria em conta que estas feras famintas são insaciáveis: quanto mais se lhes agrada, mais exigem. As mostras de debilidade as exacerbam e as motivam ainda mais. A única linguagem que entendem é a da firmeza, baseada – certamente – no império da lei. Diga-se de passagem, Leonel Fernández pertence ao Foro de São Paulo.


Além disso, Lobo comete dois grandes erros: primeiro, desconsidera a mudança que a sociedade hondurenha experimentou nos sete meses passados. Acredita que pode governar com o suposto apoio externo, sem contar com o interno. Parece não ter aprendido nada com a tragédia de Zelaya, que quis fazer justamente o mesmo. E, segundo, desconhece as mudanças políticas que estão se dando no continente. O triunfo de Piñera mostra o declive do Foro de São Paulo e, junto com esse declive, a perda do poder de indivíduos como Insulza que, sem o apoio do novo governo do Chile, seguramente sairá da OEA. Quer dizer, Lobo está se juntando – mesmo antes de assumir a Presidência – com a equipe perdedora. Que tamanho desatino!


Lobo ainda tem tempo de retificar para evitar sua auto-destruição. Simplesmente deve escutar a voz dos hondurenhos e cumprir o mandato que eles lhe deram, em lugar de tratar de agradar forças internacionais que, no fim das contas, o trairão.


Tradução: Graça Salgueiro

Um comentário:

Anônimo disse...

A ingenuidade parece ser característica dos empresários democratas nesta America colonizada.

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".