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terça-feira, 4 de novembro de 2008

OBAMA - Mais Mistério

OLAVO DE CARVALHO
Diário do Comércio (editorial), 29 de outubro de 2008

Enquanto os adeptos de Hillary Clinton denunciam que a derrama de títulos de eleitor falsos pela militância obamista não começou agora, mas já vem desde o tempo das eleições primárias (v. NewsMax.com), e enquanto o advogado Philip J. Berg recorre à Suprema Corte com o seu pedido de que a certidão de nascimento de Barack Obama seja divulgada para tirar as dúvidas quanto à nacionalidade do candidato (v.www.obamacrimes.com), mais um mistério surge na vida do enigmático personagem. A certidão eletrônica publicada no site da sua campanha afirma que Obama nasceu em Honolulu, Havaí, em 4 de agosto de 1961, e quem quer que ouse contestar essa alegação é instantaneamente rotulado de louco, racista, difamador, etc. etc., até mesmo por alguns jornalistas republicanos. Acontece que, naquela data, a mãe de Obama, Stanley Ann Dunham, estava estudando na Universidade do Estado de Washington e morando num apartamento em Capitol Hill, Seattle, a 2.680 milhas de Honolulu.

Ann freqüentou a Universidade do Havaí nos seguintes períodos: outono de 1960, primavera de 1963, verão de 1966, outono de 1972, outono de 1974, primavera de 1978, outono de 1984 e verão de 1992. A da Washington, no outono de 1961, inverno de 1962 e primavera de 1962. Os dados são respectivamente do Office of Admissions and Records da Universidade do Havaí e do Office of Public Records do Estado de Washington (v. AtlasShrugs.com).

Se o local de nascimento de Obama já era duvidoso, agora a data também o é. A grande mídia, empenhada com desvelo materno em proteger Obama contra a revelação de quaisquer fatos que o desabonem, menospreza essas dúvidas como “intrigas da internet”, fingindo ignorar que a internet é hoje um meio de difusão incomparavelmente mais confiável e mais respeitado do que os maiores jornais americanos. Estes continuam caindo como jacas maduras na escala da preferência popular. Um estudo da revista Editor & Publisher mostra que, em seis meses de 2008, comparados a igual período de 2007, só dois dos principais jornais americanos não tiveram sua circulação diminuída: O Wall Street Journal, conservador, e o USA Today, jornal mais de espetáculos e esportes que de política. E mesmo assim esses dois não cresceram além de 0,01 por cento. O New York Times caiu 3,58 por cento, o Washington Post 1,94 por cento, o Los Angeles Times 5,20 por cento, e assim por diante. O Los Angeles Times acaba de demitir mais 75 repórteres e o tradicional Christian Science Monitor desistiu de sua edição diária: virou semanário. Quem, na chamada “grande mídia”, tem cacife para empinar o nariz ante o jornalismo eletrônico? Em matéria de público, nenhum jornal americano pode concorrer com www.wnd.com ou com o site de Rush Limbaugh.

Em 2000, quando conversei com Brent Bozell III, fundador doMedia Research Center, ele previu que tudo isso ia acontecer caso os jornais não abdicassem do seu esquerdismo desvairado. Nas eleições de 2008, eles escolheram tornar-se mais esquerdistas ainda, apoiando Obama não só em artigos editoriais, o que é do seu direito, mas mediante a supressão de notícias contra o candidato democrata e a exploração abusiva dos menores detalhes prejudiciais à dupla McCain-Palin. Vejam a pesquisa do Project for Excellence in Journalism emNewsMax.com. Recomendo também dois artigos recentes sobre o assunto: “Media's Presidential Bias and Decline”, de Michael S. Malone, (http://abcnews.go.com/print?id=6099188), e “Would the Last Honest Reporter Please Turn On the Lights?”, de Orson Scott Card (http://www.ornery.org/essays/warwatch/2008-10-05-1.htmlrson). Malone é um veterano repórter de tecnologia daABC News e Card um romancista de sucesso, que viveu dois anos no Brasil como missionário religioso.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".